Entrevista com Richard J. Bernstein: Pensar sem apoios (original) (raw)

Pensar sem apoios: Hannah Arendt e a vida do espírito como política do pensar

Já havia feito este registro nos agradecimentos de minha dissertação de mestrado: escrever para agradecer é a melhor parte. Os desafios ao se fazer um trabalho acadêmico como uma tese de doutorado, com suas exigências, prazos, descobertas e maravilhamentos, são acompanhados por uma sorte tão variada de surpresas, que agradecer ao ver completado o ciclo parece ser a parte mais saborosa de se fazer. Então, vamos lá, para o meu deleite. Primeiro gostaria de agradecer ao meu orientador, Prof. Dr. Maurício Cardoso Keinert. Ele acreditou, sua confiança foi decisiva. Sua generosidade e paciência foram o presente que recebi desde o começo. Agradeço ao Prof. Dr. Pedro Paulo Garrido Pimenta o primeiro e decisivo incentivo e seus comentários na qualificação. Agradeço à Profa. Dra. Yara Frateschi por seus detalhados apontamentos e críticas também na banca de qualificação. Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Ribeiro de Moura que escreveu ao lado da nota de meu trabalho para sua disciplina na pós-graduação sobre Husserl: "Ok. Mas o que significa 'significado'?". Agradeço ao Prof. Richard J. Bernstein, supervisor de meu estágio de pesquisa na New School, pela atenção e generosidade. À secretária do Departamento de Filosofia da New School, Despina Dontas, pela admirável gentileza e pela paciência com as solicitações de documentos sem ela, meu estágio não teria sido possível. Aos bibliotecários da List Center Library que me auxiliaram no uso do terminal de acesso aos arquivos. Agradeço também ao Hannah Arendt Center for Politics and Humanities at Bard College, especialmente ao seu diretor, Prof. Roger Berkowitz, os encontros do grupo de leitura virtual e a acolhida quando lá estive em 2015, para a Conferência Anual. Agradeço a Helene Tieger, bibliotecária da Stevenson Library, responsável pela biblioteca de Hannah Arendt em Bard College, que gentilmente recebeu minhas solicitações e se desdobrou para que eu pudesse consultar os livros em horários não habituais. Aos amigos que fiz no grupo de leitura do Centro de Pesquisa, Harold Bush e Christo Danto. Agradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-Fapesppela bolsa de doutorado (processo nº 2014/03164-7) e pela bolsa de estágio de pesquisa no exterior, BEPE (processo nº 2015/11803-2).

“Pensar com outros e contra outros”: entrevista com Alejandro Blanco

Alejandro Blanco é graduado em Sociologia pela Universidad de Buenos Aires (UBA), mestre em Sociologia da Cultura y Análisis Cultural pela Universidad Nacional de General San Martin (Unsam) e doutor em História pela UBA. É pesqui-sador do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (ConiCet) e está vinculado ao Programa de História Intelectual da Universidad Nacional de Quilmes (UNQ). Autor do livro Razón y modernidad: Gino Germani y la sociología en la Argentina (Buenos Aires: Siglo XXI, 2006), é um dos pesquisadores envolvidos em um projeto de cooperação acadêmica que envolve a UNQ e a USP e resultou, entre outros projetos, na publicação dos dois volumes de Historia de los intelectuales en América Latina (Buenos Aires: Katz Editores, 2008).Esta entrevista foi realizada em função da presença do professor na Univer-sidade de São Paulo (USP), em maio de 2013, quando, a convite do Laboratório de Pesquisa Social (Laps), ministrou a conferência “Trayectorias intelectuales en perspectiva comparada: desafíos analíticos, potencialidades y límites”. Reto-mando alguns temas que perpassaram sua fala nessa ocasião, aqui Blanco fala de sua trajetória pessoal e profissional, em conexão com a história política e social da Argentina, e reflete sobre a sociologia da vida intelectual, a história das ideias e o método comparativo, marcos teórico-analíticos importantes do trabalho de pesquisa que desenvolve atualmente.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA Pensar sem apoios: Hannah Arendt e a vida do espírito como política do pensar

