A mensuração do mercantilismo no século XIX: A América Latina dentro do conceito Sul (original) (raw)

A integração latino-americana no século XIX: antecedentes históricos do Mercosul

Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, 2008

Resumo: Hoje, quando se pensa em integração latino-americana, imediatamente se associa a imagem das organizações internacionais regionais existentes: Mercosul, Pacto Andino, Mercado Comum Centro-Americano. Ocorre que a história da integração latino-americana é muito anterior a essas organizações internacionais e nasce em conjunto com o próprio ideal de independência dos Estados latino-americanos, em pleno século XIX. Como se verá na pesquisa, as idéias integracionistas iniciaram com a busca da união política entre os Estados latino-americanos e só mais adiante adotaram as perspectivas econômicas que atualmente as definem.

O capital mercantil no centro da América do Sul e as fronteiras do comércio na América colonial (primeira metade do século XVIII)

Este artigo analisa a reprodução da economia colonial no centro da América do Sul, no «termo» da Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá. Consultando diversas tipologias documentais, investigamos como a dinâmica da economia local estava ligada a mudanças que ocorriam em contextos mais amplos, na primeira metade do século XVIII. Nosso objetivo é colocar em evidência a forma como as dinâmicas locais estavam relacionadas às «fronteiras do comércio» e a consequente expansão da exploração mercantil nos interiores da Ibero-América Colonial. Palavras-chave: Brasil; América do Sul; comércio colonial; economia colonial; século XVIII; fronteiras.

A indústria na América Latina em Perspectiva: A modernização conservadora no século XIX

O presente trabalho propõe apresentar as bases de construção de uma agenda de pesquisa para os estudos sobre a indústria e a industrialização na América Latina que leve em consideração as transformações estatais e socioeconômicas ocorridas já no século XIX e o movimento dialético, contraditório e integrado, entre os aspectos modernos da economia e a manutenção de estruturas sociais antigas. O longo século XIX ibero-americano foi marcado pela conjunção de inúmeras transformações: independências; processos de constitucionalização; guerras civis; expansão e declínio da escravidão e aceleração de relações sociais capitalistas foram algumas das mudanças que tiveram grande impacto nos sistemas econômicos dos jovens Estados americanos e na conformação de suas dinâmicas econômicas internas e externas. Considerando um panorama do longo século XIX podemos compreender, a independência das treze colônias, a revolução industrial inglesa e as guerras europeias na virada do século XVIII como elementos fundadores de novas dinâmicas no mundo ibero-americano (Cardoso e Brignoli; 1983)). Seja pela constituição de novos fatores políticos que culminaram em arranjos institucionais próprios, ou especificamente nas transformações no mundo do trabalho, na esfera da produção e circulação de mercadorias em nível internacional, que modificaram os padrões de consumo, distribuição e aplicação tecnológica, o mundo do século XIX apresentava formações sociais em transformação. Em meados do século XIX boa parte das antigas colônias hispânicas já estavam independentes assim como a era da abolição (Drescher, 2011) já haviam derrubado o cativeiro em grande parte da América. A construção dos Estados ibero-americanos e o fim da escravidão não representaram rupturas definitivas com o passado colonial, algumas continuidades permaneceram, especialmente a proeminência política das elites nativas, o aprofundamento das tendências a acumulação de terras e riqueza na mão dessas elites e a expansão da produção agrícola para exportação. Vejamos o caso do Brasil, que mesmo após a abolição do cativeiro em 1888 manteve uma conformação social segregadora e desigual e manteve no topo da hierarquia social os grupos políticos e econômicos oriundos das dinâmicas coloniais e escravistas. Trabalhamos porém, com a ótica de que transformação/continuidade, mudança/permanência são palavras antitéticas que constituem uma unidade nas dinâmicas do mundo ibero-americano no século XIX (Carvalho Franco, 1976). Sendo assim, será a partir dessa lente que pretendemos propor uma agenda de pesquisa que observe a história da indústria na América Latina como um processo 1 Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF). Pesquisa financiada pela CAPES.

