A potência do cyborg no agenciamento de modos de subjetivação pós-identitários: conexões parciais entre arte, psicologia e gênero (original) (raw)

The power of cyborg in the assembling of modes of post-identities subjectivation: partial connections among art, psychology and gender

In line with a psychology more attached to the “becoming [devenir]” rather than to the essence, the goal of this paper is to ground the importance of understanding subjectivity as a process, mainly when regarding our current discussions about identity and gender. After that, we do some linkage between art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney’s work-of-art (specially, “Cremaster”), to see how it runs through the binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation. Keywords: post-identity; cyborg subjectivity; aesthetics subjectivity.

Produção de identidade e modos de objetivação/subjetivação do sujeito tatuado na revista Inked

2015

Tendo como pressuposto que os sujeitos inseridos em uma sociedade de discursos cada vez mais efemeros, submissos a liquidez da pos-modernidade, encontram na pratica da tatuagem um lugar de retorno a si mesmo, o objetivo geral desta tese e analisar como o sujeito tatuado se constitui e e produzido na revista Inked no periodo de 2010 a 2012. Essa problematica se ancora nas seguintes questoes: por que os sujeitos inseridos em uma sociedade de discursos que se dissolvem mais rapidos que o tempo que leva para molda-los, marcam seus corpos tatuagens que o acompanharao por toda a vida? Sera que, tais sujeitos, a todo momento, disciplinarizados, normativizados por mecanismos de controle social, conseguem se subjetivar pela pratica da tatuagem? Para responder aos tais questionamentos, analisa-se um corpus composto por enunciados com materialidade sincretica (verbo-visual) em nove capas da Inked e em algumas secoes da revista, articulando-os a outras materialidades que se inscrevem interdiscu...

Gênero e objetificação: digressões acerca das relações entre corpo e imagem

Representaciones sociales e imaginarios colectivos del genero, el cuerpo y la sexualidad, 2022

É evidente a influência dos corpos na criação e na interpretação de imagens, e também a existência do movimento em direção inversa, no qual as imagens contribuem para a construção e a percepção dos corpos. Refletir sobre as imagens implica tomar em consideração quem as produz e quem as recebe, já que é a partir da configuração das imagens por seus criadores e das interações dos indivíduos com elas que se estabelecem os seus sentidos. A compreensão disso é fundamental para refletir sobre as formas de representar imageticamente a figura humana, especialmente quando se busca perceber a influência do gênero nos modos de compor e decifrar imagens e corpos. O gênero é um marcador social de diferença, interferindo assim nas vivências que as pessoas têm em sociedade. Tanto os papéis sociais quanto as oportunidades e experiências dos sujeitos foram e ainda são notoriamente diferenciados com base no gênero. Desse modo, ao confrontar imagens que objetificam o corpo feminino, é salutar refletir acerca de como e por que o ato representacional ocorre. Também é importante considerar quais sentidos elas assumem perante os olhos daqueles que as veem e o que elas mobilizam em suas audiências. Este artigo pretende tratar de algumas questões envolvidas tanto na representação quanto na recepção de imagens do corpo feminino, buscando evidenciar como elas a um só tempo são perpassadas pela e perpassam a cultura.

A dimensão subjetiva na pesquisa sobre a formação do sujeito na arte

Revista Digital do LAV, 2020

O artigo apresenta reflexões sobre a pesquisa educacional baseada em arte, com foco nos objetos produzidos nestes contextos. Parte de um trabalho realizado em um grupo de estudos, pesquisa e formação realizado no âmbito de um projeto de pesquisa sobre a formação do professor de Artes Visuais, que culminou em uma exposição intitulada “Memória das Coisas: tessituras visuais de trajetórias docentes”. Esse recorte nos permitiu ainda abordar os processos de construção da identidade do sujeito professor, artista e pesquisador, e a relevância dos dados subjetivos, sensíveis na pesquisa em/sobre arte e ensino.

