“Plomo por hablar, plata pa’ que hablemos”. Diversidad étnica y educación en el suroccidente colombiano (original) (raw)

Resumen: ¿cómo son las relaciones que se tejen entre la idea de ser indígena y los procesos de etnoeducación en el suroccidente colombiano? A partir de una pregunta que cuestiona la manera como se implementan las tecnologías escolares y con un enfoque etnográfico, esta investigación se propone comprender las complejidades de la construcción de la identidad étnica de los pueblos indígenas de Nariño, en relación con la implementación de programas educativos orientados por una perspectiva poblacional, al cuestionar los referentes de la etnoeducación desde finales del siglo XX hasta principios del XXI. Con el fin de establecer una conversación entre los agentes que ocupan los diversos lugares en el panorama de nuestras instituciones y dentro del amplio marco de la organización social de base étnica, este artículo da cuenta de las relaciones históricas, los arcaísmos institucionales y los retos contemporáneos que enfrentan los procesos educativos étnicos que ocurren en el territorio nariñense. Al final se plantean algunas formas de entender la construcción de la identidad étnica y sus consecuencias en la configuración del supuesto orden social con el que se establecen las relaciones entre agentes comunitarios y representantes gubernamentales. Esta investigación entiende el triángulo conceptual que conforman el Estado, la escuela y la identidad étnica como parte estructural del proyecto moderno que el país intenta consolidar desde la época republicana. Dicho marco institucional ha estado determinado por la oscilación entre políticas proteccionistas, paternalistas o de asimilación cultural. En todo caso, el peligro de extinción física y cultural que nuestros pueblos ancestrales sufren en la actualidad se tiene que enfrentar a partir de los mecanismos institucionales del Estado nacional y sus tecnologías de Gobierno, elementos que pretenden responder a los retos de la interculturalidad en un marco de relaciones complejas y contradictorias. Palabras clave: Estado, etnoeducación, identidad étnica, interculturalidad, Nariño, pueblos indígenas. “Lead for Speaking, Silver to Speak”: Ethnic Diversity and Education in Southwestern Colombia Abstract: How do the relationships between the concept of being indigenous and the processes of ethnoeducation manifest in southwestern Colombia? This ethnographic study explores the complexities of constructing ethnic identity among the indigenous peoples of Nariño, focusing on the implementation of educational programs driven by a population perspective. By questioning the foundations of ethnoeducation from the late 20th century to the early 21st century, we establish a dialogue among various institutional agents within the broader framework of ethnic-based social organization. We also examine the historical relationships, institutional archaisms, and contemporary challenges faced by ethnic educational processes in Nariño. We conclude with insights into the construction of ethnic identity and its implications for the social order governing the interactions between community members and government representatives. We conceptualize the relationship between the State, school, and ethnic identity as a fundamental part of Colombia’s modern project, which has been in development since the republican era. The institutional framework has fluctuated between protectionist, paternalistic, and cultural assimilation policies. However, the current threats to the physical and cultural survival of ancestral peoples must be addressed through the State’s institutional mechanisms and governance technologies. These mechanisms are designed to tackle the challenges of interculturality within a complex and often contradictory framework of relationships. Keywords: Ethnoeducation, ethnic identity, indigenous peoples, interculturality, Nariño, State. “Bala por falarmos, dinheiro pra falarmos”. Diversidade étnica e educação no sudoeste da Colômbia Resumo: como são tecidas as relações entre a ideia de ser indígena e os processos de etnoeducação no sudoeste da Colômbia? Com base em uma pergunta que questiona a forma como as tecnologias escolares são implementadas e com uma abordagem etnográfica, esta pesquisa tem como objetivo compreender as complexidades da construção da identidade étnica dos povos indígenas de Nariño, com relação à implementação de programas educacionais orientados por uma perspectiva populacional, questionando os referentes da etnoeducação desde o final do século 20 até o início do século 21. Com o objetivo de estabelecer um diálogo entre os agentes que ocupam diferentes lugares no panorama de nossas instituições e dentro da ampla estrutura da organização social de base étnica, este artigo apresenta um relato das relações históricas, dos arcaísmos institucionais e dos desafios contemporâneos enfrentados pelos processos educacionais étnicos que ocorrem no território de Nariño. Ao final, são apresentadas algumas formas de compreender a construção da identidade étnica e suas consequências na configuração da suposta ordem social com a qual se estabelecem as relações entre os agentes comunitários e os representantes do governo. Esta pesquisa entende o triângulo conceitual de Estado, escola e identidade étnica como parte estrutural do projeto moderno que o país vem tentando consolidar desde a era republicana. Essa estrutura institucional foi determinada pela oscilação entre políticas protecionistas, paternalistas ou de assimilação cultural. Em todo caso, o perigo de extinção física e cultural que nossos povos ancestrais enfrentam atualmente deve ser enfrentado por meio dos mecanismos institucionais do Estado nacional e de suas tecnologias de governo, elementos que buscam responder aos desafios da interculturalidade em um contexto de relações complexas e contraditórias. Palavras-chave: Estado, etnoeducação, identidade étnica, interculturalidade, Nariño, povos indígenas.