Sobre a vitória de Trump: visão de um leigo. (original) (raw)

Um Ensaio Sobre a Ascensão De Donald J. Trump

Malala

A proposta deste ensaio é discutir a ascensão de Donald J. Trump, suas ideias, estratégias políticas fazendo uma análise tanto de conjuntura doméstica como seus impactos na projeção internacional dos Estados Unidos. Neste caminho discutimos conceitos como a polarização política, o populismo, a pós-verdade e a manipulação do medo especialmente contra o islã.

Contemos melhores histórias no caos: Grossberg e a análise conjuntural da vitória de Trump em 2016

Revista ECO-Pós, 2020

A presente resenha tem como objetivo discutir o livro Under the cover of the Chaos: Trump and the Battle for the American Right, escrito por Lawrence Grossberg, professor do departamento de Comunicação da Universidade da Carolina do Norte. Nele, o autor realiza uma análise conjuntural dos Estados Unidos partindo da vitória de Trump, evidenciando afetos e disputas que se articulam a várias formações de direita naquele país. Por fim, Grossberg propõe que contemos melhores histórias, explicitando a existência de distintas temporalidades em torno dessas direitas e a necessidade de uma ação política que considere o lugar da imaginação.

Discurso do sucesso político nos dizeres de Donald Trump

2020

Resumo: O presente texto analisa o discurso do sucesso político, especificamente os dizeres do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. As redes sociais, especialmente o Twitter, tem se transformado em uma ferramenta indispensável para difusão de discursos e consequentemente para a constituição do “sucesso político” de sujeitos e de sentidos. Dessa forma, o microblog, inicialmente desenvolvido para “as pessoas comuns”, passa por diversas transformações até se tornar referência em plataforma de impulsionamento de discursos políticos os quais influenciam na conquista e na manutenção do poder. Diante disso, observando o consagrado arcabouço teórico-metodológico da Análise do Discurso, sobretudo as noções de discurso do sucesso, de acontecimento discursivo, de pré-construídos e de memória discursiva, buscamos responder como o funcionamento do discurso do sucesso político pode furar redes de sentidos consolidados, deslizá-los desses dizeres e assim promover sucesso de suje...

Decifrando o “Trump tropical”: análise das percepções dos think tanks dos Estados Unidos sobre a eleição e o governo Bolsonaro

Luciana Wietchikoski, Eduardo Svartman, 2020

Desde a campanha eleitoral, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro emula a retórica e iniciativas do presidente estadunidense Donald Trump e proclama o alinhamento do Brasil com os Estados Unidos. Diante deste realinhamento, o presente artigo avalia as percepções através das quais o novo governo brasileiro tem sido caracterizado em Washington, particularmente junto aos think tanks dedicados à política internacional. Estas organizações da sociedade civil, cuja produção ideacional visa influenciar a opinião pública e a formulação de políticas públicas, desempenham papel importante na difusão de narrativas a respeito do Brasil nos meios político, econômico, midiático e acadêmico estadunidense. Utilizando a metodologia da análise de conteúdo, demostra-se que, a despeito da aposta do governo brasileiro no alinhamento com os Estados Unidos e da acolhida inicialmente positiva do governo Donald Trump, a produção ideacional a respeito do novo presidente, sua agenda doméstica e política externa tem sido mais crítica do que elogiosa.

