A Multidão e o Futuro da Democracia na Cibercultura (original) (raw)

As Teorias da Cibercultura

This handbook presents and discusses the main currents of theoretical interpretation concerning cyberculture - a term with which some intellectuals gather in concept the flow of social phenomena emerging with everyday economic exploitation and political use of the digital media verified since the middle of 1990s. This book was pioneering in its gender in Brazil, and it still maintains its academic value as a theoretical introduction to the cyberculture studies. http://www.editorasulina.com.br/

Cibercultura, comunidades virtuais e fetiches eletrônicos

Em meio a um mundo repleto de tecnologias e sob o regime de uma organização social cuja denominação, Sociedade da Informação, traduz e denuncia todo um processo de transição e de transformação dos meios e modos de produção, de comunicação e compartilhamento de informação busca-se, nesse trabalho, breve reflexão acerca da organização social contemporânea e consequente configuração cultural no contexto das comunidades virtuais e dinâmica das redes eletrônicas de comunicação, que caracterize a constituição da “consciência coisificada” em decorrência do “fetiche pela técnica”.

Ciberfeminismo e multiletramentos críticos na cibercultura

Educar em Revista

RESUMO Este artigo tem como objetivo compreender como a atuação de mulheres ciberativistas no combate à violência discursiva praticada por homens em redes sociais pode ser mobilizadora de multiletramentos críticos da cibercultura e contribuir com processos formativos feministas na universidade. O estudo, com suporte no referencial teórico da perspectiva social e abordagem crítica dos multiletramentos, dialoga com o ciberfeminismo e a violência pelo uso da linguagem, analisando uma prática ativista e sua repercussão mundial veiculadas em vídeos na rede social YouTube e expressas no discurso de representantes políticos e praticantes culturais da interação. Os processos históricos de acirramento de conflitos políticos e ideológicos relacionados ao legado patriarcal e machista se refletem em espaços públicos e sociais e também no ciberespaço, materializados na violência pelo uso da linguagem em redes sociais e nas práticas de ciberativistas que lutam, resistem e marcam o seu lugar socia...

(Multi)Letramentos, Cibercultura e Culturas Midiáticas Regionais

Revista Observatório

A Revista Observatório apresenta seu quinto número de 2018, com capa produzida pelo colega, professor e artista Adriano Alves da Silva, trazendo dois dossiês especiais! O primeiro, intitulado (MULTI)LETRAMENTOS, FORMAÇÃO DOCENTE E TECNOLOGIAS NA CIBERCULTURA, foi organizado pelos colegas Dra. Obdália Santana Ferraz Silva e Dra. Úrsula Cunha Anecleto, ambas da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e tem o objetivo de socializar as pesquisas sobre diversidade de práticas de letramentos que se desenvolvem na sociedade contemporânea. O segundo, intitulado MÍDIA, MEMÓRIA E CULTURA REGIONAL, foi organizado pelos colegas Dra. Karina W. Janz e Dr. Sérgio Luiz Gadini ambos do Grupo de Pesquisa Jornalismo Cultural e Folkcomunicação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e tem como foco a memória e a cultura regional em face da (oni)presença das produções midiáticas.

Tensões Políticas na Cibercultura

O ciberativismo, por meio da deficiência de comunicação do campo político com a sociedadeou mesmo pela forte presença da incomunicação -, tem atraído muitos adeptos nos últimos anos, em todo o mundo. No Brasil, ações ciberativistas têm sido cada vez mais frequentes, desde pedidos de cassação de Senadores e Deputados Federais à divulgação das manifestações que ficaram conhecidas como Movimentos de Junho, no ano de 2013. Esta prática transnacional nos coloca diante de novas demandas, muitas vezes deslocadas, realocadas ou mesmo glocais. Disputas "silenciosas" por atenção, visíveis para grande parte da sociedade e, na maioria das vezes, invisíveis para o campo político. Lutas que nascem e morrem antes mesmo de serem travadas, limitando-se apenas ao espaço virtual. Todavia, quando conseguem chegar ao espaço de aparência da política, encontram resistência por parte das engrenagens existentes. As fórmulas políticas parecem ser demasiadamente fortes ao ponto de manter o campo intocável, enquanto o ciberativismo parece ser "excessivamente online" para conseguir romper as barreiras dessa estrutura. A pesquisa teórico-empírica, de natureza descritiva e com análise qualitativa dos dados, incidirá sobre as lutas existentes entre os movimentos ciberativistas e o campo político brasileiro, focando as vicissitudes existentes e a ineficácia recorrente em muitos casos, na era do ciberespaço. Para isso, faremos uma revisão bibliográfica nos estudos sobre ciberativismo no Brasil e estudaremos casos de três sites referenciais de "ativismo" na Internet, que têm como premissa principal a utilização das novas tecnologias da comunicação para a realização da política e, principalmente, como legitimação de suas propostas para o campo político: Avaaz, Votenaweb e Petição Online. Com isso, nosso objetivo principal é revisar a bibliografia sobre o ciberativismo, ativismo digital ou ativismo online no Brasil à luz da crítica teórica e compreender por que ações propostas por estes movimentos têm pouca penetração e sustentação no campo político brasileiro e, também, na sociedade, tendo como principal referencial teórico, as obras de Pierre Bourdieu, Eugênio Trivinho, Paul Virilio e Jean Baudrillard, além das referências secundárias, mas não menos importantes, que discorrem sobre movimentos sociais contemporâneos, com forte envolvimento de ciberativistas: Manuel Castells, David Harvey, Slavoj Zizek; sobre movimentos sociais e democracia no Brasil: Boaventura de Sousa Santos e Raymundo Faoro; e autores que abordam assuntos, que terão muita importância na fundamentação de nossas ideias, como elites, tecnologia, mídia, poder, biopolítica, que são:

