Diálogos insurgentes- perspectivas decoloniais em transformação (original) (raw)

Práticas curatoriais decoloniais em diálogo

Palíndromo

Este artigo busca refletir sobre posturas curatoriais decorrentes das recentes discussões e revisões da História da Arte, assim como dos acervos de museus. Com o objetivo de contextualizar as reflexões acerca dessas práticas, o embasamento teórico estabelece discussões a partir de autores como Ivan Muñiz-Reed, Lucy Lippard, Tomislav Šola, entre outros. Partindo de um recorte voltado para um giro decolonial em andamento, são analisadas entrevistas realizadas pelas autoras do presente artigo com os curadores brasileiros Carollina Lauriano, Igor Simões, Luciara Ribeiro e Pollyana Quintella. São apresentadas diferentes práticas e abordagens em que a curadoria e a pesquisa teórica assumem posturas ativistas e de recuperação de nomes e de obras de artistas historicamente discriminados e rechaçados. Ao estudar estratégias e perspectivas diversas, pincela-se um panorama de possibilidades no qual podemos analisar o que já foi feito, reconhecer o que está em construção e projetar futuros.

Os estudos decoloniais como possibilidade de diálogos na construção de conhecimentos

Os estudos decoloniais como possibilidade de diálogos na construção de conhecimentos, 2023

RESUMO Este trabalho é parte integrante da pesquisa que está em curso no Programa de Educação em nível de doutoramento na Universidade Federal de Ouro Preto, que tem por título "A pesquisa-ação na construção de práticas docentes decoloniais em uma escola quilombola no interior da Bahia". Nele, tecemos uma discussão a partir dos referenciais decoloniais e nos ancoramos, especialmente, em autoras(es) que compõem o Grupo Modernidade Colonialidade, tais como: Aníbal Quijano, Walter Mignolo, Catherine Walsh, Fernando Coronil, Enrique Dussel, entre outros, para compreender como o processo de dominação colonial perdura até a contemporaneidade alimentando-se por meio da colonialidade. Construímos um diálogo acerca da constituição da Europa como centro do sistema-mundo capitalista e a América como a periferia a partir das lentes eurocêntricas. Em seguida, fomentamos um debate no qual a interculturalidade emerge como uma possibilidade viável de diálogo entre os saberes pelos distintos coletivos, tensionando a naturalização das desigualdades em suas múltiplas faces.

(2020) Editorial (Edição Temática: Insurgências Decoloniais)

REDOBRA, n. 15, ano 6, 2020

A REDOBRA me os contextos circunstanciais que lhe fomentam. Mas, desde lá, em 2008, insinuava-se certa dinâmica como padrão que veio se estabilizando como escolha de rumo: sua concepção editorial e seu modus operandi --se como operações coimplicadas sem subordinação.

Potencial Do Diálogo Como Uma Força Transformadora

Revista Paranaense de Filosofia

Neste escrito, buscamos tratar do potencial do diálogo, como uma força transformadora, em contraposição à incapacidade para o diálogo, uma força contrária à fluidez da comunicação humana. Para o desenvolvimento das argumentações, realizamos uma pesquisa bibliográfica, na área da filosofia, apresentando as análises sobre o diálogo, principalmente, na perspectiva de Gadamer. Também expomos algumas considerações que envolvem o conceito força na perspectiva de Nietzsche, para ampliação desse debate. Neste sentido, refletimos sobre possíveis impactos do diálogo, como força transformadora, na relação entre o homem e o mundo, para que se efetive o fortalecimento das relações sociais, desafio que deve ser enfrentando em nossos dias, haja vista as diversas manifestações de incapacidade para o diálogo, notadas em diferentes espaços sociais.

Resistir, Re-existir e Reinventar II: pedagogias decoloniais em diálogo com o Sul global

Livraria da Física, 2022

Este livro parte de diálogos que envolvem a educação e suas perspectivas insubmissas em contextos da Ásia, África, América Latina, Oceania e Europa, fruto de nosso projeto de internacionalização Repositório de Práticas Interculturais (RePI). Busca a pluralidade como estratégia fundamental para a construção de ideias e debates que interessam à educação científica e tecnológica com horizonte decolonial. Nesse caminho, muito mais do que respostas acerca dessa educação, o livro busca trazer reflexões, experiências e possibilidades de ampliação das atuais discussões, tanto no que se refere à pesquisas acadêmicas, quanto em relação ao ensino. Intencionamos que os textos apresentados aqui constituam possibilidades de anúncios de formas de (re)existir em um mundo repleto de desigualdades e injustiças. Mais do que nunca, é preciso reinventar nossos modos de produzir conhecimentos e ações, num mundo pluriversal.

O currículo frente à insurgência decolonial: constituindo outros lugares de fala (The Curriculum Through the Decolonial Insurgency: Creating Other Places of Speech)

Cadernos de Gênero e Tecnologia, 2019

Resumo: O presente artigo tem como propósito contribuir para as discussões curriculares, ao indicar que, à luz da teoria decolonial, o currículo pode ser conduzido a novas representações, sentidos e saberes. A decolonialidade procura reivindicar epistemologias Outras na construção de novos cânones. A partir disso, o processo de rompimento do silêncio historicamente imposto será dado à medida que estes sujeitos dominados/subalternizados passem a interrogar as teorias educacionais, como aponta Arroyo (2014). O questionamento contínuo às hegemonias epistemológicas mantidas pelos currículos culminará na construção de um novo marco que visa a constituição de outros lugares de fala na educação. É através desta reexistência no campo epistemológico, de silenciados à produtores de conhecimento, que as teorias curriculares serão confrontadas por cosmovisões Outras. Abstract: This article aims at proposing a contribution to the curricular debates, by indicating that, through the decolonial theory, the curriculum should be conducted by new representations, meanings and knowledges. The decoloniality seeks to vindicate Other epistemologies in order to build new canons. In this way, the process of breaking the historically imposed silence will be develop by those who were dominated/subalternized interrogating the educational theories, as Arroyo (2014) points out. The constant questioning of the curriculum's hegemonic epistemologies will lead the construction of a new framework, which indicates other places of speech in Education. This reexistence in the epistemological field, from silenced subjects to knowledge producers, will help to confront educational theories by Other cosmovisions.