Motivações, contribuições e implicações da aprendizagem de Português como Língua Adicional por universitários colombianos (original) (raw)

Identidade profissional e formaçãode professores de português como língua adicional na Colômbia

Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura, 2021

Por diferentes razões culturais, sociais, e políticas, a maioria dos professores de português como língua adicional (pla) na Colômbia são falantes nativos sem formação específica na área de línguas. Nesse contexto, esta pesquisa se pergunta pelas trajetórias profissionais desses professores falantes nativos. Com o objetivo de (re)conhecer seus processos de formação, entrevistamos a vinte e cinco professores de pla em seis cidades colombianas. Com o uso da metodologia qualitativa de teoria fundamentada, encontramos a categoria de análise: “debute profissional e formativo” que explica como esse grupo se identifica com a docência. Concluímos que os professores se identificam com as aulas de pla na Colômbia por se reencontrarem com a língua e a cultura brasileira. Mesmo assim, os entrevistados afirmam sentir necessidades específicas de formação docente. Dessa forma, constatamos a extrema necessidade de cursos de graduação e/ou licenciatura orientados para a formação desse profissional na Colômbia.

Experiências De Aprendizagem De Português Língua Adicional No Contexto Universitário

Revista X, 2017

Este trabalho apresenta um estudo narrativo sobre experiências de aprendizagem de português como língua adicional (PLA) de sete estudantes de diferentes nacionalidades em caráter de imersão em contexto universitário no Brasil. A experiência é tomada como construto e unidade de análise (MICCOLI, 1997-2014) e os dados foram analisados com base no Marco de Referência de Experiências de Aprendizagem (MICCOLI, 2007b, 2010). Os resultados apontam similaridades entre as experiências de estudantes de PLA e as experiências de estudantes de inglês, documentadas por Miccoli (1997; 2007b, 2010). O contexto de imersão acadêmico-universitário, entretanto, é o diferencial nas experiências de aprendizagem de PLA, por trazer à tona questões relativas à interação entre culturas e ao acolhimento do estudante estrangeiro, que se relacionam, entre outros elementos, ao processo de internacionalização das universidades.

Reflexões Sobre O Ensino De Português Como Língua Adicional No Âmbito Do Programa De Estudantes-Convênio De Graduação (Pec-G): Acolhimento De Estudantes e Formação De Professores

Revista X, 2018

Há mais de cinquenta anos, o governo brasileiro mantém, por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), acordos com países em desenvolvimento, oferecendo vagas em cursos de graduação em universidades brasileiras para estudantes das nações conveniadas. Como parte do convênio, oferece cursos de Português como Língua Adicional (PLA) para estudantes oriundos de países que não possuem posto aplicador do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). A partir do relato de experiência de uma das professoras de PLA para o pré-PEC-G, este artigo problematiza questões referentes ao acolhimento dos conveniados ao programa, além de buscar desconstruir imagens negativas geralmente atribuídas aos estudantes do PEC-G. Por fim, discutiremos algumas experiências positivas com relação à formação docente. O relato destaca diferenças entre esse programa e outros convênios de intercâmbio, aponta de quem é, muitas vezes, a maior responsabilidade junto a...

Entre o português como língua estrangeira e as práticas interculturais comunicativas: estudo de caso em universidade colombiana

Horizontes, 2017

Resumo O artigo enfoca teórico-metodologicamente uma experiência de ensino de português como língua estrangeira em universidade colombiana voltada para a formação empresarial. Trata-se de propor uma abordagem de ensino bilíngue que considere a língua como prática social e não como objeto. Nesse caso, o enfoque da experiência bilíngue considera a língua portuguesa como mediadora de encontros interculturais. A partir disso, conceitos como translinguagem e prática social foram considerados em articulação teóricometodológica com a concepção de língua como gêneros discursivos. Buscouse uma visão contextualizada e sensível às práticas comunicativas e interculturais. Os resultados do projeto demonstram que o processo de aprendizagem de uma língua estrangeira não exige, necessariamente, que a língua tenha que ser sistematizada e autonomizada para ser ensinada. As práticas comunicativas bilíngues produzem hibridizações e amálgamas linguísticos que não devem ser vistos como "problemas", mas como recursos que possibilitam o processo de produção, negociação e compreensão de sentidos.

