Guerra+como+paz,+paz+como+pacificação (original) (raw)
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A guerra e a paz no continente americano, em seu amplo espectro, guiaram a chamada para artigos do presente dossiê publicado pela Revista da ANPHLAC. Esta publicação, com dez artigos originais e uma resenha, expressa a disseminação dos estudos sobre os conflitos, as negociações e as pazes, tanto nos impérios coloniais quanto após as independências. A distribuição espacial dos temas abarcados nos artigos demonstra as preocupações centrais da historiografia brasileira e, de certo modo, também de sua chancelaria, assim como a ampliação das contribuições internacionais da revista. A maioria desenvolve assuntos relativos ao mais importante vizinho brasileiro – a Argentina – tanto no período colonial, quanto na república. Esta presença avassaladora desse vizinho platino não surpreende. Principal foco de tensões regionais desde os tempos das disputas entre os impérios espanhol e português, a região platina oferece ampla gama de disputas e conflitos entre Estados, entre colonos e entre estes e os indígenas retratados na documentação. Ao mesmo tempo em que foi a prioridade internacional das chancelarias portuguesa e brasileira, a região também concentrou poderosas redes econômicas.
Guerra declarada e paz fingida na Restauração Portuguesa
Tempo, 2009
O artigo analisa o conflito diplomático entre Portugal e Países Baixos, no contexto da Restauração, relacionado às guerras holandesas em Pernambuco durante o século XVII. A principal discussão está baseada no Papel Forte, escrito por Antônio Vieira, no qual o jesuíta defendeu que Portugal devia renunciar às capitanias açucareiras do nordeste brasileiro para evitar uma nova guerra na Europa. Uma guerra que, para ele, seria desastrosa para o fortalecimento da dinastia de Bragança contra a Espanha.
DImensões Psicológicas da Guerra e da Paz
A paz e a guerra são dois fenómenos que acompanharam o processo evolutivo dos indivíduos, Estados e sociedades seguindo as máximas de que “a paz só é possível quando a guerra não é necessária” e “a guerra só é necessária quando a paz não é possível”. Essas duas máximas revelam as dimensões psíquicas interiores e as motivações dos mentores da guerra e dos promotores da paz para enveredar por uma ou outra alternativa. O presente artigo tem como objectivo central apresentar as dimensões psicológicas para a ocorrência da guerra ou promoção da paz enquanto condição social e política onde se assegura a justiça e estabilidade através de instituições formais e informais credíveis, práticas e normas tendo em conta o equilíbrio de poder político, legitimidade dos tomadores de decisões, reconhecimento e valorização da interdependência, existência de instituições credíveis e fiáveis de resolução de conflitos, igualdade, respeito e compreensão mútua. Palavras-Chave: Paz – Guerra – Psicologia
Anuario Mexicano de Derecho Internacional
O presente artigo tem por objetivo o estudo do pacifismo e das pesquisas sobre a paz (peace research) em relação à teoria política das relações internacionais que consideram a guerra como objeto de estudo e análise primordial ao longo do pensamento moderno. Utilizando-nos de uma pesquisa histórica e bibliográfica pretendemos identificar o pacifismo e a paz como direito humano e fundamental na ordem internacional e no ordenamento jurídico interno. Nosso objetivo, portanto, consiste em entender o pensamento pacifista no direito internacional e como a paz pode representar a lógica das relações entre as nações no século XXI e como significa um direito fundamental de resguardo na ordem interna e internacional.
Guerra e paz: uma análise de dois direitos
Nueva Época, 2019
En el presente artículo nos propusimos a investigar guerra y paz como bienes jurídicos tutelados por el Derecho. Paralelamente a la existéncia de un derecho a la paz coexiste un derecho a la guerra, que para nosotros parece demandar mayor atención por parte de los juristas. Por eso, empezamos por tratar los dos fenómenos humanos separadamente, iniciando por la guerra para después trabajar la paz. Una vez superada esa cuestión, tratamos propiamente de las normas relativas al derecho de guerra. Si la fuerza es inherente al Derecho, en la guerra el Derecho es quien debe controlar el uso de la fuerza (violencia). Aquí estaremos ante el Derecho Internacional Humanitário (DIH). Después nos dedicamos a apreciar la tutela jurídica de la paz; no como ensayo que elenca las normas aplicables por el Derecho Internacional de los Derechos Humanos (DIDH), sino como investigación de como el Derecho Constitucional tutela la paz. Buscamos comprender la constitución como intrumento garantizador de la ...
Pax assyriaca: sem vitória não há paz
Revista Brasileira de História Militar , 2020
Pretende-se, com o artigo, perceber como a Assíria se constituiu como um império e quais foram seus instrumentos de ação que permitiram a conquista e a vitória diante de tantos outros povos. A pax assyriaca somente pode ser compreendida a partir de episódios de sofrimento extremo. Para os assírios em marcha, a construção da paz levava inevitavelmente à destruição dos povos que se encontravam no caminho..
Guerra, violência e destruição
AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política
O primeiro semestre de 2022 tem sido marcado por uma guerra de grandes proporções entre Rússia e Ucrânia, assim como pela continuidade do processo de desmonte da política e da fiscalização ambiental no Brasil, que, por sua vez, intensifica as injustiças ambientais e as violências contra pessoas e contra os ecossistemas do país. Apesar de serem temas com diferentes intencionalidades, escalas e consequências, dois elementos são comuns e estão diretamente relacionados ao escopo de AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política. O primeiro deles diz respeito à relevância da política na organização do espaço geográfico e, consequentemente, na vida de cada um de nós. O segundo está relacionado aos efeitos destas ações no ambiente, geralmente devastadores. A guerra, independentemente dos motivos, sempre é algo vinculado à destruição. Trata-se da destruição de objetos técnicos (edifícios, residências, pontes, usinas geradoras de energia etc.) e de elementos naturais (da fauna, da flora, da degradação física e da contaminação química de solos e águas), mas também e sobretudo de vidas, de histórias e de vínculos familiares. A guerra por território e por recursos naturais faz com que nada seja poupado, pois a apropriação de algo pode se dar com base em uma destruição anterior de qualquer elemento que esteja dificultando este processo. E destruir é bem mais fácil do que construir! Para se construir qualquer objeto técnico, são necessários recursos naturais e o trabalho humano. Os recursos naturais, provenientes de elementos bióticos e abióticos,