PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE/2012 / Poesia e Ciências: Um olhar para o Universo / Maria Madalena de Farias (original) (raw)
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POESIA E CIÊNCIAS: UM OLHAR PARA O UNIVERSO / Maria Madalena de Farias
O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2012
Resumo: Mediante a necessidade de se fazer perceber o mundo, buscando uma maior humanização, desenvolvimento cultural e afetivo, esse trabalho propôs, através da poesia, que traz como tema o Universo, vinculada à pintura, música e filme, fazendo perceber a intertextualidade e oferecendo a possibilidade de ampliar horizontes, observar o universo, compreendê-lo, aprender com ele e buscar uma interação mais sensível e harmônica. Foram elaboradas atividades interdisciplinares com poesias, músicas, filmes e obras plásticas (pintura e desenhos). Experiência desenvolvida com alunos, professores do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante do Colégio Abstract: By the need to make them realize the world, seeking greater humanization, cultural and emotional development, this paper proposed, through poetry, which has as its theme the Universe, linked to painting, music and film, making notice intertextuality and offering possibility of expanding horizons, observing the universe, understand it, learn from it and seek a more sensitive and harmonious interaction. Were prepared interdisciplinary activities with poetry, music, films and art works (paintings and drawings). Experience developed with students, elementary school teachers, and Middle Vocational State School Dom Manoel Konner, Core Regional Education Foz do Iguaçu, Municipality of Santa Terezinha de Itaipu - PR. Keywords: Art - Culture - Look - Universe - Science - Poetry. Maria Madalena de Farias (autora) Antonio Donizeti da Cruz (Orientador) O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense , 2012 / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Programa de Desenvolvimento Educacional. – Curitiba : SEED – Pr., 2014. ISBN: 978-85-8015-063-6 1. Formação continuada-Paraná. 2. Professor-Paraná. 3. Educação-Paraná. 4. Programa de governo. 5. Formação de docentes. 6. Escola pública-Paraná. 7. Educação básica-Paraná. I. Batista, Ãngela Maria Piovezan, org. II. Volpato, Jane Célia, org. III. Bach, Maria Regina, org. IV. Programa de Desenvolvimento Educacional. V. Paraná. Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. VI. Título. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes\_pde/2012/2012\_unioeste\_port\_artigo\_maria\_madalena\_de\_farias.pdf
A obra designado "História da Educação: da Antiguidade aos nossos dias" de Mário Alighiero Manacorda, falar sobre a história da educação. É nos mostra sua investigação sobre as linhas da antiga instituição escolar descreve episódios históricos e estabelece o percurso humano em direção à efetivação de uma educação libertadora. O livro inicializa sua trajetória no Egito, adentra na Grécia e em Roma, passa pela Idade Média e Moderna e chega na idade Contemporânea. A inquietação do autor não estava nas ideias pedagógicas de cada tempo histórico, e sim no elemento real, qual seja, as manifestações e contradições que elaboraram as ideias pedagógicas, o que explicita o caráter materialista histórico dialético do livro. A obra começa pela educação do Egito, pois lá se encontra o início da história da antiguidade clássica e o berço da cultura. Vale ressaltar que no Egito o processo educativo não era voltado exclusivamente para o ler, escrever e calcular e nem para o aprendizado profissional, mas sim, para a vida política e voltado aos filhos da classe dominante (p.17).Durante a leitura podemos perceber que na Grécia era apresentado os concepções da educação que eram difundidos por Heródoto, Platão e Deodoro de Sicília e demonstra que há um notório desenvolvimento da democracia educativa, sendo reservado, para as classes governantes. Homero é considerado "o educador de toda a Grécia", no entanto, é Platão quem projetará uma educação sistemática para os jovens (p.42).Já na idade clássica da educação considera a música e a ginástica na formação dos cidadãos, sendo Creta e Esparta os locais da política e da educação, surgindo a figura do pedônomo, o sujeito legislador da educação ,com Pitágoras, nasce um Centro de educação de natureza privada, a thíasoi, cujo princípio é valorização do único bem que se transmite, mas não se perde, a educação, a Paidéia. Em Athenas, com Sólon, ganha força uma escola de cultura e educação física aberta a todos os cidadãos e controlada pelo Estado (p.47).O pedônomo exerce na escola do Estado, no entretanto, temos ainda o "pedagogo", geralmente um escravo ou estrangeiro trabalhando para as famílias e que acompanha as crianças na escola. Aristóteles defende a gramática, a ginástica, a música e o desenho na escola, excluindo na educação dos sujeitos livres toda disciplina voltada ao exercício profissional e no fim do século IV a.C. defende na sua obra "Política", a escola pública (p.66).Na Roma, o local da educação moral, patriótica e religiosa, as tradições pátrias têm história marcante, sendo o primeiro educador o pater famílias, ou seja, ao contrário dos gregos, cujo mestre era um estrangeiro ou escravo (pedagogo), em Roma a função educadora é do pai. A antiga monarquia romana era nação de patres, donos da terra e das famílias, sendo que a criança parava de brincar entre os 07 e 08 anos, passava, sob à tutela do pai, a aprender as tradições pátrias e a realizar treinamento militar (p.75-76).Podemos perceber que em Roma, enquanto os nobres se helenizavam, os plebeus se deparavam com a necessidade de dominar a língua latina para manifestarem-se nas Assembleias Públicas. No entanto, a escola de retórica latina, democrática e popular, foi objeto de intensa crítica, por constituir-se numa escola de subversão política, um ludus impudência. Mas, é a escola do tipo grego que prevalece, tornando a cultura grega um patrimônio do Império romano, a qual é, depois, transmitida à Europa medieval e moderna e, enfim, para a nossa civilização (p.83).