Português como Língua Adicional nas universidades federais brasileiras

Letras de Hoje, 2020

Este artigo apresenta um mapeamento da área de Português como Língua Adicional (PLA) nas universidades federais brasileiras. Muito importante para o processo de internacionalização das universidades e para o atendimento do crescente número de imigrantes que o Brasil tem recebido nos últimos anos, a área de PLA ainda é relativamente pequena no Brasil. A fim de contribuir para o fortalecimento da área e para o reconhecimento da sua importância na rede educacional, traçamos um histórico da área no Brasil e discutimos ações e políticas que colaboraram para seu crescimento e consolidação. Apresentamos e discutimos, na sequência, dados gerados entre novembro de 2016 e julho de 2017 sobre a oferta de cursos de PLA nas universidades federais. Considerando a expansão do ensino de PLA nos últimos anos e a escassez de informações publicadas sobre a sua inserção nas instituições de ensino superior, entendemos que os dados aqui apresentados contribuem como um importante subsídio para o debate so...

Português como Língua Adicional no Brasil - perfis e contextos implicados [2020]

Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL, 2020

A área de Português como Língua Adicional (PLA) tradicionalmente abarca questões relativas à educação4 e políticas linguísticas5 envolvendo o português para falantes de outras línguas, ou seja, em contextos em que não é a língua de socialização inicial do estudante/examinando ou de determinada comunidade. Neste artigo, apresentamos uma introdução à área de PLA por meio da discussão de algumas variações terminológicas no que tange ao próprio nome da área no Brasil, bem como da breve exploração de públicos e contextos em que profissionais de PLA podem atuar em termos de ensino, avaliação, pesquisa, produção técnico-científica e políticas linguísticas.

LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 PARA SURDOS: ANÁLISE DOS ELEMENTOS LINGUÍSTICOS E TEXTUAIS EMPREGADOS POR UM ESTUDANTE SURDO BILÍNGUE

Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades, 2019

Em uma sociedade multiletrada, a aquisição da Língua Portuguesa (LP) escrita, para os surdos, é primordial para a inserção, além de ampliar o universo sociocomunicativo. Diante disso, buscou-se analisar textos de um surdo bilíngue do ensino médio, visando identificar a influência da Libras nas produções em LP. A metodologia utilizada foi qualitativa, baseada na investigação bibliográfica e na pesquisa documental. Na análise das produções foram identificados os movimentos linguísticos a partir de elementos textuais como coesão e coerência. Os resultados demonstraram que o aluno realizou pequenas produções, na sua maioria descritiva, e que em alguns trechos houve rupturas na coesão. Constatou-se a influência da Libras na estrutura da LP, a qual foi atribuída como produto de uma interlíngua. Os achados mostram ser necessário a reflexão sobre a formação de professores de línguas, através do foco em questões metodológicas que considerem e valorizem as diversidades linguísticas, culturais e sociais dos surdos. Palavras-chave: Língua Brasileira de Sinais, Interlíngua, Bilinguismo, Letramento

Reflexões sobre o ensino/aprendizagem do português do Brasil para estudantes universitários estrangeiros

