Como o pensamento penetra e impregna o espaço? (original) (raw)
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A TRANSCENDÊNCIA DOS TRÓPICOS NO PENSAMENTO INDÍGENA
Fragmentum, 2022
O texto investiga o impacto da literatura e outras produções indígenas sobre o conceito de “brasilidade” e de “cultura brasileira”, a partir da análise de obras escritas por intelectuais indígenas. Se durante muitas décadas as culturas originárias permaneceram ignoradas pelos grandes intérpretes do Brasil, no século XXI já não é possível ignorar essas diferenças. O tema da “literatura nos trópicos”, por sua vez, que foi pensada por Silviano Santiago, Antonio Candido, Luiz Costa Lima, ganha novos olhares e interpretações com a intervenção das produções nativas e dos estudos antropológicos, conforme atesta estudo recente de Luís Augusto Fischer.
Oculum Ensaios, 2014
Antes que você adentre este caderno e veja os desenhos que se seguem, é bom que saiba: não sou um profissional que estuda a representação gráfica, tampouco o significado e a expressão do desenho. Sou um estudioso da história da arquitetura que, na qualidade de arquiteto, vê no traço um prazer e uma necessidade de analisar o mundo.
Do “só o espaço” ao lugar de memória
Revista Calundu, 2017
Este texto tem por objetivo abordar alguns aspectos do debate a respeito do reconhecimento por parte do Estado brasileiro de bens culturais de matriz africana como patrimônio cultural brasileiro. Além de apresentar uma breve digressão histórica sobre as práticas de preservação no Brasil e a relação institucional entre o Estado e os povos e comunidades tradicionais de matriz africana, este trabalho procura ainda demonstrar como este moderno/colonial Estado-Nação brasileiro por intermédio do seu “Serviço do patrimônio” elaborou até a década de 1980 uma narrativa histórica sobre a memória nacional invisibilizando aspectos culturais ligados à população negra e às heranças africanas no Brasil. Concluímos assim que pensar políticas públicas de preservação é pensar as relações raciais no Brasil e por isso a importância de sabermos o “lugar” dos bens culturais de matriz africana no rol dos bens elencados como representativos da memória nacional. Somente após o tombamento do Terreiro de Casa...
Patrimônio Cultural: Memória e Intervenções Urbanas, 2017
Em especial nas ciências sociais é quase centenária a temática dos vínculos entre memória e espaço. Já nos anos de 1920 Maurice Halbwachs ([1925] 1994) falava dos “quadros sociais da memória” para apontar o vínculo que determinada localização social nutre com a reconstituição de lembranças . E mais tarde o autor (Halbwachs, [1950] 1997, p. 63) sintetizava: “Para se obter uma lembrança, não basta reconstituir a imagem de um acontecimento passado. Tal reconstrução opera a partir de dados ou noções comuns que se encontram tanto em nosso espírito como naqueles dos outros, porque se movem sem parar de cá para lá e vice-versa, o que seria impossível se não fizessem parte de uma mesma sociedade”. Justamente por isso, a memória se liga também ao espaço. Sem ignorar o impacto precursor que a abordagem de Halbwachs teve sobre estudiosos da memória em áreas diversas das ciências humanas , suas ponderações sobre o vínculo aparentemente autoevidente entre memória e espaço não deixam de incomodar quando contempladas à luz da realidade empírica da cidade de São Paulo. Ao menos esta cidade em momentos variados a partir da segunda metade do século XIX, e até hoje.
Do Poderoso Eu Ao “Impoder” Essencial Do Pensamento
Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação (RESAFE)
Ocupa-se do problema do começo em filosofia e o relaciona com as dificuldades de pôr em curso o ensinar e o aprender a filosofar. Apresenta as tentativas de fundar um começo absoluto do pensar feitas por Descartes, Kant, Fichte, Hegel e Feuerbach, para, então, tratar do começo da filosofia e do pensar no pensamento problematizado por Deleuze.
Sentir o espaço - projeto com modelos táteis
The article presents the pedagogical experience of the elective course “Feel the space: design with tactile models” held at the Institute of Architecture and Urbanism of USP / São Carlos in 2014. From the critique of the primacy of seeing, the experimental activity proposed a housing design process with a visually impaired person, using models, plants and tactile maps. Were investigated and compared the free use of materials and processes with the use of digital fabrication - MDF plates manufactured with a laser cutting machine. As a result, it is presented the tactile representation system developed in the activity.
Revista Visuais, 2015
O presente artigo versa sobre nossa pesquisa artística desenvolvida nas últimas duas décadas. Tem seu foco na relação espaço-tempo, apontando para diferentes formas de se pensar a imagem, seja no desenho urbano e sua arquitetura, seja em mapas ou redes de conexões contínuas e descontínuas, como superfícies que evocam os vestígios de eventos ou/e rastros de situações. Se ancora, no conceito de fotografia expandida e em uma abordagem experimental entrelaçando meios e técnicas que desaguam em objetos híbridos. Os meios e materiais envolvidos nos projetos têm como alvo a investigação para novas possibilidades no uso da imagem. De modo que, desenho, pintura, gravura e sobretudo a fotografia se expandem para além de seus territórios originais em favor de uma pesquisa experimental. Daí, emergem imagens cujas formas refletem paisagens fictícias, simbólicas ou imaginadas, mapas, redes de conexões contínuas e descontínuas, ou ainda, ocupações espaciais, movimentos e deslocamentos na paisagem ...