Estado Capitalista e Campesinato (original) (raw)
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Capitalismo e Estado de Exceçao
Capitalismo e estado de exceção "Extinção" Paulo Arantes. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. 315 páginas. ISBN: 978-85-7559-090-4. De nada serve partir das coisas boas de sempre, mas sim das coisas novas e ruins Bertolt Brecht
CAPITALISMO AUTORITÁRIO E CAMPESINATO
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O Campesinato Na Formação Da Sociedade Capitalista Moderna
Revista Prelúdios, 2014
No presente artigo pretende-se, inicialmente, discutir a complexidade do conceito de campesinato, diante da diversidade que este grupo social assume em sua trajetória histórica, conforme as mudanças que ocorrem nas formações sociais capitalistas em que se encontra inserido. Para tanto, parte-se de uma apresentação e discussão do conceito, tomando-se por base algumas proposições de pensadores clássicos. Em seguida, analisam-se os principais aspectos que caracterizam o campesinato nas sociedades agrárias, bem como as transformações que afetam o seu modo de vida quando de sua transição para a sociedade capitalista, enfatizando-se sua incorporação às estruturas produtivas regidas por processos de acumulação de capital, a partir dos países onde a Revolução Industrial originou-se. O artigo faz parte de um estudo mais amplo, onde se procura discutir o envolvimento do campesinato brasileiro no processo de reforma agrária.
Defeitos Estruturais de Controle do Capital, 2023
Crise, Estado e Capitalismo (Prefácio do Livro "Defeitos Estruturais de Controle do Capital", de Milena Santos).
Capitalismo e resistência no campo
2018
No presente estudo destacamos a comunidade Kalunga residente na região de Arraias-TO. Em geral os quilombolas em questão são herdeiros de escravos que fugiram de garimpos no século XVIII. Além da extração mineral também praticavam a caça, pesca, roçado e criação de gado extensivo. Três grupos entraram em conflito com o quilombola nesse período: os bandeirantes, os capitães do mato nomeados pelo Estado e as nações indígenas (especialmente xavante e caiapó). Na comunidade Kalunga do Tocantins o acesso às políticas públicas é precário, levando seus moradores a seguirem para Arraias em busca de atendimento em saúde e assistência social (LOPES, 2009, p.105; 109). As principais questões que nortearam a pesquisa em tela foram: Qual a relação que estabelecem entre o modo de vida tradicional e a lógica do capital? Podemos contrapor a ontologia Kalunga à visão dominante da ontologia moderna? Como os Kalungas relacionam a ancestralidade e a terra em que vivem? Como se travam as relações de pro...
Trabalho Doméstico e Capitalismo
Trabalho & Educação, 2020
Artigo resultante de pesquisa desenvolvida no curso de Especialização em Educação, Sustentabilidade Social e Ambiental do Programa de Pós-graduação Lato Sensu em Educação do Instituto Federal Catarinense, Campus Camboriú. Tal pesquisa teve por objetivo investigar a naturalização do trabalho doméstico como tarefa feminina com o intuito de averiguar a contribuição do estudo do trabalho feminino no debate da Educação Ambiental em uma perspectiva crítica. Adotando a revisão bibliográfica como metodologia, foi realizado um mapeamento bibliográfico com produções disponíveis online, tendo principalmente, como palavras chave: mulher, trabalho doméstico, divisão social e sexual do trabalho. Selecionado os materiais, debruçou-se no estudo das condições de vida em relação ao trabalho de manutenção e reprodução da vida, da mercadoria mais cara do mercado, a força de trabalho, a partir da abordagem marxista. Com base nesse método e nas leituras dos textos, observou-se que a naturalização do faze...