Trabalhos em Linguística Aplicada, 1993

Uma das características da Lingüística Aplicada é a de articular múltiplos domínios de saber. Nessa sua natureza essencialmente dialógica, os vários campos de conhecimento que têm, de uma forma ou de outra, preocupação com a linguagem constituem, para a Lingüística Aplicada, interlocutores em potencial. Sobretudo no que se refere ao ensino/aprendizagem de idiomas, os resultados de estudos acerca da natureza da linguagem têm passado a integrar sistematicamente o corpo de conhecimentos da Lingüística Aplicada. Nesse sentido, portanto, ao se constituir como domínio de saber, a Lingüística Aplicada incorpora (e, evidentemente, re-arranja, dada sua especificidade como campo de conhecimento) as conquistas resultantes das muitas e variadas pesquisas sobre a natureza e funcionamento da linguagem. As reflexões que se seguirão vêm reforçar o aspecto de articulação próprio à Lingüística Aplicada. E vêm reforçar, uma vez mais, o diálogo entre a Lingüística Aplicada e outros domínios de saber que têm como preocupação a linguagem. Especificando, tratar-se-á aqui da articulação entre o ensino/aprendizagem de idiomas e as descobertas da escola francesa da Análise do Discurso. Observe-se que, nessa perspectiva, é priorizado (entre outros fatos) o caráter fundamentalmente histórico dos processos de linguagem. E será da historicidade dos processos de linguagem que vamos nos ocupar neste trabalho, em que se refletirá sobre o ensino/aprendizagem do Português do Brasil para estudantes universitários estrangeiros. * Este texto baseou-se em trabalho apresentado em 04/09/89 no 2º Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada, promoção do Departamento de Lingüística Aplicada (IEL-UNICAMP), como parte do Seminário "Discursividade e Aprendizagem de Línguas".

REFLEXÃO E PESQUISA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA COLÔMBIA: UM ESTUDO DE NARRATIVAS Reflection and research in the teacher's education of Portuguese as an Additional Language in Colombia: a study of narratives

Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL , 2020

RESUMO: A premissa de que os conhecimentos teóricos devem manter um diálogo colaborativo com a prática pedagógica no processo de formação docente é cada vez mais recorrente. Perspectivas que propõem a reflexão () das práticas pedagógicas são algumas propostas que têm como paradigma o professor como sujeito central de sua formação. A presente pesquisa teve como objetivo compreender o papel que essas práticas de reflexão e pesquisa tiveram em um grupo de professores de Português como Língua Adicional (PLA) cuja formação se dá predominantemente no contexto de suas aulas na Colômbia. Por meio de uma pesquisa qualitativa a partir da perspectiva da teoria fundamentada (GLASER; STRAUSS, 1967; CHARMAZ, 2009), realizamos entrevistas narrativas (CLANDININ; CONNELLY, 2015) com 25 professores de PLA em seis cidades colombianas. Como resultado, encontramos que esse grupo docente constrói um conjunto de saberes de natureza linguística, metodológica e sociocultural que promove reflexões sobre o ensino e a aprendizagem de PLA na Colômbia. Como conclusão, identificamos que a reflexão é inerente à prática pedagógica e que seu exercício sistemático e coletivo por meio de pesquisas promove a construção de estratégias que orientam tanto a formação de professores quanto a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem. PALAVRAS-CHAVE: formação de professores; reflexão; pesquisa-ação; prática pedagógica; Português como Língua Adicional (PLA). ABSTRACT: The premise that theoretical knowledge must maintain a collaborative dialogue with pedagogical practice in the process of teacher education is increasingly recurrent.

Português como Língua Adicional nas universidades federais brasileiras: um perfil da área

Este artigo apresenta um mapeamento da área de Português como Língua Adicional (PLA) nas universidades federais brasileiras. Muito importante para o processo de internacionalização das universidades e para o atendimento do crescente número de imigrantes que o Brasil tem recebido nos últimos anos, a área de PLA ainda é relativamente pequena no Brasil. A fim de contribuir para o seu fortalecimento e para o reconhecimento da sua importância na rede educacional, traçamos um histórico da área no Brasil e discutimos ações e políticas que colaboraram para seu crescimento e consolidação. Apresentamos e discutimos, na sequência, dados gerados entre novembro de 2016 e julho de 2017 sobre a oferta de cursos de PLA nas universidades federais. Considerando a expansão do ensino de PLA nos últimos anos e a escassez de informações publicadas sobre a sua inserção nas instituições de ensino superior, entendemos que os dados aqui apresentados contribuem como um importante subsídio para o debate sobre políticas para a institucionalização da área de PLA no Brasil. Palavras-chave: Português como Língua Adicional. Ensino de Português como Língua Adicional. Internacionalização.