Reflexões sobre mundo digital e subjetividade (original) (raw)
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Tecnologias e subjetividade na contemporaneidade
Resumo O artigo desenvolve análise sobre o impacto das novas tecnologias na produção da subjetividade. Para tal, apresenta breve desenvolvimento histórico da problemática e discute alguns de seus efeitos – econômicos, políticos, sociais, culturais – a partir de uma abordagem interdisciplinar, tomando como referência autores que têm problematizado criticamente a questão, dando especial destaque aos modos de subjetivação contempo-râneos. Abstract Technologies and subjectivity today. The article develops an analysis about the impact of the new technologies in the subjectivities. For such, it presents short historical development of the problem and discusses some of his effects – economic, political, social, cultural – from an interdisciplinary research, taking by reference authors that have critical analysis about the question, giving special highlight to contemporary subjectivity.
Internet e subjetividade - Um debate preliminar
Boletim Academia Paulista De Psicologia, 2012
Created in the middle of the last century to ensure the communication between different American military bases, the internet is the fastest growing means of communication nowadays, and it has been modifying various aspects of mankind-the relation to oneself, its cohorts and the surrounding environment. The internet started to take more and more room among society and began to integrate its construction, positively, for example, allowing the collective generation of knowledge from countless minds connected by the web, and, in a negative fashion, by physically distancing people from social interaction and direct communication, provided by technology. In the past few years, the internet took an incomparable degree of influence over the human being, interfering with its
Uma leitura fenomenológica sobre a intersubjetividade no digital/on-line
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2021
Este trabalho busca refletir sobre as vivências on-line e a relação com o mundo da vida, a subjetividade e a intersubjetividade. Foram utilizadas as obras de Husserl (1950a, 1950b, 1952, 1954), visando o retorno à intuição experiente e metodologicamente orientada pelas reduções fenomenológicas. Compreender os aspectos estruturantes através das reduções permite destacar as implicações da vida híbrida, como fragmentação das perspectivas, a dinamicidade e a velocidade de transmissão da informação por imagens bidimensionais em formato de janelas, sem materialidade e espacialidade concreta, que promovem uma reconfiguração perceptiva da consciência. No mundo da vida, há um esmaecimento da hierarquia entre científico e cultural, que modifica a esfera de valores, rompe com lógicas habituais de sucessão temporal e contiguidade e torna a experiência do tempo histórico fugaz. Reflete-se sobre a inserção das tecnologias nos cuidados à saúde mental. Sugere-se o incentivo à literacia digital e a ...
Modernidade, contemporaneidade e subjetividade
Sapere Aude-Revista de Filosofia, 2011
O artigo objetiva a discussão das características da modernidade e contemporaneidade e seus possíveis efeitos de mal-estar sobre a subjetividade. O projeto da modernidade apresenta-se marcado pelo viés antropológico e antropocêntrico, já que o homem, enquanto indivíduo, foi alçado à condição fundamental de medida de todas as coisas. Enfatizam-se a autonomia individual e a valorização narcísica, que se constituem em novos modos de alienação e se orientam em direção ao gozo e ao consumo. Em uma sociedade, na qual se valoriza a autonomia do indivíduo, o sujeito se vê obrigado a recorrer e a se referir a si próprio, imerso em uma busca narcísica de perfeição e completude, evitando, dessa forma, um confronto com sua condição de ser marcado pelo falta e pela castração, que lhe impõem limites.
Percepção, tecnologias e subjetividade moderna
E-Compós, 2008
Partindo das recentes teses de Jonathan Crary acerca do processo de modernização da percepção no século XIX, este artigo tematiza o estatuto da imagem e a emergência, na passagem do século XIX ao XX, de novos regimes de atenção modulada, vinculados às tecnologias então desenvolvidas. Investiga, a seguir, as implicações desse processo no campo da subjetividade, nas primeiras décadas do século XX, explorando trechos do romance Rumo ao farol, de Virginia Woolf.