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 2010
Resumo: O presente estudo foi movido pela nova crise cíclica do capitalismo procurando resgatar sua relação histórica com a revolução. O autor ao perquirir sobre a relação entre capitalismo e imperialismo (causa) e seu sucedâneo a revolução (conseqüência histórica), entende não ser possível se ater apenas à visão econômica da historia, eis que não se pode prescindir de uma visão histórica da economia, pois não há nenhuma separação insuperável entre economia e história. No estudo afirma-se a teoria marxista como sendo aquela que melhor explica a evolução das relações econômicas nas sociedades humanas no transcurso de um longo e conflituoso processo histórico. Para Marx a permanência do primado do capital inviabiliza a realização das demandas da classe operária. É a revolução e não a educação o mecanismo utilizado para demolir a ordem jurídica e econômica capitalista. O opúsculo Glosas Críticas ao artigo 'O rei da Prússia e a reforma social', é o ponto chave do itinerário intelectual à compreensão da sublevação dos tecelões da Silésia como marco de uma nova fase do pensamento de Marx, ao incorporar definitivamente a revolução socialista como parteira da história. O objetivo deste estudo é contrapor-se à falsificação em curso do marxismo que a todo custo procura impedir o desvelar das sutis mentiras da ideologia neoliberal, para resgatar a obra marxista e seu verdadeiro valor, não como dogma, como dizia Engels, mas como guia para a ação. Nas considerações finais afirmo: 1. O marxismo não pode ser reduzido à simples disciplina universitária por uma simples questão: ele só pode ser reencontrado em sua totalidade a partir do movimento obreiro revolucionário, isto é, em sua estreita relação com a luta de classes, fora da qual perde todo seu significado histórico e filosófico, bem como sua importância política e revolucionária. 2. A revolução é parte indissociável do processo da transformação social, quer dizer, a revolução está posta como questão incontornável para aqueles que acreditam e lutam pela edificação da sociedade comunista.
A questão do desemprego é uma constante na história do capitalismo. Em determinados momentos históricos, tal como o atual, assume um alto grau, o que gera a necessidade de sua compreensão mais profunda. Sem dúvida, existem diversas abordagens do desemprego, mas que ficam no campo da ideologia, ou seja, fazem parte de um sistema de pensamento ilusório, marcado pela apologia e legitimação da sociedade existente ou então não ultrapassando os limites intransponíveis da consciência burguesa ) e sempre se renovando e adequando aos novos modismos acadêmicos, tal como aqueles que entendem que o desemprego é uma "invenção" .
Anuário Antropológico, 1978
No prim eiro n ú m ero do A nuário Antropológico foi publicada um a resen h a a ssin a d a p o r M oacir P a lm e ira (1978) de m eu livro C apitalis m o A utoritário e C am pesinato (Velho, 1976). P a r a m uito além d a capacidad e p rofissional do seu a u to r e de seu sentim ento de ética acadêm ica, todos m u ito bem conhecidos de seus pares, a rsse n h a reflete u m a g ra n d e generosidade. Ao m esm o tem po, tra ta-s e de um a peça exem plar de crítica n o seu sen tid o m ais ju sto e in v u lg ar pela fo rm a com que p e n e tra n o tex to e persegue as su as im plicações. Assim sendo, essa re se n h a m e fornece u m a o p o rtunidade ú n ica de reflexão e de te n ta tiv a de a v a n ç a r a s m in h a s p ró prias idéias a re s peito de u m a série de questões. E stou em co ncordância com diversas das observações, p o r dem ais parcim oniosas aliás, e q u an to a o u tras ta n ta s , d a m aio r im p o rtâ n c ia p a ra m im , espero te r o p ortunidade de v o ltar a elas em o u tra ocasião. H á um ponto, porém , lev an tad o por M oacir P alm eira, que m e p arece o p o rtu n o re to m a r n este m om ento, a n te s que o p róprio desenvolvim ento do tra b a lh o m e distancie d a ? Agradeço a Joáo Pacheco de Oliveira Filho os comentários leitos a uma primeira versão deste artigo, os quais foram extremamene oportunos. Aproveito para agradecer também aos demais participantes do seminário sobre Colonização e Povoamento realizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (U .F .R .J.) no segundo semestre de 1977