Guia de Leitura das Obras de J.R.R. Tolkien - v. 2024-10 (original) (raw)

Fantasia, mal e fascínio: um estudo sobre as obras de J. R. R. Tolkien

2012

Monografia de Bacharelado em História - UFU, defendido em 2012. O presente trabalho tem como objetivo traçar alguns paralelos acerca de três perspectivas nas obras do autor inglês J. R. R. Tolkien: fantasia, mal e fascinação. Ao tratar de fantasia, permeamos aspectos com referência a algumas outras histórias e teorias do próprio autor para escrita de suas obras fantásticas, conjugando biografia e outros trabalhos, para chegar aos conceitos de subcriação e mundo possível. Sobre o mal analisamos personagens que fazem parte do imaginário de Tolkien agindo de forma maléfica. Neste aspecto tratamos um pouco da dicotomia presente em alguns personagens. No pretexto da fascinação, analisamos o motivo pelo qual Tolkien é considerado um dos autores mais importantes do século XX

A Viagem e Transformação na obra de J.R.R.Tolkien.docx

Muitos são os autores que defendem a transformação da personagem no Lord of the Rings. Neste pequeno trabalho reflecte-se sobre essa transformação resultante da viagem nas duas obras do autor (Lord of the Rings e The Hobbit).

J. R. R. Tolkien, The Lord of the Rings; A Viagem e a Transformação.

A first lenghty study on The Lord of The Rings, focusing mainly on the transformation of Characters during their voyage, and its on the symbolic meaning(s) Um primeiro estudo sobre O Senhor dos Anéis, centrando-se fundamentalmente na transformação das personagens durante a viagem e no significado simb´lico da mesma

AS Obras Póstumas de J.R.R. Tolkien: Uma homenagem a Christopher

FFLCH - USP, 2021

a configuração final do texto. O segundo documento foi editado por Carpenter e apresenta formalmente Christopher Tolkien como assistente de edição. Assim, a partir das discussões teórico-metodológicas de Jacques Le Goff sobre análise de documento como monumento, a perspectiva historiográfica deste artigo visa acentuar os traços escolhidos pelos autores em relação à figura pública de Tolkien. Nesse sentido, família, amigos, trabalho, política e religião são as cinco características ressaltadas, tanto na biografia quanto nas cartas, como constituintes dessa imagem pública. Como ponto final, o artigo levanta considerações sobre como foi apresentado o casamento de Tolkien e Edith nos documentos selecionados.

Paideia Mitopoética - A educação em Tolkien

Paideia Mitopoética - A educação em Tolkien, 2012

Resumo: Esta tese é uma exposição sistemática da teoria da educação presente na produção de J.R.R. Tolkien, que denominamos de Paideia Mitopoética. A partir de uma hermenêutica fenomenológica de seus trabalhos de análise filológica de poemas medievais, de seu ensaio teórico sobre literatura, de seus romances mitopoéticos e de suas cartas pessoais, sistematizamos uma teoria da educação composta de conceitos claros de sujeito, objeto e método. Nessa teoria, existe uma antropologia que dialoga com a tradição filosófica grega, com a patrística e com a escolástica, e que é harmônica com a fenomenologia do século XX; da mesma forma, o objeto fundamental é o sagrado, entendido como categoria das ciências da religião, em chave histórica e noética, que se expressa através das narrativas sagradas, seja nas formas do mito vivo, seja nas formas das reminiscências míticas da poesia épica ou dos romances de fantasia modernos. O método é a fabricação de mitos como forma de meditação da leitura de textos de tradições religiosas, assim como o compartilhamento dialógico com um grupo, que culmina na publicação da obra fabricada. Assim, o sujeito aberto à experiência da totalidade do Ser através da hierofania via narrativa poética ou literária, através de um método que integra tradição, comunhão, criatividade e trabalho, se relaciona com o objeto fundador da consciência e da cultura: o sagrado.

O Panóptico de Sauron: Poder e Vigilância no Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien [published]

2013

Este artigo é dedicado aos Estudos de Vigilância e à sua aplicação à obra de Tolkien, Senhor dos Anéis. Nesta análise, é feita uma introdução histórica aos Estudos de Vigilância, uma contextualização histórica e social do autor, identificando, na narrativa em discussão, reflexos de uma sociedade conturbada e, por fim, um enquadramento teórico e social dos Estudos de Vigilância ao “mundo secundário”1 da Terra Média2, demonstrando os paralelismos entre as teorias dos irmãos Bentham e Foucault e as relações de poder presentes nesta região do mundo metafísico do imaginário de Tolkien. No final do artigo, são ainda analisadas duas vertentes das teorias do poder, o poder da retórica e a resistência ou contra-poder, também presentes na Terra Média, assumindo, a par das relações de poder, várias representações simbólicas. This article is dedicated to Surveillance Studies and their application to Tolkien’s literary work, Lord of the Rings. A historical introduction to Surveillance Studies, a historical and social contextualisation of the author, identifying, in the discussed story, the reflections of a troubled society, and, finally, a theoretical and social framework that relates Surveillance Studies to the "secondary world" of Middle Earth are presented in this analysis, demonstrating the parallels between Bentham's and Foucault's theories and the social relations of power in this region of the metaphysical world of Tolkien's imagination. At the end of the article, two aspects of the theories of power are also analysed, those being the power of rhetoric and resistance or counter-power, also present in Middle Earth, assuming, just like power relations, several symbolic representations.

