"Associativismo" - (exemplo: CIM - Comunidade Intermunicipal do Cávado) (original) (raw)
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Associativismo, Instituições Políticas e Capital Social
O objetivo deste artigo é estabelecer um diálogo crítico com a perspectiva atualmente dominante no debate sobre os fundamentos da confiança e do capital social, baseada na obra de Robert Putnam. Nesse sentido, o artigo problematiza o argumento de que a proliferação das organizações sociais seria uma condição necessária e, especialmente, suficiente para a geração de confiança e, por consequência, capital social. Com base nos dados de survey sobre Cultura Política na Região Metropolitana de Porto Alegre, realizado pelo Observatório das Metrópoles, o presente artigo identifica a inexistência de uma relação direta entre envolvimento associativo e níveis de confiança em instituições políticas. Buscando responder a esse aparente paradoxo, sustenta-se a necessidade de incorporar a dimensão político-institucional à análise sobre os fundamentos da confiança, rompendo com uma abordagem exclusivamente centrada no associativismo.
Societabilidade e Associativismo As práticas conssociativas na Região Metropolitana
Resumo: As páginas do presente artigo visam desenvolver uma exploração empírica inicial de dois paradoxos que parecem pôr em xeque alguns dos fundamentos do associativismo. Para tanto, aborda-se a especificidade teórica do que aqui é chamado de societabilidade e desenvolve-se uma reconstrução das principais caraterísticas da participação em associações na Região Metropolitana de São Paulo. Palavras Chave: espaço público, sociedade civil, associativismo, societabilidade As páginas do presente artigo visam desenvolver uma exploração empírica inicial de dois paradoxos que parecem pôr em xeque alguns dos fundamentos dos pressupostos analíticos que, decorrentes das teorias da esfera pública fundamentalmente Habermas (1981 e 1992) e Arato e Cohen (992) , subjazem aos estudos de associativismo no Brasil. A primeira parte aborda a especificidade teórica do que aqui é chamado de societabilidade, propondo que, para se aproximar da problemática da organicidade social, tal concepção define um q...
Associativismo no Brasil contemporâneo: dimensões institucionais e individuais
Política & Sociedade
O trabalho analisa permanências e mudanças nos padrões de participação associativa no Brasil a partir de duas unidades de análise: a dimensão referente ao volume e às características do tecido associativo, e a dimensão do engajamento dos indivíduos em associações. A primeira explora a evolução recente do associativismo no país, que é medido pelo número, pelo perfil e pela área de atuação das associações. A segunda considera essa evolução da participação no âmbito do engajamento individual, tomando-se o número de pessoas que alega participar de associações. Para tanto, o trabalho está embasado em dados de pesquisas de opinião pública do projeto World Values Survey e nos estudos sobre Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil (FASFIL)/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sobre o Perfil das Organizações da Sociedade civil do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os dados mostram que, nas últimas décadas, o Brasil testemunhou um import...
Associativismo de Bairro e Intermediações Socioestatais em Curitiba
Este texto aborda as intermediações socioestatais realizadas entre associações de moradores e Prefeitura Municipal de Curitiba, a partir de diversas formas de encontros, reinvindicações, parcerias e da ocupação de cargos na administração municipal por representantes do associativismo. O trabalho problematiza, a partir da dinâmica de interação entre atores sociais e políticos, tanto as categorias de participação como a de representação no campo dos debates da teoria democrática. Indica a existência de entendimentos diversos sobre participação e representação, que, neste estudo de caso, possuem significados cambiantes de acordo com o contexto político local, principalmente a partir da importância dada pela administração municipal às associações. Os dados coletados neste estudo procura compreender os novos desafios e tensões colocadas no exercício da representação não eleitoral e da intermediação socioestatal, que não se traduz imediatamente em uma maior democratização da sociedade, mas que não devem ser vistos também como mero clientelismo de estado. Palavras chave: Associativismo, participação, representação, intermediação socioestatal
objetivo deste ar tigo é analisar os efeitos das pr ofundas desigualdades que marcam a sociedade brasileira sobre a conformação da vida associativa nas grandes cidades, tendo por referência uma pesquisa empírica realizada com uma Associação de Moradores de um tradicional bairro de classe média de Porto Alegre. A partir do estudo das relações e da atuação desta entidade, percebe-se um alto grau de segmentação do tecido associativ o da cidade em decorrência das marcantes distâncias estruturais e relacionais entre seus moradores. Devido a esta segmentação, as entidades de classe média e alta tendem a estabelecer vínculos e desenv olver ações com atores que compar tilham posições similar es no espaço social. A o mesmo tempo , tendem a não se relacionar com entidades popular es, mesmo que espacialmente próximas. E ste resultado indica que as desigualdades costumam se reproduzir nos processos associativos que conformam a sociedade civil brasileira, tema pouco abordado pela literatura dedicada ao tema.
Associativismo e democracia no Brasil contemporâneo
avançou nesse sentido, apresentando um quadro associativo fortalecido nas últimas décadas o que permitiu, entre outros, ganhos nas abordagens conceituais acerca do que se compreende enquanto sociedade civil. A autora propõe, ainda, uma discussão com relação à heterogeneidade no campo associativo.
LRaposo O papel do associativismo
Resumo Assinalam-se as dinâmicas diferentes dos domínios da arqueologia, do património arquitetónico e dos museus no " antes " e no " depois " de Abril de 1974. Em relação aos museus acompanha-se a situação do associativismo profissional e cívico, através da análise do processo de criação e do desenvolvimento subsequente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e da Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional dos Museus (CNP do ICOM ou ICOM Portugal). Reconhece-se um percurso que leva do elitismo e da governamentalização, próprios do período da Ditadura, à abertura sócio-profissional e ao envolvimento comunitário, próprios da Democracia. Defende-se a tese de que a acção popular em geral, e o movimento associativo em particular, constituem um dos principais pilares do Regime Constitucional português, na configuração particular emergente da Revolução de 1974. Abstract The different dynamics of archeology, the architectural heritage and museums in the " before " and " after " April 1974 are referred. Regarding museums, the situation of professional and civic associations is observed, through the analysis of the creation process and the subsequent development of the Portuguese Association of Museology (APOM) and the Portuguese National Committee of the International Council of Museums (CNP of ICOM or ICOM Portugal). It is recognized a trail conducting from the elitism and governmentalisation, connected to the period of the Dictatorship, to the socio-professional opening and community involvement, related to Democracy. It is stayed the thesis that popular action in general, and the associative movement in particular, constitutes a key pillar of the Portuguese Constitutional Regime in the particular configuration emerging from the Revolution of 1974.