Uma reflexão sobre metodologias ativas digitais (original) (raw)
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Metodologias ativas e tecnologias digitais
Revista Educação em Questão, 2019
Ao tratar a temática metodologias ativas e tecnologias digitais, objetivou-se discutir seus conceitos, além de descrever a origem e seus elementos constitutivos. O estudo centrou-se na problemática: quais seriam as aproximações e distinções entre o uso de tecnologias digitais e as metodologias ativas? O corpus da pesquisa abordou conceitos sobre metodologias ativas e tecnologias, destacando as digitais na atualidade, além das origens e características das metodologias ativas e suas possíveis relações com o uso de tecnologias digitais, ao que se construiu um quadro síntese para cada metodologia estudada. As metodologias consideradas foram: aprendizagem por projetos, aprendizagem baseada em problemas, estudo de caso, aprendizagem por pares e metodologia da sala de aula invertida. Enquanto pesquisa qualitativa, consistiu em estudo exploratório, tendo por base autores como Hernández (1998), Serra e Vieira (2006), Mazur (1997), Souza e Dourado (2015), Kensky (2012), Moran (2018) e Bergma...
Metodologias ativas e o projeto S4C
Universidade como agente de inovação social e o caso Students 4 Change, 2019
Nos últimos tempos, as metodologias ativas tornaram-se um imperativo dos cursos universitários que procuram algum grau de inovação pedagógica. Nesse artigo, abordaremos a história dessas metodologias, para em seguida analisar sua relação com a inovação social. Por último, apresentamos o Projeto Students 4 Change, que inspirou a criação de novas metodologias na universidade em que as autoras atuam.
Metodologias ativas: uma inovação que pode virar modismo
Research, Society and Development, 2021
Resumo Este artigo apresenta uma discussão teórica que busca contribuir para a seguinte questão: que fazer para que as metodologias ativas não sejam apenas um modismo? A pesquisa tem uma abordagem qualitativa com delineamento de um estudo bibliográfico. O corpus da pesquisa considerou primeiramente o conceito de metodologias ativas segundo diversos autores. Em resposta ao tema central da pesquisa, defendemos a ideia de que o compartilhamento de experiências acerca do uso das metodologias ativas, em todos os níveis de ensino, em todos os tipos de espaços e com os mais variados recursos, incluindo cursos de formação de professores, que fazem uso dessas metodologias e atividades desenvolvidas que sejam fundamentadas teoricamente, são maneiras que podem fazer com que as metodologias produzam efeitos significativos e duradouros na educação. Apenas discussões quanto à epistemologia das metodologias ativas ou críticas não construtivas sobre seu uso pouco contribuirão para a Educação. Consideramos a ideia de que essas metodologias são hoje a melhor opção que temos para a promoção de uma educação de qualidade.
Ensaio sobre metodologias ativas: reflexões e propostas
Revista Espaço Pedagógico, 2018
As metodologias ativas surgiram na década de 1980 como alternativa a uma tradição de aprendizagem passiva, onde a apresentação oral dos conteúdos, por parte do professor, se constituía como única estratégia didática. Contrariamente ao ensino tradicional, as metodologias ativas procuram um ambiente de aprendizagem onde o aluno é estimulado a assumir uma postura ativa e responsável em seu processo de aprender, buscando a autonomia, a autorregulação e a aprendizagem significativa. Estas metodologias envolvem métodos e técnicas que estimulam a interação aluno-professor, aluno-aluno e aluno-materiais/recursos didáticos e apostam, quase sempre, na aprendizagem em ambiente colaborativo, levando o aluno a responsabilizar-se pela construção do seu conhecimento. Tendo como pano de fundo a psicologia cognitiva e a metacognição, este artigo apresenta, analisa e explora algumas metodologias ativas de ensino. Paralelamente, são fornecidas recomendações práticas para envolver o aluno ativamente em...
