PERSPECTIVAS SOBRE A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA (original) (raw)

FORMAÇÃO DO PROFESSOR E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ANAIS DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO, 2024

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular apresenta um grande desafio no cotidiano escolar de diferentes profissionais da educação, devido a falta de uma formação inicial ou continuada voltada para a educação inclusiva, o que resulta no dia a dia docente em sentimentos de incompetência e despreparo para o trabalho voltado com a inclusão, conforme apontam os estudos de Mittler (2000), Lima (2002), Romero (2008) e Toledo e Martins (2009). Nesse contexto, este artigo objetiva apresentar uma discussão sobre a formação do professor em relação à educação inclusiva. Metodologicamente, a pesquisa é caracterizada como qualitativa e exploratória, realizada através do levantamento bibliográfico sobre a temática. Já existe na legislação um conjunto substancial de políticas públicas criadas para os sujeitos com deficiência, contudo elas precisam de fato serem efetivadas no cotidiano escolar, mas para que isso aconteça é preciso que sejam oferecidas formações continuadas especializadas na área da inclusão para o professor da sala aprimorar sua prática e que exista de forma concreta um trabalho conjunto com professor especialista.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXERCITANDO PROPOSTAS DE INCLUSÃO

Introdução O presente trabalho constitui relato preliminar da primeira pesquisa do Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação -LaPEADE -intitulada Ressignificando a Formação de Professores para uma Educação Inclusiva. Criado em setembro de 2003, o LaPEADE tem como missão "apoiar e promover a participação e a diversidade em educação nas dimensões culturais, políticas e práticas das instituições e sistemas educacionais e contribuir para o desenvolvimento, disseminação e acompanhamento do conhecimento científico-acadêmico a respeito de inclusão em educação" (LaPEADE, 2003 -Missão). Esta pesquisa, iniciada em fevereiro de 2004, tem como objetivo investigar a formação de futuros professores da Faculdade de Educação da UFRJ com relação a uma orientação inclusiva em educação. Por "orientação inclusiva" entendemos os esforços empreendidos pela instituição educacional no sentido de se minimizar, ou eliminar, as barreiras que estudantes podem sofrer e que os impeçam de participar plenamente da vida acadêmica devido à desvalorização de suas diversidades, oriundas de gênero, etnias, condições sociais, situações familiares, religião, habilidades acadêmicas, etc. Assim sendo, o objetivo geral desta pesquisa é contribuir para a ressignificação da formação de professores da FE/UFRJ para o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão. A fim de melhor alcançar o objetivo proposto, organizamo-lo nos seguintes objetivos específicos: 1) Caracterizar a atual formação de professores tendo como referencial parâmetros de culturas, políticas e práticas inclusivas; 1 Texto escrito em parceria com

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INCLUSIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Este trabalho tem por objetivo apresentar a experiência das autoras relacionada à formação continuada em serviço de docentes que atuam em cursos de formação profissional em uma instituição no estado de Minas Gerais. Ao todo, cento e oitenta e oito pessoas, entre supervisores pedagógicos e orientadores de cursos técnicos, formação inicial continuada e graduação, de oito regionais do estado de Minas Gerais. Além dos aportes teóricos acerca da educação inclusiva e a formação para o mercado de trabalho, foram realizadas atividades práticas, onde os participantes construíram um plano de intervenção pedagógico para se trabalhar com as diversidades dos alunos e, também, vivenciaram os desafios que as pessoas com deficiência enfrentam no dia a dia, através de uma simulação das diversas deficiências. Observou-se que, mesmo não possuindo formação específica sobre educação especial e ou inclusiva, na prática, os orientadores e supervisores pedagógicos adaptavam suas práticas para atenderem aos alunos, comprovando que uma prática inclusiva vai além dos conhecimentos teóricos, devendo partir, principalmente, da valorização e respeito às diversidades.

DESAFIOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A VOZ DOS PROFESSORES

A educação inclusiva é uma das referências das políticas educativas e da investigação, nacionais e internacionais, assumindo particular importância na vida escolar e pessoal dos alunos em condição de necessidades educativas especiais. Contudo, as práticas iluminam que a Escola nem sempre promove as mudanças necessárias à efectivação desses ideais, evitando, assim, a exclusão escolar e social. Urge que os professores, elementos-chave da efectivação da educação inclusiva, promovam uma cultura profissional mais colaborativa e reflexiva, de modo a responderem adequadamente à diversidade dos alunos. Pretendemos discutir os resultados de uma investigação realizada numa escola secundária de Lisboa, que inclui uma comunidade de alunos surdos adultos, do ensino secundário (n= 8, frequentando do 10º ao 12º anos de escolaridade). Baseando-nos em estudos de caso, os participantes em que nos centramos são os professores. Os resultados iluminam um fosso entre os ideais e as práticas, pondo em evidência as fragilidades em assegurarmos um dos pilares da educação inclusiva: a implementação de uma cultura profissional colaborativa, capaz de tornar a educação de e para todos uma vivência possível.

Formação De Professores Na Perspectiva Da Educação Inclusiva

Anais do International Symposium Adolescence(s): Vulnerabilities, Protagonisms and Challenges, 2017

Ensinar na perspectiva da Educação Inclusiva (EI) é um grande desafio. O problema que se coloca concretamente é como formar professores para essa modalidade de ensino que venha elevar a qualidade dessa educação e satisfazer as necessidades de aprendizagem. Objetivou-se, com este estudo, investigar as percepções dos docentes pesquisados sobre o nível de conhecimento adquirido, durante a sua formação inicial e continuada acerca da EI e identificar experiências, dificuldades e receios existentes para sua atuação na sala de aula com aluno especial. Adotou-se a pesquisa com abordagem quantitativa e método descritivo. Aplicou-se um questionário para coleta de dados, no universo de 30 professores atuantes, em Escolas públicas de Ensino Fundamental, Médio, e Escola pública Federal de Ensino Médio e Técnico/Profissionalizante (IFPB) e, em Universidades Públicas. Buscamos apoio teórico nos estudos de , Castanho e Freitas (2005), Duk (2006), Krebs (2006), Lidio e Camargo (2008), Ribeiro e Benite (2010), , Zulian e Freitas (2001), entre outros. Na análise, a percepção da maioria dos professores, foi que educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Destacou-se também a escassez de práticas efetivas que preparem o professor para EI. Conclui-se que é necessária uma reestruturação nos cursos de formação de professores, além de melhor divulgação do tema, a fim de oferecer o aparato imprescindível para que o professor possa ter os conhecimentos e habilidades necessárias para educar na diversidade.

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O “PROFESSOR INCLUSIVO”: COMPETÊNCIAS INTERPESSOAIS E POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM QUESTÃO.

Este artigo objetiva analisar as representações sociais do "professor inclusivo", expressas por estudantes universitários de licenciaturas de uma universidade federal, no Rio de Janeiro. Trata-se de pesquisa qualitativa que busca aprofundar a análise de respostas em questionário desenvolvido em pesquisa anterior. Foram analisadas 1904 palavras/expressões associadas às características do professor inclusivo. O núcleo central da imagem atribuída ao professor nos remete à idéia de cuidado e, principalmente, traduz representações hegemônicas acerca do papel do professor em sua prática profissional. O cuidado também ancora a idéia de que inclusão é tarefa exclusiva do professor, mascarando aspectos relevantes a serem considerados ao pensarmos a inclusão como processo.

Discutindo a Organização de uma Proposta de Educação Inclusiva na Formação de Professores

Categoria: Comunicação (Pesquisa em andamento) Introdução O presente trabalho tem por objetivo iniciar algumas discussões sobre o currículo na formação de educadores, a partir de dados preliminares da pesquisa: Ressignificando a Formação de Professores para uma Educação Inclusiva 2 , que busca, entre outros aspectos, caracterizar a atual formação de professores da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FE/UFRJ) para o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão. Com o propósito de recolher informações sobre o campo de interesse do estudo, utilizamos vários instrumentos de coleta de dados 3 ; entre eles a pesquisa documental, que teve como fonte de dados o currículo do curso de formação de professores, foco de discussão do presente artigo.