Por Alguma Poética Na Docência: A Didática Como Criação
O presente ensaio tem como desafio perspectivar teoricamente a díade didática-criação, por meio da proposição da docência como um trabalho eminentemente poético. Uma série de pensadores – Gaston Bachelard, Paul Valéry e Jacques Derrida, entre outros – é estrategicamente mobilizada a fim de sustentar a hipótese de uma imanência poética a atravessar a prática docente, desde que esta seja concebida e efetivada por escritas e leituras na esteira de traduções transcriadoras. O lastro conceitual que sustenta a argumentação consiste na acepção de tradução, legada por Haroldo de Campos, e de escrileitura, proposta por Sandra Mara Corazza. As discussões encaminham-se para a defesa de um modo de conceber o trabalho didático como um arranjo incessante de gestos que amalgamam leitura, escrita e tradução, redundando em uma espécie de canto tradutório cruzado entre alunos e professores. Palavras-chave: Docência. Poética. Didática. Tradução. Criação.
MÍMESIS E DIDÁXIS: UMA INVESTIGAÇÃO ACERCA DA POESIA DIDÁTICA EM HESÍODO E LUCRÉCIO, 2022
O objetivo desta pesquisa é estudar a configuração do gênero didático assim como apresentado em duas obras singulares dessa tradição, os poemas Trabalhos e Dias, de Hesíodo, e o Da natureza das coisas (De rerum natura), de Lucrécio, tendo como norte para essa investigação o conceito de mímesis, definidor do próprio ato de criação literária, tal como preconizado na teoria clássica da literatura, e exposto em obras como a República, de Platão, e a Poética, de Aristóteles, as quais temos como fonte teórica básica para o nosso trabalho. Os dois poemas citados ocupam, e isso é uma de suas marcas principais, posições proeminentes na tradição didascálica da literatura antiga, sendo Trabalhos e Dias a obra fundadora desse gênero, responsável assim por estabelecer-lhe a forma, e o poema lucreciano o seu grande renovador no que se refere à sua conformação poética, fato este que justifica a escolha de tais textos para o presente estudo. É preciso lembrar igualmente da necessidade de que se façam novos trabalhos voltados para a compreensão da poesia didática, especialmente no Brasil, muito por causa da ainda escassa bibliografia crítica disponível sobre tal matéria. De tal modo, na primeira parte desta pesquisa, investigamos as principais questões que cercam o gênero didático, desde o ponto de vista da estética moderna até o da teoria clássica da literatura, estabelecida na antiguidade greco-latina, com o fito de revelar os problemas e contradições que marcam tal gênero, de modo a, partindo da própria leitura das obras individuais, chegarmos a uma interpretação mais exata do sentido e das características desse gênero, mesmo que ancorados na antiga teoria da mímesis. E esse foi também o objetivo de nosso segundo capítulo, no qual analisamos o poema hesiódico de acordo com a sua pretensa configuração mimética, que intentamos apresentar, estabelecendo a partir disso as características e diferenças mais relevantes que distinguem a poesia didática dos demais gêneros literários da antiguidade, como o épico, por exemplo. Por conseguinte, em nosso terceiro capítulo, buscamos desenvolver o mesmo estudo acerca das configurações miméticas da poesia didática, só que tendo em mira o poema lucreciano, com o fito de apresentar os motivos que nos levam a crer em tal poema como um divisor de águas dessa tradição, em razão das inovações estruturais nele apresentadas.