Identidades Narrativas e Performatividade De Gênero: Cruzamentos Conceituais Possíveis Após a Morte Do Sujeito

Revista Gênero

O artigo investiga cruzamentos conceituais possíveis entre as noções de identidade narrativa, conforme pensada por Ricoeur, Velleman e MacIntyre, e de performatividade de gênero, proposta por Butler, em meio à ambiência filosófica da crise (ou morte) do sujeito cartesiano na pós-modernidade. Este cruzamento tenta abrir um novo caminho para as escritas de histórias sobre os gêneros pautadas no seu fazer narrativo ao longo do tempo, entendendo os gêneros como construções culturais que se fazem por meio das ações e interpelações performáticas feitas pelos agentes e por eles sofridas – as quais são representadas pelo historiador através da narrativa que ele compõe.

Corpos, subjetivações estéticas e arte e feminismos: passagens na pesquisa em psicologia

Tendo em vista o ativismo dos feminismos, tanto nos movimentos sociais quanto nas artes, na promoção de novos modos de subjetivação e modos de existência múltiplos e voltados às práticas de liberdade, propomo-nos a refletir sobre os fazeres artísticos feministas em passagens políticas que se valem de uma força inventiva/afirmativa do corpo enquanto estratégia de subversão e resistência para propor outras formas de viver, inclusive, a pesquisa em Psicologia.

Sistema de arte e relações de gênero

Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

A ascensão dos regimes totalitários na Europa na década de 1930 provocou grande fluxo imigratório para as Américas. Nesse contexto chegaram ao Brasil as jovens Hildegard Rosenthal e Alice Brill, oriundas da Alemanha, que iriam se dedicar profissionalmente à fotografia nas décadas de 1940 e 1950, respectivamente. O crescimento industrial e urbano do país no pós-guerra expandiu o campo das artes, o que resultou no surgimento dos primeiros museus de arte moderna, da Bienal de São Paulo e no aumento do número de galerias comerciais. Tais mudanças foram registradas por Rosenthal e Brill, que fotografaram artistas, reproduziram obras e documentaram exposições. Este ensaio se propõe a analisarretratos de artistas produzidos por Rosenthal e Brill, refletindo sobre o papel da fotografia na representação da identidade feminina em transformação na sociedade brasileira do período pós-guerra.

Gênero: (re)politizando a psicanálise

2022

Este texto tem por propósito, em primeiro lugar, construir uma reflexão acerca da ideia de que gênero, além de ser um problema de todos, inclusive da psicanálise e dos/das/des psicanalistas, é um conceito imprescindível para a escuta clínica no contemporâneo. Em segundo lugar, tem por objetivo apontar tarefas teóricas e clínico-políticas para que possamos, coletivamente, desobstruir a nossa escuta e ampliar o nosso horizonte ético e político, mas, mais do que isso, para que possamos perder o medo de abrir mão de velhos conceitos e criarmos coragem de escutar as demandas do nosso tempo, inventando novos rumos e, consequentemente, novos conceitos para as psicanálises.

Em busca de uma concepção pós-humanista de gênero: relações com espaço e agência compartilhada

Pós-humanismo é um projeto que busca superar a ideia de homem como centralidade da sociedade. Desse modo, elementos não humanos, sejam vivos ou não, são considerados ativos. Considerando essa perspectiva, este trabalho objetiva relacionar essa corrente com uma nova concepção de gênero. Para isso, faz relações entre os textos de autores como Alastair Pennycook, Arjun Appadurai e Vijay Bhatia e ainda analisa a produção de acadêmicos em uma rede social. Como resultado, caracteriza-se o gênero como fluido e mutável, dependente do espaço onde foi criado e sempre compartilhado entre aquele que o produziu e os elementos que interagem com autor, sejam seres vivos, inanimados, algoritmos ou seres com inteligência virtual.

O gênero construído: a influência do conceito na construção de identidade em Duas Iguais

Literatura e Autoritarismo, 2017

O presente artigo visa entender a construção de gênero na literatura homoerótica. Para tanto, será analisada a novela Duas Iguais (1998), de Cintia Moscovich, afim de refletir a influência da constituição gendérica na elaboração identitária das personagens centrais. Dessa forma, como forma de elucidar essa questão, será discutida a teoria proposta acerca dessa temática e a forma como ela é discutida na narrativa literária.