Anemia crônica e glomerulopatia secundárias à Doença de Depósito das Cadeias Leves (original) (raw)

Anemia crônica e glomerulopatia secundárias à Doença de Depósito das Cadeias Leves Chronic anemia and glomerulopathy secondary to Light-chain Deposition Disease

Os autores relatam o caso de uma paciente do sexo feminino, 65 anos de idade, internada com anemia de longa evolução que se associou posteriormente a uma glomerulopatia manifestada por proteinúria, cilindrúria e perda de função renal. As cadeias leves no plasma e na urina estavam elevadas, sobretudo a fração kappa e uma biópsia renal estudada por imunofluorescência e microscopia eletrônica confirmou o diagnóstico de Doença de Depósito das Cadeias Leves. A nefropatia de cadeia leve ocorre pela superprodução de cadeia leve de imunoglobulina produzida por linfócitos B com deposição nas membranas tubulares e no glomérulo. Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(3):221-223. Palavras-chave: Cadeias leves; paraproteínas; glomerulopatia; proteinúria; insuficiência renal; anemia.

Anemia ferropriva e alimentação no segundo ano de vida no Rio de Janeiro, Brasil

Revista Panamericana de Salud Pública, 2001

Objetivos. Avaliar a influência de práticas alimentares na incidência de anemia em lactentes a partir do estudo do perfil alimentar das crianças atendidas em um ambulatório de pediatria no Rio de Janeiro, Brasil. Métodos. Trata-se de um estudo transversal com 288 lactentes de 12 a 18 meses que compareceram ao ambulatório de janeiro a junho de 1993. As crianças foram avaliadas quanto à presença de anemia ferropriva; além disso, foi realizado um recordatório de 24 horas e um registro de freqüência de consumo de alimentos ricos em ferro junto aos responsáveis pelas crianças. Resultados. Cento e quarenta e quatro crianças apresentavam anemia (hemoglobina < 11 g/dL); destas, 38 apresentavam anemia grave (hemoglobina < 9,5 g/dL). Encontrou-se baixo consumo de ferro biodisponível, consumo de vitamina C dissociado das refeições e baixo consumo de carne. Observou-se associação significativa entre a prevalência de anemia severa e o consumo inadequado de ferro (razão de prevalência = 2,28; intervalo de confiança = 1,12-4,66; P = 0,02). O consumo de ferro biodisponível foi maior no grupo sem anemia (P = 0,04). Conclusões. Os responsáveis pelos lactentes devem ser informados sobre a composição nutricional da alimentação complementar a fim de aumentar a biodisponibilidade de ferro na dieta da criança. A estratégia da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância pode contribuir neste sentido. Anemia ferropriva, alimentação complementar, lactente.

Hydrops Fetalis não Imune por Anemia Grave — A Propósito de Três Casos Clínicos

2000

Hvdrops fetalis e uma designacao utilizada para descrever a existencia de edema generalizado de gravidade variavel, provocado pela acumulacao de liquido em excesso, no feto ou recem-nascido. Historicamente foi associada a doenca hemolitica de causa imune, mas actualmente com a implementacao da profilaxia da isoimunizacao Rh, a frequencia relativa de casos de etiologia nao imune tem vindo a aumentar.Os mecanismos fisiopatologicos subjacentes nao sao ainda bem conhecidos, no entanto, sao referidos como possiveis, a anemia, a hipoproteinemia com diminuicao da pressao coloidosmotica e a insuficiencia cardiaca congestiva. A anemia neonatal e fundamentalmente devida a um dos tres mecanismos: perda hemorragica, hemolise e defice de producao. Os autores apresentam tres casos clinicos de hydrops fetalis por anemia grave ilustrativos de cada uma das tres situacoes, tecendo algumas consideracoes teoricas a respeito da doenca e da abordagem clinica e laboratorial da anemia neonatal.

Doença de Armazenamento dos Ésteres do Colesterol. A Propósito de Dois Casos

1999

A doenca de armazenamento dos esteres do colesterol resulta da deficiencia da lipase acida lisosomial. E uma doenca habitualmente caracterizada por hepatomegalia e hiperlipidemia, por vezes pouco marcados, podendo ser diagnosticada apenas na idade adulta. Os dois casos clinicos que descrevemos revelam a grande variabilidade das manifestacoes clinicas desta situacao considerada ainda relativamente rara.

Anemia da Doença Renal Crónica: O Estado da Arte

Acta Médica Portuguesa

O envelhecimento populacional tem-se traduzido no aumento de prevalência de doenças crónicas como a doença renal crónica. A anemia é uma das complicações mais frequentes da doença renal crónica, com impacto não só na qualidade de vida como no prognóstico do doente e nos custos associados. O conhecimento nesta área terapêutica tem aumentado de forma significativa: desde o aparecimento da eritropoietina recombinante em 1989, passando pelo uso de doses crescentes de ferro parentérico e, mais recentemente, a novas moléculas como os inibidores do hypoxia-inducible factor. Os autores pretendem rever, de uma forma pragmática, o estado da arte da anemia associada à doença renal crónica, desde a epidemiologia, à fisiopatologia, ao diagnóstico e ao tratamento.

Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 2006

Obj etivo: Investigar as circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia crônica e relacionálas com o número de quedas (uma/ duas e mais quedas). Método: Estudo transversal descritivo analítico com 64 pacientes com idade igual ou superior a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular crônica. Foram realizadas a análises descritivas e teste Qui-Quadrado, <0,05. Resultados: A amostra apresentou maioria feminina (76,6%) e média etária de 73,62±5,69 anos. O exame vestibular evidenciou vestibulopatia periférica (81,5%) e as hipóteses diagnósticas prevalentes foram vertigem posicional paroxística benigna (43,8%) e labirintopatia metabólica (42,2%). Quedas recorrentes foram verificadas em 35 idosos (53,1%). Em relação à última queda, 39,1% sofreram a queda fora do domicílio, 51,6% das quedas ocorreram no período da manhã, 51,6% delas por mecanismo de propulsão, 53,1% durante a deambulação, 25,0% causadas por tontura e 23,4% por tropeço. A restrição das atividades foi significativamente maior nos pacientes que sofreram duas e mais quedas, quando comparados aos que sofreram uma queda (p=0,031). Foi encontrada associação significativa entre número de ocorrência de quedas e as causas da queda (p<0,001). A causa de queda por escorregamento é maior em idosos que referiram uma queda (p=0,026) e a causa de quedas por tontura teve maior ocorrência em idosos que referiram duas e mais quedas (p=0,001). Conclusões: O medo de queda e a tendência a quedas são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à restrição das atividades após a última queda e às causas da queda (escorregamento e tontura).