Estudo dos mitos e da construção narrativa em J. R. R. Tolkien

Téssera

Resumo O presente artigo visa fazer um pequeno levantamento sobre as referências míticas na construção e corpo narrativo das obras fantásticas mais conhecidas do autor inglês J. R. R. Tolkien. O Silmarillion contém contos que abordam fortemente a mitologia subcriada por ele, numa gama de referências de diversas sociedades e épicos de outrora. Conta com a gênese da Terra-Média e o estabelecimento dos povos que a constitui, passando assim a ser a história mítica de Arda. As menções deste livro se fazem presentes enquanto contos históricos passados de geração em geração nas demais narrativas do autor, como O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Sob este aspecto mítico de suas narrativas, usamos como base, além de autores que estudam Tolkien, o mitólogo Joseph Campbell. Palavras-chave: Mitos. Fantasia. Literatura.

DE JERUSALÉM A GONDOLIN, DA QUEDA AO SOERGUIMENTO: a Aplicabilidade Tolkieniana como Chave Hermenêutica

Dissertação de Mestrado defendida na PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA da UNB, 2023

Este estudo analisa a aplicabilidade alegórica entre as cidades de Jerusalém e Gondolin, destacando as influências religiosas e literárias na obra de J.R.R. Tolkien. Investigamos a relação entre a descrição da Cidade Santa em Apocalipse 21 e da cidade élfica em A Queda de Gondolin. Ambas as cidades representam realidades divinas e compartilham semelhanças, como segredos ocultos e a experiência de invasões e quedas devido à recusa em acolher enviados divinos. O conceito de “eucatástrofe” desempenha um papel crucial em ambas as narrativas, trazendo esperança após momentos sombrios. Além disso, exploramos como as Eras Tolkenianas se relacionam com diferentes períodos históricos e culturas, incluindo a influência da cultura greco-romana e da cultura judaico-cristã em suas obras. Tais influências culturais e religiosas são tecidas nas narrativas de Tolkien, refletindo uma perspectiva de esperança. Em resumo, este trabalho destaca as conexões alegóricas possíveis entre Jerusalém e Gondolin, evidenciando como a subcriação de Tolkien é profundamente inspirada por fontes teóricas, religiosas e artísticas. Esta análise transcende as eras e culturas, revelando uma busca contínua por esperança em meio à adversidade.

LÁ E DE VOLTA OUTRA VEZ: um estudo de escolhas tradutórias em The Hobbit, de J. R. R. Tolkien

2022

Este trabalho tem por objetivo discutir questões tradutórias que concernem ao livro The Hobbit, do autor J. R. R. Tolkien, com foco na tradução de cinco palavras (ou pares de palavras), que são thief/burglar, dwarves/dwarfes, trolls, orcs/goblins e Mirkwood. O objetivo da pesquisa foi observar como essas palavras foram traduzidas nas cinco versões distintas que existem da obra em português. Para que o estudo fosse realizado, foi utilizado o método misto de pesquisa, com o auxílio do programa AntConc 3.5.8 para a parte de análise quantitativa. O aporte teórico utilizado para a realização da análise qualitativa conta com um texto de Tolkien, no qual ele estabelece um parâmetro de como deve ser feita a tradução de seus livros. Foram utilizados dois textos de Itamar Even-Zohar, que são A Teoria dos Polissistemas (2013 [1978]) e A posição da literatura traduzida dentro do polissistema literário (2000 [1970]). Foram utilizados ainda o capítulo 9 do livro Linguística de Corpus, de Tony Berber Sardinha (2004) e o livro Semântica: uma introdução à ciência do significado, de Stephen Ullmann (1984 [1964]). As hipóteses levantadas observam se há mudança de conotação nas diferentes traduções, acarretando em perda de variedade linguística com a tradução de algumas palavras, e se a mudança nas traduções de alguns termos acarreta em estranhamento dentro do polissistema literário, de acordo com as teorias apresentadas. Como resultado é verificado que algumas traduções se mantêm mais próximas do texto original, enquanto outras possuem de fato uma perda da variedade criada pelo autor.