Horizontes Da Poesia Na Prática Pedagógica Do Professor-Artista
Revista Tempos e Espaços em Educação
ResumoA partir de uma análise teórico-conceitual da obra do filósofo Hans-Georg Gadamer, este artigo tenta vincular o conceito de obra de arte e, especificamente, da poesia com a prática pedagógica. Busca se aproximar da compreensão da prática pedagógica como obra de arte que encontra na hermenêutica gadameriana algumas possibilidades para serem levadas à prática do professor, entendido como o criador de tal obra, como um professor-artista. O artigo começa com uma contextualização teórica do conceito de obra de arte em Gadamer, posteriormente discute o tema da poesia como obra de arte linguística, para, finalmente, pensar esses conceitos na prática pedagógica. Conclui aclarando algumas ideias e apontando limites do estudo.Palavras-chave: Prática Pedagógica. Obra de Arte. Poesia HORIZONTES DE LA POESÍA EN LA PRÁCTICA PEDAGÓGICA DEL PROFESOR-ARTISTAResumenA partir de un análisis teórico-conceptual de la obra del filósofo Hans-Georg Gadamer, este artículo intenta vincular el concepto d...
2019
The present thesis aims at showing that the Stoic conception of human nature emerges as a point of divergence with the epicurean conception of human nature, and that from this divergence we have the cause of the distortion of the Epicurean Ethics made above all by the named ‘early Christian philosophers’. That way, we divided the thesis into three parts: a) the first part is devoted to the presentation and analysis of the concept of Nature in Stoicism, on the following points of investigation: (i) on the way the concept of Nature is conceived in the stoic Philosophy; (ii) on the origins and divergences of Stoic thought regard to the equation between ‘living according to Nature’ and virtuous being; (iii) Stoic criticism as to the enjoyment of pleasure in wise life; b) the second part of the thesis deals with: (i) epicurean physiology; (ii) Epicurus’ conception of the traditional Greek and Stoic religion; (iii) with pleasure and desire (epithymía) developed by Epicurean Ethics. In this second part we are also concerned with highlighting the points of divergence between Epicurean Philosophy and Stoic Philosophy, as well as to justify the claim that the criticisms and “distortions” made by Christian ‘philosophers’ to Epicurean Ethics were constructed under the basis of the criticisms and “distortions” made by the Stoics; (c) The third and last part of the thesis lies precisely on the ‘attack’ made by Christian ‘philosophers’ on Epicurean Ethics, based primarily on Cyrenaic Ethics as if it were Epicurean. In this context the main opponents of Epicureanism in the ascension times of Christianity are analyzed: Clement of Alexandria, Lactantius, Justin Martyr, Jerome of Stridon and Aurelius Ambrosius.
2023
O Esta pesquisa aborda a carência de representatividade de professoras negras no ensino superior e a negligência no estudo especificamente no âmbito do curso de Filosofia. Essa ausência acaba por prejudicar a diversidade dentro do ambiente acadêmico, ressaltando a relevância da pesquisa em Epistemologia Feminista no contexto da Universidade Estadual Piauí-UESPI. Ao incorporar as contribuições de ideias como Janine Satter, Immanuel Kant, Sandra Harding e Simone de Beauvoir, busca-se estabelecer alicerces para a construção de uma UESPI mais inclusiva e diversificada.
A poética na docência: a apresentação do mundo pelo “artista-professor”
Revista Pedagógica
Este artigo apresenta uma reflexão crítica sobre Educação e Arte concernente ao espaço escolar. Para tanto, os conceitos de “crise”, “natalidade” e “poiesis”, de Hannah Arendt, subsidiam a primeira parte do texto e conduzem ao pensamento do sujeito nomeado como “artista-professor”, estruturado a partir de Deleuze, Guattari, Larrosa, Vinhosa e Barthes. Em seguida, discorre-se sobre uma prática educativa compreendida como a apresentação do mundo aos estudantes pelo “artista-professor”, tendo como mote questões relevantes na contemporaneidade, no caso a categoria “território”. A prática, planejada a partir de Adriano Labbucci, intenta oportunizar experiência para estudantes do curso de licenciatura em Artes Visuais, futuros professores atuantes no espaço escolar. Tal proposta advém da crença de que a experiência vivida em seu decurso pressupõe criação e reinvenção, conduzindo os estudantes a uma “vida nova”, comprometidos com o mundo e capazes de enfrentar a crise sem preconceitos.