“Epistemología” Hegemónica e Internacionalización de la Educación Superior Brasilera (original) (raw)
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Organismos Internacionais e O Manifesto Da Educação Hegemônica Do Capital
Revista Trabalho Necessário
Este escrito evidencia a concepção dos organismos internacionais referente ao ensino médio e profissional. Cabe ressaltar que não se trata de enveredar na discussão sobre a imposição ou influência nas políticas do Governo federal brasileiro, mas de trazer para análise alguns elementos relativos à educação presentes nas publicações do Banco Mundial e da Comissão Especial para a América Latina − CEPAL. Em linhas gerais, os diversos documentos elaborados por esses organismos apontam uma concepção de educação restrita ao mercado, cuja eficiência se relaciona ao funcionamento das parcerias público-privado. Dessa maneira, cumpre destacar que a educação hegemônica do capital tem como eixo a sua funcionalidade instrumental à competição entre os trabalhadores e entre países.
Globalizações, política educacional e pedagogia contra-hegemônica
Revista Iberoamericana de Educación
A idéia da inexorabilidade da globalização hegemônica como única saída para o desenvolvimento pós-guerra fria tem marcado grande parte do debate acadêmico e midiático atual, inclusive no campo educacional. Este nosso artigo pretende argumentar em um sentido contrário, corroborando as teses da existência das várias possibilidades de «globalizações» (Boaventura de Souza Santos, 2002), verificando as convergências e as divergências das relações entre a globalização e a educação, especialmente quanto ao estabelecimento de uma «cultura educacional mundial comum» ou de uma «agenda globalmente estruturada para a educação» (Roger Dale, 2004). Pretende também captar o rebatimento dessas influências nas políticas educacionais brasileiras entre 1995 e 2002 (Silva Jr., Dourado, Azevedo et al., 2002). Por fim, ao advogar a idéia de «história como possíbilidade do novo», busca destacar as denúncias, as respostas e as propostas de uma educação contribuinte da globalização contra-hegemônica utiliza...
Disputas epistêmicas nas universidades brasileiras e o debate em torno das “Epistemologias do Sul”
2018
A comunicacao pretende discutir como o pensamento do intelectual portugues Boaventura de Sousa Santos tem sido introduzido nas esferas universitarias brasileiras, especialmente suas formulacoes em torno das chamadas Epistemologias do Sul. Nesse sentido, parte da compreensao de que as universidades se caracterizam, em principio, como um dos locus de producao cientifica e assumem tambem a condicao de difusoras do que se convencionou denominar “ciencia moderna”, um tipo de saber dominante e que se reconhece como universal. Por outro lado, as universidades podem tambem abrigar em suas estruturas o debate e a mobilizacao em torno de um pensamento e uma pratica que sejam criticas ao vies do saber universal. Nessa perspectiva, considera as disputas epistemicas como parte dos embates sociais em torno a democratizacao da producao e acesso ao conhecimento. Desse modo, Boaventura indaga sobre as bases sociais do conhecimento e afirma que “a universidade sera democratica se souber usar o seu ...
Internacionalização Das Instituições De Ensino Superior No Brasil
2017
Este ensaio tem o objetivo de apresentar uma breve revisao da literatura sobre a internacionalizacao das universidades no Brasil, destacando o processo do seu desenvolvimento ate o momento atual, alem de incorporar a concepcao de internacionalizacao e sua relacao com os processos de globalizacao economica. Aborda a tematica da avaliacao das universidades pelos rankings nacionais e internacionais e ressalta os desafios da internacionalizacao nas universidades brasileiras. Mais do que se concentrar sobre as vantagens e desafios, este artigo defende a internacionalizacao pelas possibilidades que fornece a valorizacao e a permanencia das universidades publicas do pais.
education policy analysis archives
This essay puts forth an epistemological reflection of the prevailing discourse and practice of internationalization of higher education in Latin America. The reflection is based in the following arguments: 1. Under the foundation of a global hierarchical imaginary, internationalization of higher education in Latin America is immersed in a cultural matrix that potentially reinforces unequal geographies of power, knowledge and being; 2. Higher education refers to a relational field of disputes, with questions, fissures and contradictions to the prevailing order; and 3. An effective and emancipatory way of facing the hegemony and coloniality of the internationalization of higher education is to promote a counter-hegemonic and anti-colonial internationalization, that provokes other ways of thinking, doing and living the university institution. In order to reflect on the perspectives and limits of “other forms of internationalization of higher education” in Latin America, reference is m...