Metodologias ativas no contexto do ensino remoto: à guisa de introdução
OBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA
O presente artigo propõe uma reflexão acerca das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, a fim de problematizar a concepção meramente técnica e difusa relacionada à sua utilização no contexto educacional atual, em especial, após a inserção do Ensino Remoto Emergencial, decorrente da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Para tanto, foi realizada uma pesquisa com foco no levantamento de diferentes tipos destas metodologias, evidenciando que muitas delas, já são utilizadas pelos educadores em sala de aula e que portanto, é um equívoco relacioná-las condicioná-las à utilização de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). O principal desafio inerente à sua aplicação, está em organizar um planejamento didático que permita aos estudantes atuarem como protagonistas no processo educativo, instigando a reflexão e o estudo de forma colaborativa e contextualizada, a fim de que a aprendizagem seja realmente significativa.
Metodologias ativas no Ensino Superior: possibilidade ou "faz de conta"?
Evidência: olhares e pesquisa em saberes educacionais, 2018
Resumo: O presente artigo apresenta a prática das Metodologias Ativas no Ensino Superior. Ele parte de um questionamento sobre a propriedade e efetividade ou não desta modalidade pedagógica no espaço acadêmico, e, paralelamente a essa argumentação, traça seus principais conceitos, antecedentes, ferramentas e estratégias, além de indicar as contribuições que a prática pode oferecer. São relatados casos de sucesso no uso das Metodologias Ativas, quando comparados com os métodos tradicionais de ensino, evidenciando os benefícios das mesmas, desde que envolvam satisfação, engajamento, desempenho e interação efetiva entre docentes e discentes.
Tecnologias e metodologias ativas: (res)significando percursos educacionais
Daniel Vieira Sant'Anna; Daniela Nogueira de Moraes Garcia; Paulo Alexandre Filho, 2022
Falar sobre o processo de ensino e aprendizagem, neste momento, exige-nos dois aspectos preponderantes para a reflexão: nosso lugar de fala e nosso percurso de formação. Tais questões se entrelaçam de tal forma que conceber um em detrimento do outro seria o mesmo que perceber o mundo material apenas pela lente dos acontecimentos in loco, desprezando nossas vivências como produtos socioculturais, frutos do acúmulo de construções, tecidas pela sobreposição temporal das grossas camadas da História. Em pleno século XXI, os cenários educacionais se transfiguram com a mesma rapidez dos avanços tecnológicos e da ciência, impondo aos profissionais de educação a ressignificação de suas práticas que outrora tinham como recursos apenas o giz, a lousa e o livro didático. Para Lévy (1999, p. 11), “[...] estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.” A utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), há tempos debatida entre pesquisadores e professores de Educação Básica, tornam-se, diante do contexto pandêmico, alternativas viáveis para assegurar o conhecimento e, concomitantemente, ofertar aos educandos o mínimo de aprendizagem em meio ao cenário repentino e, por vezes, desolador instaurado desde 2020. De acordo com Schneider (2015, p. 63), “[...] é preciso reconhecer essas mudanças, compreendê-las e inserir as tecnologias como recursos potencializadores do processo de ensino e aprendizagem nas práticas docentes.” O ponto fulcral desta obra reside nos momentos de reflexão estabelecidos no transcorrer da disciplina de Educação e Novas Tecnologias: implicações ao currículo da Educação Básica e Superior, ministrada pela professora Daniela Nogueira de Moraes Garcia, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), da Unesp de Marília. Entre vivências, compartilhamentos e estudos teóricos acerca da ementa, ao final, os alunos foram desafiados a legitimarem suas vozes e seus diferentes lugares de fala na forma de artigo ou relato de experiência, ressaltando o uso dos artefatos tecno-digitais como ferramentas capazes de promover aprendizagem, disruptividade e empoderamento de jovens que estão amplamente inseridos em práticas sociais mediadas pela interface de seus smartphones, tablets e notebooks. Nesse sentido, Kalantzis et al. (2020, p. 358) apontam que “[...] a aprendizagem se torna mais efetiva quando as diversas perspectivas dos alunos são deliberadamente introduzidas em sala de aula e usadas como recursos.” Em momento algum, deixamo-nos vislumbrar pelas máquinas a ponto de negligenciarmos a afetividade, o valor das relações e o exercício constante da escuta ativa e do dialogismo entre professores e alunos, pois “[...] por meio de uma pedagogia crítica e revolucionária podemos resgatar a utopia expressa numa concepção crítico-emancipatória, em que haja a possibilidade de diálogo, interação, transformação e mudança, além de atender aos desafios do tempo que está por vir” (CORRÊA, 2019, p. 12).