Já havia feito este registro nos agradecimentos de minha dissertação de mestrado: escrever para agradecer é a melhor parte. Os desafios ao se fazer um trabalho acadêmico como uma tese de doutorado, com suas exigências, prazos, descobertas e maravilhamentos, são acompanhados por uma sorte tão variada de surpresas, que agradecer ao ver completado o ciclo parece ser a parte mais saborosa de se fazer. Então, vamos lá, para o meu deleite. Primeiro gostaria de agradecer ao meu orientador, Prof. Dr. Maurício Cardoso Keinert. Ele acreditou, sua confiança foi decisiva. Sua generosidade e paciência foram o presente que recebi desde o começo. Agradeço ao Prof. Dr. Pedro Paulo Garrido Pimenta o primeiro e decisivo incentivo e seus comentários na qualificação. Agradeço à Profa. Dra. Yara Frateschi por seus detalhados apontamentos e críticas também na banca de qualificação. Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Ribeiro de Moura que escreveu ao lado da nota de meu trabalho para sua disciplina na pós-graduação sobre Husserl: "Ok. Mas o que significa 'significado'?". Agradeço ao Prof. Richard J. Bernstein, supervisor de meu estágio de pesquisa na New School, pela atenção e generosidade. À secretária do Departamento de Filosofia da New School, Despina Dontas, pela admirável gentileza e pela paciência com as solicitações de documentos sem ela, meu estágio não teria sido possível. Aos bibliotecários da List Center Library que me auxiliaram no uso do terminal de acesso aos arquivos. Agradeço também ao Hannah Arendt Center for Politics and Humanities at Bard College, especialmente ao seu diretor, Prof. Roger Berkowitz, os encontros do grupo de leitura virtual e a acolhida quando lá estive em 2015, para a Conferência Anual. Agradeço a Helene Tieger, bibliotecária da Stevenson Library, responsável pela biblioteca de Hannah Arendt em Bard College, que gentilmente recebeu minhas solicitações e se desdobrou para que eu pudesse consultar os livros em horários não habituais. Aos amigos que fiz no grupo de leitura do Centro de Pesquisa, Harold Bush e Christo Danto.

Sons e sentidos: entrevista com Steven Feld

Revista de Antropologia, 2015

Steven Feld, músico, lmmaker e professor de antropologia e música nascido nos Estados Unidos, é um pesquisador que desde o começo de sua carreira desa ou paradigmas, inventando novos modos de perceber e de fazer pesquisa. Músico atuante na cena norte-americana, é um pensador importante para a antropologia, especialmente a dos sentidos. Já no começo da sua carreira como antropólogo, quando aluno de Alan Merriam, propôs uma antropologia do som, se contrapondo à antropologia da música defendida por seu mestre. O termo música pareceu, desde o princípio, muito restritivo para pesquisar e pensar a diversidade de sons e pensamentos que existem no mundo. Perseguiu desde sua entrada na antropologia um termo que representasse o entendimento de como se dá a escuta, e logo a produção sonoro-afetiva e cognitiva de diferentes grupos sociais e o sentido que os grupos dão a essa produção. Chegou assim à acustemologia, termo que se refere ao mesmo tempo à acústica-fazer e perceber some à epistemologia-como se chegar ao saber. O som é uma maneira de conhecer o mundo, um habitus, um mapa onde povos podem se situar física e emocionalmente. Sua obra mais conhecida mundialmente é a publicação da sua tese de doutorado (Indiana University, 1979) sobre os Kaluli, um povo que mora em Bosavi, Papua Nova Guiné, habitantes da oresta equatorial, trabalho que contribuiu para uma antropologia/etnologia densa daquela

O Lugar Das Ideias: Roberto Schwarz e Seus Críticos

Sociologia & Antropologia, 2013

Resumo Tem sido destacado como os estudos de Roberto Schwarz a respeito de Machado de Assis assumem um ponto de vista dialético, que chama a atenção para as contradições presentes na formação social brasileira. Tal tipo de explicação provocou e continua a provocar intensa controvérsia. Sustento que essa interpretação do crítico literário foi inspirada por certos trabalhos realizados pelas ciências sociais brasileiras. Indo além da visão de Schwarz a respeito do seu país, procuro, no artigo, enfatizar como certas tensões alimentam sua própria análise do romancista oitocentista. Mais importante, num momento em que parece perder-se de vista boa parte das contradições das quais são feitas as sociedades, inclusive a brasileira, defendo que uma análise como essa continua a oferecer vantagens em relação a outras explicações que lidam com ideias.

“Era Imposição Sem Suporte”

Trabalho & Educação, 2023

Este estudo possui o objetivo de descrever e analisar as transformações provocadas pela pandemia de COVID-19 na organização e nas condições de trabalho de docentes da educação básica no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma pesquisa exploratória de metodologia mista, que contou com a participação de 686 professores. A coleta de dados foi realizada entre junho e outubro de 2021, de forma online, através de questionários e entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e à análise temática. No momento da pesquisa, 53,5% dos participantes estavam exercendo atividades parcialmente presenciais e parcialmente remotas. Os docentes declararam estar trabalhando mais (85,6%), realizando mais horas extras (79%), com algum tipo de dificuldade em planejar e executar as atividades à distância (87%) e com dificuldades na utilização de ferramentas virtuais requeridas na realização de seu trabalho (80,4%). Todavia, apenas 43,1% tiveram formação promovida pela instituição de ensino. Os dados coletados evidenciaram um contexto laboral marcado pela sobrecarga de trabalho e pelo frágil suporte institucional. Concluiuse que são necessárias políticas públicas de atenção à saúde do trabalhador na educação básica, fortalecendo os coletivos de trabalho e as ações de suporte aos docentes.