O Necessário Paramêtro De Identidade Para a Internacionalizacão Da Educacão Superior No Brasil
Revista e-Curriculum
A educação superior tem recebido especial atenção por parte dos governos de países centrais que compreenderam a necessidade de incorporar um novo movimento que surge como resposta à globalização: a internacionalização da educação superior. Os dirigentes investem fortemente na definição de políticas públicas, com diretrizes claras e com metas estratégicas para internacionalização de suas estruturas tanto organizacionais quanto programáticas. O presente artigo objetiva aprofundar as reflexões sobre a necessidade da definição de parâmetros de identidade para a internacionalização da educação superior brasileira. O estudo realizado é de natureza qualitativa descritiva, desenvolvido por meio de consultas documentais e bibliográficas. O estudo evidencia a ausência de documentos governamentais que apresentem com clareza as diretrizes brasileiras para a educação internacional, e a necessidade da definição de parâmetros de identidade. Constata-se ações pontuais mais propositivas por parte do...
INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA: ventos que a direcionam
LASA, 2019
INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA: ventos que a direcionam. Joira Aparecida Leite de Oliveira Amorim Martins-Member ID LASA: 62944 RESUMO: O presente artigo tem por objetivo analisar os documentos de diretrizes dos organismos internacionais: UNESCO e Banco Mundial, publicados de 1990 a 2012, com foco na educação superior, para buscar os preceitos orientativos quanto a cooperação internacional com intuito de identificar as interfaces com a política de internacionalização da educação superior a brasileira, no sentido de desvendar quais são os "ventos que a direcionam". Buscar as correlações permite evidenciar como a internacionalização da educação superior no Brasil vem se desenvolvendo, considerando os debates sobre os rumos das universidades no mundo, bem como tem se destacado no Brasil nos últimos tempos frente as interferências do global no local. Do ponto de vista metodológico, vale-se da pesquisa documental e bibliográfica, traduzida pelo exame da legislação, artigos científicos, páginas de web site, documentos oficiais, entre outros, mediante a coleta de documentação indireta. Conclui-se que há por parte do Brasil uma adesão híbrida às orientações dos organismos internacionais ora estudados, estando presentes adaptações, ajustes e embates entre os sujeitos envolvidos. É notório a necessidade do Brasil construir sua própria política de internacionalização da educação superior ao invés de simplesmente "navegar conforme o vento".
A formação docente superior Hegemonia do capital no Brasil
A formação de professores para a educação básica em nível superior passou por profundas mudanças, estreitamente articuladas à financeirização hodierna. A partir dos microdados do Inep (2003, 2007, 2011, 2015), discutimos a hipótese da privatização da formação docente tendo por base a hipotrofia das matrículas em licenciaturas nas IES públicas e sua forte concentração nos cursos à distância das grandes escolas particulares. Nesse percurso histórico, vimos as evidências de uma íntima e essencial articulação entre o Estado e o capital para dispor a formação humana nas gôndolas do mercado.
Línguas & Letras, 2021
O artigo propõe uma reflexão sobre a (in)visibilidade e (in)validação de conhecimentos produzidos nas relações de colonialidade presentes nas internacionalizações do ensino superior no Brasil e na América Latina. Para tanto, o artigo se baseia na literatura decolonial focando principalmente nas contribuições de intelectuais do Sul ligados ao grupo latino-americano Colonialidade/Modernidade (M/C) focando no (1) problema do pensamento abissal e (2) nas diversas críticas que o paradigma da ciência moderna tem recebido para (des)construir imaginários e práticas hegemônicas de internacionalização. Argumentamos que as epistemologias do Sul, por não estarem localizadas e não serem produzidas conforme os moldes do Norte, tendem a permanecer do outro lado da linha abissal na invisibilidade e alteridade exótica/mística/primitiva onde a matriz colonial do poder segue operando na manutenção dos papéis de colonizador/colonizado através de novos atores e em novos contextos: as universidades do Norte e do Sul em suas relações de internacionalização. Concluímos com o convite para enxergar o mundo a partir de outras lentes, para além da ótica da modernidade/colonialidade, pensando e dialogando com a cosmovisão das epistemologias do Sul numa ecologia dos saberes e seres no contexto das internacionalizações do ensino superior.