Cibercultura, commons e feudalismo informacional

A expansão das redes informacionais consolidou os elementos fundamentais da cibercultura, a remixagem e as inúmeras práticas colaborativas. Também fragilizou o copyright e a indústria da intermediação. Explorando este cenário, a seguinte exposição busca identificar as tendências contrapostas no ciberespaço entre o acesso à “cultura livre” e a imposição de uma “cultura da permissão”. Pelas abordagens de Lessig, Smiers e Benkler contextualiza a tensão entre as possibilidades criativas abertas pelas redes e o enrijecimento das regras de propriedade sobre os bens simbólicos. Avalia a proposição de Drahos e Braithwaite sobre a existência de um feudalismo informacional como um dos projetos mais importantes de reconfiguração do desenvolvimento e do controle da ciência e da cultura e quais as conseqüências deste controle. Apresenta como tal tendência convive com o avanço da idéia de commons, uma das mais importantes dimensões da cibercultura.

SOUZA, Devanildo de Amorim; CESAR, Daniel. Ciberdemocracia na era capitalismo de vigilância. In: MACEDO, Caio Sperandéo de (Coor). Cidadania e novos direitos na sociedade da informação. São Paulo: Publicações independente, 2022. pp. 128-153. ISBN: 978-65-00-41155-3.

Cidadania e novos direitos na sociedade da informação, 2022

Vive-se em uma sociedade perenemente transformada pela Tecnologia da Informação. Tais interações sociais atuam sobre a compreensão de democracia, do processo eleitoral e estabelece concepções sobre o governar e o participar da governabilidade por meio da ciberdemocracia. Visando inferir apontamentos sobre o tema proposto, este trabalho embasou-se na literatura científica especializada e livros concernentes ao tema. Com base na análise bibliográfica, avaliou-se a consistência das informações e dos dados apresentados através do método indutivo. Infere-se que na atualidade o nível de transparência dos códigos algoritmos são demasiadamente baixos. Tal fato desnuda o fenômeno da “opacidade algorítmica” que, por sua vez, faz dos algoritmos algo indecifráveis por terceiros alheios ao processo de estipulação das balizas norteadoras do processo decisório – sendo aceita a tese que até mesmo seus programadores podem perder a compreensão dos rumos que determinada diretiva algorítmica pode vir a tomar.

Cibercultura – perspectivas conceituais

Rev. Estud. Comun. Curitiba, v. 16, n. 41, p. 312-326, set. /dez. 2015. Revista de Ciberculturaperspectivas conceituais, abordagens alternativas de comunicação e movimentos sociais Cybercultureconceptual perspectives, alternative approaches to communication and social movements Dostoiewski Mariatt de Oliveira Champangnatte [a] Marcus Alexandre de Pádua Cavalcanti [b] [a] Doutor, Unigranrio, Cibercultura 313 Rev. Estud. Comun. Curitiba, v. 16, n. 41, p. 312-326, set. /dez. 2015. Resumo O presente artigo apresenta uma breve análise de estudos teóricos e reflexões filosóficas que perpassam o conceito de cibercultura, com o objetivo de elaborar uma abordagem crítica das redes e suas utilizações em mobilizações sociais. Na primeira parte do trabalho, são realizadas apresentações e discussões acerca dos conceitos de ciberespaço, cibercultura e inteligência coletiva. Em sequência, busca-se articular e aproximar os conceitos de rizoma e de hipertexto. E, na terceira parte, parte-se para uma análise do uso das redes sociais por movimentos sociais contemporâneos, no intuito de investigar a dinâmica das práticas de produção de contrainformações em canais alternativos do ciberespaço, evidenciando ações contra-hegemônicas que vão de encontro ao Estado e aos grandes conglomerados de comunicação. Para tanto, são explicitadas e analisadas as práticas do Mídia Ninja, grupo independente midiativista que ganhou visibilidade nas transmissões dos levantes de 2013 no Brasil. Conclui-se, ao final, que o ciberespaço pode ser um grande fomentador de movimentações sociais, nos planos virtual/real, por possuir características rizomáticas e abertas que permitem mediações todos-todos por parte de seus usuários. Palavras-chave: Cibercultura. Movimentos Sociais. Redes Sociais. Abstract This article presents a brief analysis of theoretical and philosophical reflections that underlie the concept of cyberculture, in order to develop a critical approach of the networks and their use in social mobilizations. In the first part of the work are held presentations and discussions about the concepts cyberspace, cyberculture and collective intelligence. In sequence, we seek to articulate and bring the concepts of rhizome and hypertext. And in the third part, we proceed to an analysis of the use of social networks by contemporary social movement in order to investigate the dynamics of against informations production practices in alternative channels of cyberspace. Showing against hegemonic actions that go against the State and the large conglomerates of communication. To this end, explicit up and analyzes the Mídia Ninja practices, midiativista independent group that gained visibility in the broadcasts of the 2013 uprisings in Brazil. It is concluded in the end that cyberspace can be a great developer of social movements in the virtual / real plans for possessing rhizomatic and open characteristics that allow all mediations-all on the part of its members.