Brech na pós-modernidade (original) (raw)
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Coletâneas do Nosso Tempo, 2010
A redefinição dos paradigmas de análise, a partir da década de 1960, fez crescer nas ciências humanas o debate sobre estarmos ou não vivendo uma nova fase em relação à modernidade. A modernidade, enquanto projeto, foi superada, não sendo mais capaz de responder às demandas dos homens do final do século XX? Viveríamos um período pósmoderno, no qual novos arranjos sociais e culturais estariam dando forma a uma perspectiva de mundo diferente da utopia moderna do século XIX? É o que tentamos responder aqui, por meio da apresentação da visão de vários autores que têm sido importantes referências para este debate.
Consumismo na era da pós-modernidade
Conimas, 2019
INTRODUÇÃO Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950. Santos (1986) demarca o seu surgimento a partir das transformações implementadas pela arquitetura e pela computação daquela década, que se propagaram com a ascensão da arte pop entre os anos 1960 e 1970. Na contemporaneidade, pode-se dizer que o pós-modernismo se alastrou por diversos âmbitos, como a moda, o cinema, a música e o cotidiano programado pela junção da ciência e da tecnologia, conhecida como a tecnociência. A pós-modernidade fabrica uma nova realidade, denominado de hiper-real, na qual interessa mais o que se originou da realidade do que a própria realidade. Então, de acordo com Santos (1986), "o hiper-real simulado nos fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades". No universo da propaganda, podermos citar o caso do Danone, produto a partir do qual se reproduz na TV a criação de um tamanho, de uma cor e textura específicos para atrair o consumidor, enquanto o real é apenas um iogurte totalmente comum. Entende-se, assim, que a realidade é danificada nos processos de produção de sentidos, perdendo sua essência. Existe uma vulnerabilidade na era da pós-modernidade, pois os signos, tratados como toda palavra, número, imagem ou gesto que representa indiretamente um referente (OKADA; SANTOS, 2012), pedem respostas rápidas de escolhas, sejam estas para comprar algo ou escolher algum serviço, com o intuito de estimular a impulsividade para proporcionar o maior consumo. Acredita-se que a pós-industrialização é uma junção da tecnociência para produzir mais e de modo mais rápido as tendências em todos os setores, e com isso, se presume facilitar a vida
Propor a fé na pós-modernidade
Revista de Cultura Teológica
Cada geração cristã é chamada a propor a fé no tempo e no espaço em que se encontra. Para isso, ela deve saber dar as “razões da própria esperança aos que lhe pedirem” (1Pd 3,15). Nas últimas décadas, o trabalho de “justificação da fé” tem se defrontado com as questões suscitadas pela assim chamada cultura pós ou hiper-moderna. O estudo aqui proposto mostra, na primeira parte, como a Igreja tem entendido essa cultura, indicando, na segunda parte, os caminhos que ela tem seguido para propor a fé em tempos pós-modernos, além de apontar pistas que podem iluminá-la nessa missão.
Ruínas da modernidade, 2020
O livro inter-relaciona determinadas projeções estético-conceptuais das ruínas às suas oscilações e transformações na literatura universal, de maneira a mergulhar em tópos, temas e motivos de obras de Luiz Vilela e de António Vieira. Tais princípios operacionais conduzem à proposição de que, apesar da direção inversa das maneiras de escrever de ambos os autores, o entranhamento do tópico das ruínas em suas obras potencializa a expressão, artística, da decadência da civilização helênico-abraâmica. Nesse horizonte, a pesquisa compara e relaciona peculiaridades de algumas obras de Luiz Vilela e de António Vieira em intersecção com a literatura universal, numa relação de deslocamento que vai desde a autonomia à integração. Com o intuito de proporcionar certa órbita de confluência, o trabalho desenvolve exames acerca dos limiares de ambos os escritores que apontam para um delineamento artístico do ocaso da civilização ocidental, manifesto por meio de rudimentos próprios às criações literárias. Para a visualização da perspectiva de tal esfacelamento, a investigação indica pontos e princípios compositivos dos escritores; assinala algumas variações constitutivas quanto às alterações da elaboração literária em diferentes formas de destino das obras ao público, como as transmissões ficcional, dramática e lírica; pontua a arte narrativa em contos dos dois escritores; realiza um levantamento sobre a recepção crítica, distinguindo temas relacionados ao declínio das personagens e à inserção filosófica e contextual da instância dos autores.
musica.ufrj.br
O criador do sistema-T expõe as relações entre a sua ferramenta composicional e o pós-modernismo. Analisa os diferentes conceitos de pós-modernismo e revela em que medida os estudos culturais recentes têm influenciado a sua trajetória criativa. E, por último, o autor comenta aspectos teóricos do sistema-T.
2000
ACESSO RESTRITO: em respeito à Lei de Direitos Autorais, trata-se de documento de uso interno do STJ.Diz que a palavra de Rui Barbosa chega ao remate do século XX avançando sobre a pós-modernidade. Relata o aspecto conceitual do instituto que Rui Barbosa brandia e sustentava desde a alba do regime de que se tornara condestável. Finaliza falando que Rui Barbosa tinha realmente o domínio da palavra
Cadernos Zygmunt Bauman
O artigo trata da percepção do tempo na passagem da modernidade para a pós-modernidade, discutindo a transição dos regimes de historicidade futurista para o presentismo. Com a falência do projeto moderno e o fim da história preconizado por diversos estudiosos da pós-modernidade, percebe-se o deslocamento do ideal de futuro para uma atitude nostálgica, que se reflete no presente fenômeno da patrimonialização. Considerando que o patrimônio expressa uma tentativa de resistência e ao mesmo tempo abarca a memória e constrói identidades culturais, a problematização destas questões são essenciais na constituição da cidadania e da coesão social.
O compositor na pós-modernidade
VI Simpósio Internacional de Musicologia, Goiânia. Musicologia e Diversidade / Musicology and Diversity ANAIS, 2016
o presente trabalho busca discutir o lugar, o papel do compositor na sociedade pós-moderna. Tendo em vista Bauman, Jameson e Harvey, fez-se um estudo sobre o sujeito e sua complexa subjetividade atual. Considerando a visão de Griffiths a respeito da liberdade do compositor pós-moderno, procurou-se aprofundar esta perspectiva e considerar os desafios que vem junto com essa irrestrita liberdade. Concluiu-se que, ao despedir-se da vanguarda, o compositor, junto com outros artistas, renuncia à linha de frente intelectual que ditava os trilhos e rumos do mundo. Ele agora lida com a insegurança; e está imerso em movimentações estéticas e estilísticas imprevisíveis, dispersas: um lugar onde tudo é permitido e o sentido de progresso linear foi perdido.
Uma revisão da problemática do “pós-modernismo”, com destaque para autores como Jürgen Habermas, Fredric Jameson, Andreas Huyssen, entre outros, seguida de uma breve análise e interpretação de Estrada Perdida, longa-metragem de David Lynch.