Jogos digitais e subjetividade Tcc
Dedico este trabalho minha mãe, Maria, pois sem seu apoio, essa jornada não seria possível, e ás minhas filhas Sophia e Helena, que trouxeram sabedoria e luz para meu caminho. AGRADECIMENTOS Agradeço, inicialmente, ás minhas filhas Helena e Sophia, pelo amor, carinho e compreensão nos momentos em que deixamos de brincar, e que, com seus carinhos ensinam, diariamente, sobre o amor. Aos meus colegas e amigos, especialmente ao André Severo e Bruna Berti, pelos ensinamentos e pelas risadas, quando sorrir ficou difícil. Aos meus professores, pois todos, e cada um ao seu modo, contribuiu com seus ensinamentos ao longo do curso para que este trabalho fosse realizado. Ás minhas equipes de estágio, no Serviço Integrado de Saúde, e do Cemas, especialmente ás minhas orientadoras Edna Garcia, pelos ensinamentos e pelo cuidado, e Alzira Vaz pela paciência, pelas conversas, por ser quem ela é, um exemplo que levarei por toda minha vida. Á minha orientadora, Simone Caldas Bedin, por aceitar e compreender essa proposta, mostrando os caminhos, organizando minha mente e minha escrita, mostrando com leveza e inteligência o que eu precisava saber. Conta a lenda que dormia uma Princesa encantada a quem só despertaria um Infante, que viria de além do muro da estrada. Ele tinha que, tentado vencer o mal e o bem, antes que, já libertado, deixasse o caminho errado por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, se espera, dormindo espera. Sonha em morte a sua vida, e orna-lhe a fronte esquecida, verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, sem saber que intuito tem, rompe o caminho fadado. Ele dela é ignorado. Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o Destino -ela dormindo encantada, ele buscandoa sem tino pelo processo divino que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro tudo pela estrada fora, e falso, ele vem seguro, e, vencendo estrada e muro, chega onde em sono ela mora. E, inda tonto do que houvera, à cabeça, em maresia, ergue a mão, e encontra hera, e vê que ele mesmo era a Princesa que dormia. Eros e Psique (Fernando Pessoa) RESUMO Este estudo tem como objetivo o entendimento dos jogos digitais e subjetividade. Para sua realização foi utilizado o método de pesquisa bibliográfico e o jogo The Legend Of Zelda para ilustrar os conceitos pesquisados. Incialmente é apresentado o jogo e seus jogadores, seus aspectos históricos, categorias e a relação entre jogo e psicanálise. O segundo capítulo descreve o jogo The Legend of Zelda, a criação do mundo de Zelda, a dinâmica do jogo e sua narrativa. O terceiro capítulo apresenta os jogos digitais e a produção da subjetividade contemporânea, os contos, lendas, mitos e sua interlocução com jogo, psicanálise, a ficção e o tempo na narrativa de Zelda. Para finalizar essa proposta, é feita a análise da subjetividade contemporânea e sua relação com os jogos digitais através do conceito de pulsão. Palavras-Chave: Jogos digitais, subjetividade, psicanálise, The Legend of Zelda,
Antropologia digital, humanidades e produção de subjetividades
Antropologia digital, humanidades e produção de subjetividades, 2022
Esse livro é fruto do trabalho de pesquisadores integrantes do grupo de pesquisa Mediatio - CNPQ - UFRJ e seus artigos têm em comum a preocupação de analisar experiências de mediações digitais e seus atravessamentos subjetivos, culturais e políticos. A riqueza temática dos capítulos é desenhada com proposições teóricas-metodológicas transdisciplinares nos campos da psicologia social, da comunicação social e da antropologia cultural. Debates sobre caminhos etnográficos no campo digital, circulação de imagens de grupos sociais no contexto digital, ativismos digitais e sociabilidades em redes online e offline oferecem o tom da diversidade de temas do livro, mas que convergem para reflexão crítica de mediações tecnológicas contemporâneas, dos sujeitos sociais e suas inquietações frente aos desafios da alta modernidade.
Subjetividade, corpo e contemporaneidade
Jacques Derrida, tomando como ponto de partida o diálogo de Fedro, de Platão, apresenta-nos aquela que considera sua questão central: escrever é decente ou indecente? A Farmácia de Platão (DERRIDA, 2005) trata, à primeira vista, de uma genealogia da escritura, apresentada por Sócrates e analisada pelo filósofo argelino. A escritura, no mito egípcio de Theuth, é apresentada como um phármakon, uma medicina, um remédio. Ora, como nota Derrida, phármakon é um termo de duplo sentido, podendo significar tanto o remédio quanto o veneno, podendo ser tanto o benefício quanto o malefício. A escritura como o phármakon, apesar de ter sido apresentada como remédio para a memória e a instrução, se revela, no entanto, nociva. Mas por quê? O que aparece ser de efeito maléfico na escritura é que ela pode e quer se colocar no lugar da fala e da memória, ela pode eternizar e repetir – eternamente - na ausência daquele que disse o que foi escrito. Os trabalhos que reunimos nesta mesa redonda compartilham de uma perspectiva e de uma preocupação: compreender a subjetividade contemporânea e suas mazelas. Para tal a subjetividade é inicialmente abordada em seu aspecto conceitual, na tentativa de definir-se o que pode-se compreender como “sujeito”, “indivíduo” e “pessoa”. Pessoalidade, subjetividade e individualidade: como podemos ler contemporaneamente estes enunciados? Em certos momentos é intolerável sermos tratados como indivíduos. Queremos um tratamento personalizado, como todo mundo deveria ter. Mas e quando a própria pessoalidade torna-se um padrão? A partir daí procuramos pelas conseqüências do uso destes conceitos como categorias cotidianas, pelas tentativas de se individualizar, singularizar e pessoalizar e os diferentes efeitos que isso produz. Por exemplo, não é indiferente referir-se a algo ou a alguém como indivíduo ou como pessoa; mas o que estes termos sujeitam? Lançamos uma breve reflexão sobre a pluralidade de termos utilizados no dia-a-dia para designar-nos uns aos outros.