Humanidades Digitais e Suas Manifestações De Memória: Construções De Sentidos Do Passado De Campos Do Goytacazes Em Comunidades Do Facebook (original) (raw)

Facebook e o compartilhamento de memórias da cidade no coletivo digital

Resumo: O artigo tem como objetivo analisar o processo de rememoração que é realizado na fanpage do Facebook "Maria do Resguardo", criada em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 2009, com 5.887 curtidas. Através das fotografias postadas e dos comentários partilhados pelos internautas, é construída uma narrativa sobre a cidade, que transcende o espaço público "real", criando uma "cidade imaginada". A partir dos conceitos de memória e esquecimento, procura-se selecionar categorias que definem essas lembranças. Utilizamos como metodologia a análise de conteúdo (AC) de trinta publicações da fanpage com maior alcance na amostra dos meses de maio, julho e setembro de 2014. São analisadas as fotos postadas e os comentários, com o objetivo de perceber que tipo de narrativa é privilegiado nas imagens, o registro do monumental ou o do cotidiano, e os comentários sobre as mesmas, informacional, nostálgico ou crítico. Palavras-chave: Comunicação. Fanpage. Cidade. Memória...

Os rastros digitais e a memória dos jovens no Facebook

A internet tem revolucionado a forma como as pessoas veem o mundo. Como em qualquer campo das Ciências Humanas, o campo da memória também está sendo afetado por esta nova mídia. Este texto discute como a internet, mas principalmente as redes sociais, com especial atenção ao Facebook, tem mudado a forma como os jovens lidam com os processos da memória. Destacamos nesta comunicação as relações entre memória e internet, analisando o surgimento do Facebook e como as ações de postar, curtir e compartilhar são parte do processo de memória e esquecimento entre os jovens nativos digitais.

IMAGINÁRIOS SOBRE CIDADES EM PÁGINAS DE MEMÓRIA SOCIAL NO FACEBOOK: DO MONUMENTO AO SAGRADO

Ambiente de propagação de produtos audiovisuais, as redes sociais on-line constituem locus privilegiado de análise dos imaginários contemporâneos. Hoje, o uso dessas ferramentas têm facilitado, inclusive, a disseminação de materiais memorialísticos cujo acesso era antes restrito a pesquisadores da memória. Em comunidades virtuais, os “amantes” do passado dividem paixões pelas cidades e histórias de vida, criando sociabilidade a partir do compartilhamento de imaginários sobre memória social. O presente trabalho propõe um estudo de duas dessas agregações no Facebook: “Fortaleza Nobre” e “O Rio de Janeiro que Não Vivi”, com ancoragem na etnografia midiática para análise dos comentários deixados pelos seguidores. Estabelecendo um diálogo entre comunicação, história e sociologia do imaginário, a busca é por compreender como se dá essa apropriação de sentidos sobre memória social e os aspectos envolvidos no consumo dessas imagens no Facebook. O questionamento central diz respeito às funções do monumento e do sagrado nessas comunidades.

Manifestações digitais no grupo do Facebook “Comunicação. Cidade, Memória e Cultura”

Resumo: O grupo " Comunicação, Cidade, Memória e Cultura " é um espaço criado em janeiro de 2012 no Facebook, destinado a agregar reflexões sobre as interfaces que se estabelecem entre as narrativas constituintes dos processos de comunicação audiovisual, as sociabilidades que se estabelecem nos centros urbanos, e a memória que é reconhecida como marca identitária e cultural de nossas sociedades. A proposta é a de romper as barreiras do mundo acadêmico e formar uma rede de informações e de afetos, como também dar visibilidade às questões trabalhadas nas reuniões dos projetos de pesquisa e extensão, para que toda a vitalidade dessas discussões possa ultrapassar os limites do espaço e do tempo, e chegar a mais pessoas. O objetivo desse artigo é discutir o uso da ferramenta do Facebook na divulgação da discussão sobre memória, já que o grupo funciona como um local que instiga as perspectivas transdisciplinares da memória e suas relações com a comunicação.

Nostalgia em rede: sentimentos patrimoniais compartilhados por meio do Facebook

2020

Este artigo problematiza, com base no conceito de nostalgia, duas comunidades virtuais do Facebook que abordam ideias de passado das cidades de Joinville e Sao Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina. Com o fenomeno da globalizacao, que altera as nocoes de tempo e de espaco, a ideia de comunidade passa a ser vista como um refugio. O medo de um futuro incerto faz com que essas comunidades remetam seu olhar para o passado, o qual, de maneira romantizada e nostalgica, representa um mundo perdido que deveria ser retomado. Comunidades virtuais, como a “Joinville de ontem” e “Sao Francisco do Sul e suas historias”, tendem a exaltar um passado da cidade e acabam ressignificando patrimonios culturais. Os patrimonios da cidade passam a ser simbolos de uma suposta identidade coletiva local em risco de desaparecer. As discussoes entre os membros das comunidades virtuais tambem podem levar a “invencao” de novos patrimonios, ao apontar bens culturais da cidade que consideram importantes e ...