A Vitória Eleitoral de Donald Trump: Uma Análise de Disfunção Institucional

Revista de Sociologia e Politica, 2018

RESUMO Introdução: A eleição de Donald Trump deve ser entendida à partir do sentimento de descontentamento generalizado da população americana com o seu sistema político. O êxito do candidato antissistema, que se apresentou como capaz de acabar com a ineficácia, incompetência e corrupção em Washington denota que o enquadramento institucional do sistema político norte-americano é propício à imobilização. Métodos: O artigo analisa resultados eleitorais presidenciais de 2016, obtidos a partir de fontes secundárias (Pew Research Center, Gallup, CNN, The Washington Post) e discute com a bibliografia especializada no arranjo constitucional norte-americano. Resultados: Os fatores institucionais que geram o imobilismo político são de ordem constitucional e partidária. Ao atribuir múltiplos mecanismos de veto aos diferentes ramos de poder, a Constituição estabeleceu os instrumentos necessários para que qualquer um dos ramos possa bloquear a ação política dos restantes. A partidarização da vida política americana rapidamente alterou a lógica de funcionamento do colégio eleitoral, pois os partidos políticos prontamente transformaram os " eleitores " do colégio eleitoral em meros agentes partidários. Discussão: A crescente diversificação da sociedade americana tem contribuído para um aumento da radicalização política que inviabiliza compromissos políticos. Na tentativa de criar um sistema que acautelasse contra a possível tirania da concentração de poderes, os delegados da Convenção Constitucional de 1787 acabaram por criar um sistema propício ao impasse político. Ao renunciar o direito exclusivo de escolher os seus candidatos, os partidos políticos perderam o controle do processo político. Trump não conseguiu obter o apoio dos dirigentes do partido, mas mesmo assim conseguiu assegurar delegados suficientes para garantir a sua candidatura.

AS CONSEQUÊNCIAS DA ASCENSÃO DE DONALD TRUMP AO PODER NOS ESTADOS UNIDOS

Donald Trump apresenta sua campanha para a presidência dos Estados Unidos baseada na defesa da lei e da ordem na qual deixam evidenciados seus traços de personalidade autoritária. Trump apresentou uma lógica de gladiador. Tudo gira em torno da conquista, da supremacia dos Estados Unidos. Trump propõe construir um muro entre os Estados Unidos e o México para impedir a entrada de latino-americanos, proibir a entrada de muçulmanos no país e isolar os Estados Unidos do mundo. Durante décadas, o Partido Republicano representou, no exterior, uma ordem internacional voltada para o futuro liderada pelos Estados Unidos, e, em casa, o capitalismo democrático com pequena intervenção do governo na economia. Trump dizima isso e outras coisas que os republicanos defendiam e representavam.

O triunfo das elites ou o êxito da retórica

CECS - Publicações / eBooks, 2019

Chegara mesmo ao ponto de pensar que a escuridão em que os cegos viviam não era, afinal, senão a simples ausência da luz, que o que chamamos cegueira era algo que se limitava a cobrir a aparência dos seres e das coisas, deixando-os intactos por trás do seu véu negro. Saramago (2016, p. 21) Resumo Este artigo analisa a noção da retórica enquanto artefacto de construção discursiva que se revela de múltiplas formas na literatura contemporânea. Desta forma, demonstra-se que esta ideia não só foi marcante nos percursores das literaturas africanas em língua portuguesa, como continua presente no universo literário dos escritores moçambicanos da chamada geração II mil. Com efeito, parte-se da premissa de que o exercício retórico, concretizado através da anglicização das utopias e distopias na obra Moçambique com Z de Zarolho (2018), de Manuel Mutimucuio, denota os mecanismos de efabulação a que o escritor recorre para a invenção e valorização das peculiaridades estilísticas. Palavras-chave: Retórica; estilística; anglicização e utopias * Esta expressão que rotula o presente artigo é título de um capítulo da obra Moçambique com z de zarolho, de Manuel Mutimucuio.

De Hípias Menor a Trump: das virtudes do erro (e da mentira) ao erro da pós-verdade

Estudos em Comunicação, 2018

Resumo Neste ensaio, dividido em três partes, procura-se distinguir o conceito de mentira/manipulação de pósverdade. Começando com o diálogo Hípias Menor de Platão e acabando em Donald Trump, discutimos as consequências e os perigos da pós-verdade para o jornalismo e a informação em particular e para a res publica e a democracia em geral. Palavras-chave: pós-verdade; manipulação; evidência; democracia.