O Comércio não Escravista na Costa da "Guiné" no Século XIX

Revista Crítica Histórica, 2013

Resumo: Na chamada Grande Senegâmbia (litoral atlântico africano ao sul do Saara) analisaremos o emergir do denominado comércio lícito, em oposição ao já ilegal tráfico de escravos. A resposta que os africanos deram às novas demandas comerciais significou o surgir de novas relações da África com o seu exterior, assim como uma redefinição entre as relações de poder no seio mesmo das sociedades africanas. A exploração e o comércio de produtos agrícolas, principalmente, moveram forças políticas, romperam e criaram novas relações de autonomia, fortaleceram indivíduos e grupos até então marginalizados do comércio mundial. Essas novas realidades pós-tráfico vieram a ser definitivamente destruídas com a colonização.

Decifrando hieróglifos: o capital mercantil no centro da América do Sul (1718-1750)

Economia e Sociedade, 2011

This article examines characteristics of colonial economic reproduced in an area of intense gold exploration, seeking to rebuild links between the various economic activities and trade capital. The spatial area of our study covers the mines of Cuiaba and the mines of Mato Grosso, territories located in the heart of South America, and that in the first half of the eighteenth century were part of the Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, subject to administrative captaincy of São Paulo, in the extreme west of the State of Brazil.

Sabará e Porto Alegre na formação do mercado nacional no século XIX

Capítulo 4-Mercados de Escravos na Formação do Brasil no Século XIX 4. 1-Escravo como coisa e objeto de afetos 4. 2-Determinantes dos Preços dos Escravos-os atributos individuais 4. 3-Obedecendo aos sinais: o comportamento dos preços dos escravos em Sabará e Porto Alegre e o sentido do tráfico interprovincial 4.

O momento marginalista: uma arqueologia do pensamento econômico do século XIX

The overarching goal of this master's dissertation is to uncover indications of an epistemic transformation found within the writings of three marginalist economists: Menger, Jevons and Walras. The diagnosis of this phenomenon was entirely guided by Foucault's thought framework. This text is divided into an introductory chapter, three development chapters, and closing remarks. The introductory chapter presents a general framework of the Political Economy in the early 19 th century. Building from David Ricardo's and Karl Marx's lines of thought, it was possible to reconstruct a theoretical framework guided by the labor theory of value and constituted by foundational anthropology enabling its understanding through the figure of man. In this introduction, the goal was to present the theoretical context in which marginalist thought can be built. The first development chapter addresses the characterization of the "marginalist moment", punctuating its singularity from the perspective of the 19 th century economic framework. Furthermore, this chapter presents the marginalist theory of value, as a rupture from the labor theory of value. This analysis revealed the marginalist's pretention of economics refoundation. In addition, the emergence of a value theory based on the individual judgments of each economic agent propitiated the constitution of new bases for the scientificity of economic knowledge, a new orientation to the time axis, as well dislocation of the place occupied by man in the intelligibility of the economy. The second chapter focuses on trade and pricing in the writings of marginalist authors. Through this study, an understanding emerged of the prominent role that the circulation of goods played in the "marginalist moment". Moreover, a case is made for how price determination has represented a form of governance of the plurality of individual judgments of value. This analysis revealed how Economic Science of the marginalists established its universal validity. The last chapter of this work focuses on how market conceptualization ultimately emerged in the "marginalist moment". In light of the market's general equilibrium and Walras Law, the market is characterized in this chapter as a machine capable of commanding the entire economy. At the end of this chapter, market conceptualization is indicated as an event capable of taking man's place at the economic knowledge's ordination. The final remarks present the argument that the "marginalist moment" marks the establishment of a knowledge framework that bases its scientificity on the governance of the multiplicity of individual judgments of value. It is also punctuated how marginalist thinking was able to command the economy with the goal of attributing the constitution of its current situation to future expectations. Lastly, the market in the "marginalist moment" is presented as a machine that feeds on the founding freedom of value. These three axes: science, time and the market, were highlighted in this study as signs of an epistemic transformation.

O Comércio interno de escravos e a sociedade na fronteira Sul (segunda metade do Século XIX)

Fronteiras na História: atores sociais e historicidade na construção do Brasil Meridional (Séculos XVIII-XX), 2021

Capítulo publicado na coletânea - Fronteiras na História: atores sociais e historicidade na formação do Brasil Meridional (Séculos XVIII-XX) - organizada por Ânderson M. Schmitt e Murillo Dias Winter e publicada on-line pela Editora da UFFS. Arquivo completo disponível em: https://www.uffs.edu.br/institucional/reitoria/editora-uffs/fronteiras\_na\_historia\_atores\_sociais\_e\_historicidade\_na\_construcao\_do\_brasil\_meridional\_seculos\_xvii\_xx