Interfaces da Memória Social na Cultura Digital: análise do compartilhamento do conjunto de imagens digitais do Acervo Digital Bar Ocidente no Facebook

Revista Rizoma, 2016

Este artigo apresenta as características do paradigma tecnológico contemporâneo da cultura digital. A partir das contribuições de Lévy (1993), Santaella (2003) e Manovich (1997) reflete sobre os impactos do surgimento das tecnologias intelectuais computacionais e suas interfaces na construção da memória social (DODEBEI, 2011). Como instrumentos e técnicas de análise da fanpage do Acervo Digital Bar Ocidente no Facebook, utiliza-se a pesquisa bibliográfica, a observação direta não participante ea análise documental e de conteúdo (BARDIN, 2000). A partir de tais autores, conclui que a interface humano-máquina forma o sujeito da virtualidade, cíbrido (BEIGUELMAN, 2003) e conectado ao ciberespaço, novo “lugar” das memórias da humanidade. Por fim, considera possívelpensar o conjunto das imagens digitais compartilhadase a própria mídia social,e suas respectivas narrativas visuais, enquanto interfaces da memória social.

Internet, História e Esquecimento: sobre pensar o passado escrito no universo virtual

Este artigo pretende realizar uma discussão sobre problemas contemporâneos relacionados às relações entre história e mídia, destacando o papel desempenhado pela Internet na produção de memória e artefatos históricos no universo virtual. Ressalta-se assim, os paradoxos produzidos por uma espécie de memo-história‖ distribuída nesse veículo sublinhado a dificuldade de selecionarmos diante do excesso de informação e os desafios de preservamos o passado para o futuro. Em busca de uma chave de compreensão para problemas, realiza-se um diálogo com Paul Ricoeur e suas reflexões sobre os abusos de memória e esquecimento.

Nômades digitais: em busca de comunidades, do almanaque às redes sociais

Convergência Lusíada, 2021

Resumo O presente texto pretende apresentar e analisar uma certa peregrinação da forma e do conteúdo do almanaque que, historicamente, assume, com o tempo, novos recortes temáticos, preservando de sua tradição antiga quase que apenas o caráter enciclopédico, informativo, e a perspectiva temporal de publicação sazonal, como anuário. O objetivo é demonstrar que o almanaque funciona como um veículo de congregação de coletividades e, por isso mesmo, construtor de uma comunidade-, de geração algorítmica de bolhas e padrões de vivência e consumo. Com diferentes experiências, sistemas de comunicação como o Facebook, o Twitter ou o Instagram parecem configurar a versão tecnológica correspondente ao manakh de nossos dias. Cada uma dessas redes funciona como o espaço em que nos reunimos em torno de experiências individuais e informações em torno de temas e interesses cada vez mais específicos. São lugares de discurso e linguagem que propiciam a construção de diálogos, Nômades digitais: em busca de comunidades, do almanaque às redes sociais

O Facebook como uma infoterritorialidade da morte: Vivência e experiência

Anais do IX Simpósio Nacional da ABCiber, 2016

RESUMO: Este artigo tem por objetivo investigar como é construída a experiência midiatizada da morte na infoterritorialidade do Facebook. Especificamente, nosso objeto de análise será a página Cemitério Jardim da Ressurreição. A partir dessa página, analisaremos as publicações e os comentários que circulam nesse ambiente de sociabilidade e territorialidade. Para tanto, o percurso teórico fará uma breve pontuação histórica acerca da morte no decorrer das épocas; esmiuçará a constituição das redes sociais na internet como um âmbito de territorialidade e de sociabilidade; e finalizará com o estudo de caso.

Memória Em Desdobramentos: Efeitos De Sentido Em Rede

Caderno de Letras, 2020

Amparado na Análise do Discurso (AD) pecheutiana, este texto explora a noção de memória em diferentes desdobramentos para analisar como através das redes da internet se tornam possíveis outros efeitos de sentido, fazendo circular novas/outras formas de pensar, de ser, de sentir e de viver. Para tanto, o texto divide-se em momentos teórico-analíticos e o corpus de análise é formado por recortes do site Índios Online. O primeiro momento traz discussões sobre a memória do/no digital para compreender como, por um lado, o site pode conformar uma memória quantitativa e, por outro, pode produzir uma memória (discursiva) digital do/sobre os povos indígenas. Já o segundo momento traz a noção de memória cultural a partir de um jogo entre tradição e invenção, que ocorre no movimento entre saberes do discurso indígena e saberes do discurso da informatização.Palavras-chave: Memória; efeitos de sentido; redes da internet.