REDES, TERRITÓRIO E A FORMAÇÃO DOS CIRCUITOS ESPACIAIS DE PODER: UMA LEITURA A PARTIR DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA (original) (raw)
Com este artigo se procura realizar uma aproximação entre os conceitos de rede e de território, com vistas a articulá-los na compreensão dos circuitos espaciais de poder. Propõe-se, portanto, entender de que forma relações tecidas por agentes territoriais se combinam de forma reticular e, a partir de tais combinações, formam tessituras que concorrem para o fortalecimento de determinados territórios. Para atingir este propósito são feitas incursões a partir de autores que trabalham tanto no plano das redes, especialmente na definição de seu sentido moderno de “rede técnica”, quanto na perspectiva dos territórios. Depois, procura-se articular esses dois conceitos de uma forma integradora com base na noção de territórios-rede. Os circuitos de espaciais de poder, como referência ao conjunto de relações tecidas entre as firmas, advêm dessa lógica, porém introduzem um aspecto fundamental: diferentes territorialidades agem, simultaneamente, em caráter de cooperação e competitividade, onde, por uma face, cada território é condição para existência do outro e, por outra, reinam as lógicas privativas e egoístas, segundo as regras excludentes da competitividade.