Infâncias removíveis, crianças descartáveis (original) (raw)
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Crianças "impossíveis" - quem quer, quem se importa?
Psicologia em Estudo
Este artigo articula a prática clínica com a teoria winnicottiana sobre comportamento anti-social. Entendendo o ato anti-social como um pedido de socorro e implicitamente uma esperança de ser esse pedido atendido por quem o percebe, analisamos o caso de uma criança com queixa de agressividade extrema e falta de limites a partir desse prisma. Winnicott postula que a base da tendência anti-social resulta de uma experiência inicial boa que foi perdida e o aspecto essencial desta é a criança ter alcançado a capacidade de perceber que a causa do desastre foi devido à falha do ambiente. Cabe ao terapeuta, nesses casos, sobreviver às investidas da criança e reconstruir com ela ritmo, fidedignidade e confiança - sentimentos perdidos por ela ao longo desse processo de desapossamento.
Educação em Revista, 2021
O artigo objetiva problematizar as experiências educativas vividas pelas crianças, suas famílias e professores na condição presente da crise humanitária gerada pela pandemia do COVID-19. A partir da contextualização da pandemia, discute como as estratégias regulatórias e a lógica de controle operam e se intensificam nesse momento e quais os possíveis impactos desse ordenamento nas subjetividades infantis, bem como nos modos de agir dos adultos responsáveis pelas crianças e nos professores. Defende uma educação que respeite a vida e os direitos das crianças, que concorra para uma formação humana sem descuidar da formação dos profissionais e da necessária parceria com as famílias. Recebido em: 26/10/2020.Aprovado em: 16/11/2020.
Crianças 'impossíveis': quem as quer, quem se importa com elas?
Psicologia em Estudo, 2007
O artigo articula a prática clínica com a teoria winnicottiana sobre comportamento anti-social. Entendendo o ato anti-social como um pedido de socorro e implicitamente uma esperança de ser esse pedido atendido por quem o percebe, analisamos o caso de uma criança com queixa de agressividade extrema e falta de limites a partir desse prisma. Winnicott postula que a base da tendência anti-social resulta de uma experiência inicial boa que foi perdida e o aspecto essencial desta é a criança ter alcançado a capacidade de perceber que a causa do desastre foi devido à falha do ambiente. Cabe ao terapeuta, nesses casos, sobreviver às investidas da criança e reconstruir com ela ritmo, fidedignidade e confiança -sentimentos perdidos por ela ao longo desse processo de desapossamento.
TRAVESSIA - revista do migrante
Objetiva-se discutir a condição de vida de crianças refugiadas nos últimos anos no Brasil. O trabalho centra-se no direito fundamental à educação e à infância, com base na Sociologia da Infância e na abordagem histórico-cultural de Vigotski. As discussões têm como parâmetro os documentos elaborados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e pelo Comitê Nacional para os Refugiados.
As crianças e os adolescentes confinados e invisíveis
Moreira, Tabita Aija Silva et al. COVID-19, infância e adolescência: o novo mundo é um jardim ou uma cela?, 2020
Embora a desigualdade infantil esteja causando estigmatização e consequências dramáticas para essa população, sua sobrevivência e desenvolvimento estão sendo duplamente afetados pelo surgimento da pandemia do COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde1 em 11 de março 2020.
Precárias experiências em dissidências: crianças que não cabem em si
Pro-Posições, 2019
Resumo O texto busca, na emergência do presente, diante da precariedade da vida, afirmar um campo de investigação, incipiente em educação e psicologia, sobre processos de produção de vida crianceiros em dissidências com o corpo, gênero e sexualidade. No entrelaçamento teórico e metodológico, perspectivando a produção do comum, foram reunidos estudos da criança, filosofia da diferença, leituras feministas e pós-estruturalistas, a fim de problematizar a criança em seus desvios e fugas diante das instituições de sequestro. As memórias e narrativas crianceiras que aqui comparecem foram produzidas em acontecências aprendentes entre pessoas que não precisam de um nome, que não se conformam com uma vida sempre igual e profanam, em atos de rememoração, os dispositivos da infância e da norma.
Crianças e infâncias (im)possíveis na escola: dissidências em debate
Revista Periódicus , 2018
A proposta desse texto é discutir a criança e as infâncias em suas posições dissidentes, centralizando os esforços reflexivos em torno das experiências sociais de sujeitos que construíram trajetórias marcadas por movimentos e posições de dissidência. O texto é enredado por rememorações de infâncias de jovens autodeclaradxs não-heterossexuais que participaram de trabalho de campo de pesquisa de doutorado recentemente concluída. Articulado com o campo das infâncias e dos estudos de gênero e sexualidade, o trabalho promove interlocuções teórico-metodológicas que permitem acompanhar posições de sujeito, trânsitos, interpelações das (cis)heteronormas. Isso permitiu-nos (re)discutir o papel social da escola frente à educação daquelas crianças que, colocadas na condição de “estranhas” e “diferentes”, levam o desconforto a muitos espaços institucionais e às políticas educacionais, virando de ponta-cabeça o currículo. Esse desconforto, no entanto, é imprescindível para que brechas sejam abertas e favoreçam o ato de (re)pensarmos as experiências infantis em suas posições dissidentes.
Crianças com Deficiência Situação MunDial Da infânCia 2013 ReSuMo exeCutivo
Situação MunDial Da infânCia 2013 ReSuMo exeCutivo todos juntos pelas crianças situação mundial da infância 2013: crianças com deficiência ii CRiançaS CoM DefiCiênCia Resumo executivo Situação MunDial Da infânCia 2013 Recomendações básicas o compromisso internacional de construir sociedades mais inclusivas resultou em melhorias na situação de crianças com deficiência e suas famílias. no entanto, muitas delas continuam a enfrentar barreiras à participação em ações cívicas, sociais e culturais de suas comunidades. Cumprir a promessa de igualdade por meio da inclusão exigirá ações para: 1 Ratificar -e implementar -a convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a convenção sobre os Direitos da criança.
As di-versões visíveis das imagens infantis
Pro-Posições, 2011
No presente artigo desenvolvem-se análises sobre a complexidade da representação gráfica pelas crianças, em especial as pequenas. Os desenhos de meninos e meninas são abordados em sua riqueza como metáforas visuais que propõem a curiosidade, a indagação, diferentes formas de compreensão e relação com os traçados, com suas cores e formas. Consideram-se diferentes elementos que, entrelaçados, dão a conhecer os meninos e meninas desenhistas e seus desenhos de modo abrangente. Propõe a todos que entrem em contato com os desenhos que não pr ocurem respostas apressadas, mas que diante deles, é preciso pensar, num tempo mais lento em que a reflexão e o estar junto sejam contemplados.
Resiliência das crianças e adolescentes
2020
Introduction: Parenting has assumed a central role in health issues, due to the implications it may have, not only on the health and well-being of the parents, but especially on the healthy physical, cognitive and emotional development of children and adolescents. Objetives: To analyze parents' perception of the resilience of children and adolescents. Methods: A quantitative, descriptive and correlational study involving a non-probabilistic convenience sample of 592 parents. A sociodemographic characterization questionnaire and the Internal Assets subscale of the Healthy Kids Resilience Assessment Module (version 6.0), adapted for the Portuguese population by Martins (2005), were applied. It is a Likert subscale constituted by 18 items classified in 4 points corresponding to the following six dimensions: Cooperation and Communication; Self-efficacy; Empathy; Problem solving; Self-awareness and Goals and Aspirations. Results: When analyzing the dimensions of resilience and the...