O Impacto dos Negócios Internacionais na República Popular da China nas Décadas de 1970-1980 (original) (raw)

A importância da grande empresa na China pós-1978

2011

A despeito de existir na sociedade, cada vez mais, uma consciência de que investir continuamente em formação é algo importante do ponto de vista profissional e pessoal, ainda é pequena a quantidade dos que buscam fazer mestrado. Em Economia, particularmente, em virtude de existir um processo seletivo unificado em patamar nacional, por vezes, a necessidade de se ter de mudar de Estado acaba desestimulando, inclusive, parte daqueles que cogitavam ingressar no mestrado, mas que, então, optaram por trilhar outros caminhos. Comigo não foi assim. Busquei aproveitar o que a mim foi oferecido e encarar os possíveis e prováveis percalços que viriam. É óbvio, todavia, que, racionalmente, ninguém busca algo que contenha riscos sem a possibilidade de ganhos de alguma natureza. Em meu caso, posso dizer que os ganhos existiram e foram infinitamente superiores aos percalços, porém, não apenas por mérito pessoal, mas também pelo suporte profissional e/ou pessoal de um conjunto de pessoas a quem não posso deixar de expressar minha profunda gratidão. Alguns autores hesitam, em momentos de agradecimento, em explicitar, exatamente, a quem desejam prestar homenagem, no intuito de abarcarem o máximo possível de pessoas com generalizações ou menções que não identificam o homenageado. Confesso que tentarei não fazer isso em razão de um "trauma" adquirido quando experimentei um sentimento dúbio (de alegria e insatisfação) ao ver, em uma tese de doutoradopara a qual preparei, amigavelmente, mais de duzentos gráficos-meu nome ser o único citado sem sobrenome. Assim sendo, primeiro agradeço aos responsáveis por minha vida: Deus e meus pais. A Deus, cujo sobrenome não sei, sou grato por tê-Lo como refúgio nos momentos em que estive sozinho e por tudo que tenha vindo a me conceder, com ou sem a minha ciência. A meus pais, Manoel Simplicio da Silva e Claudeodete Aparecida Thomaz da Silva, sou imensamente grato ao amor que sentem e revelam por mim e pelos valores que me passaram, como humildade, honestidade, amor ao próximo dentre muitos outros. Embarcando na esfera pessoal, agradeço a meus irmãos Saulo Thomaz da Silva e Samuel Thomaz da Silva e a minha cunhada Kelly Adna Marques, pela cumplicidade, rivalidade esportiva e por "fazerem as vezes" na minha ausência, de nosso papel em dar suporte ao próximo dentro e fora de casa. Não poderia esquecer-me do Bayron (cujo sobrenome não existe), de quem recebi amor incondicional por dezessete anos e por quem fui lembrado com um olhar e uma lágrima na última vez em que meu pai o viu com vida.

O papel do setor externo no crescimento da economia chinesa (1978-2008)

2016

China's economic progress over the past three decades is one of the most successful experiences in the recent history of the economic development literature. From 1978 to 2008, China's GDP growth rate was more than 9% per year, growth rate well above the other countries in the same period. This leads us to wonder about what would be the main determinants of Chinese growth trajectory. The process of economic reforms was marked by a shift of the Chinese economy orientation towards the external sector, which represents-for this study case-a powerful tool for modernizing the economy. Thus, the aim of this study is to show the importance of the external sector for China's economic growth over the period of 1978-2008, as well as pointing out the different transmission channels and their operating mechanisms on the Chinese economy. The main result was that exports contributed decisively to the expansion of aggregate demand in the years 2000s, something surprising for an economy with continental proportions such as Chinese economy. In addition, China's foreign sales contributed indirectly through the generation of foreign exchange and profits, essential for sustaining economic growth in the long term. Furthermore, on the supply side, exports have been an important source of learning through greater integration of companies into foreign markets and fostering structural change in favor of the industry, both factors acting to increase in the average productivity of the economy. In addition, this dissertation also analyzes the role of: a) foreign direct investment (FDI) as a source of foreign currency (mainly in the 80s) and as a contributor to China's greater integration within the global supply chains; b) foreign trade reforms through eliminating the monopoly of foreign trade companies and introducing dual trading system, as well as China's entry into the World Trade Organization (WTO) in 2001; c) maintaining stable and competitive foreign exchange rate, an essential condition for the success of the export sector.

A INTERNACIONALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS DE EMPRESAS BRASILEIRAS NO MERCADO CHINÊS - FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Um dos maiores fenômenos do panorama internacional nos últimos anos tem sido a emergência da China como potência econômica e comercial. Entretanto há uma carência na literatura nacional, de estudos que visem compreender a dinâmica da abertuura econômica chinesa, e possíveis estratégias de ingresso e permanência, bem como o nível de competitividade no mercado chinês. Sendo a internacionalização um imperativo para as empresas brasileiras tornarem-se mais competitivas no mercado global, o mercado chinês apresenta-se atrativo, pelo seu desenvolvimento econômico e pelas diversificadas oportunidades de negócio. O objetivo principal deste trabalho é de contribuir para o avanço do nível de conhecimento sobre a internacionalização de empresas brasileiras, em especial analisar as estratégias de ingresso de empresas brasileiras no mercado chinês. O interesse não se limita apenas a descrever o processo de internacionalização, mas apresentar e discutir os fatores críticos de sucesso neste processo das empresas brasileiras naquele mercado Palavras-chaves: Internacionalização; Competitividade; China; Fatores Críticos de Sucesso.

Estado e mercado na China pós-76: o grande salto à direita

História econômica & história de empresas, 2019

A Reforma Econômica chinesa, realizada a partir de 1978, foi efetivada com o suporte de dispositivos partidário-estatais constituídos entre 1949 e 1976, ou melhor, sobre seus espectros. Os espólios das Comunas Populares e dos Comitês Revolucionários-sistemas maoístas de organização do trabalho e da administração estatal que estiveram no centro de acirrada disputa na década de 1960-serviram como bases para a implementação da Reforma nas décadas de 1970 e 1980. De par com a Reforma, também foram constituídos discursos oficiais que operavam a transmutação de categorias históricas e econômicas que viriam a constituir a base discursiva da hegemonia do novo Estado chinês. Tais discursos buscaram remendar crises de um passado recente, as quais ainda não foram superadas.

A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS CHINESAS TRANSFORMAÇÕES RECENTES (2008 2018)

2019

A China representa hoje o caso de maior sucesso de um desenvolvimento econômico, financeiro e industrial em um espaço tão pequeno de tempo. Desde sua abertura econômica, em um contexto de Guerra Fria, ainda na década de 1970, é visto que a China passa a buscar cada vez mais um espaço maior no cenário internacional através do seu comércio. Ao longo dos anos, viu-se uma gradual abertura dos mercados chineses conforme suas empresas iam se desenvolvendo a níveis mundiais. Em 2001, a China entra na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que demonstrou certa maturidade em sua economia. Já integrada na economia mundial na década de 2000, o governo passa a incentivar as empresas chinesas a investir fora do país. Porém, apesar de já estarem em processo, já no final da década é visto que a saída de investimentos do país começa a tomar outro ritmo, apresentando um ‘grande salto’ em comparação a anos anteriores. De forma rápida, a China passa da maior receptora de IDE para a segunda maior exportadora de IDE; seus investimentos se pulverizam geograficamente e setorialmente, tomando cada vez mais lugar em economias e regiões desenvolvidas e de difícil entrada, e abrangendo de forma significativa sua pauta de investimentos. Este trabalho propõe explicar a mudança estrutural no desenvolvimento chinês, tomando como base a crise de 2008. A partir desta premissa, defende-se que a crise apenas acelerou um processo que já estava dentro dos interesses da China, uma vez que possibilitou uma maior atuação chinesa no cenário externo. Contra argumenta-se aqui, também, a ideia de que o desenvolvimento da China é obra das chamadas “imperfeições de mercado” e de que sua entrada na OMC impulsou seu desenvolvimento. Este é feito por meio de uma estratégia nacional, dinamizada pelo Estado, porém, ainda agindo sob incentivos de mercado. A ideia é que, apesar de ter suas empresas estatais como líderes neste processo, de forma muito pragmática e controlada, o Estado chinês estabelece seus planos de médio e longo prazo e permitem que a economia seja regida por impulsos de mercado. Como visto no ano de 2016, caso a atuação das empresas se desvie dos planos estatais estabelecidos, o governo chinês restringe suas atividades. Como uma forma de apresentar o pragmatismo que a China conduz seus planos, é possível dividir os últimos vinte anos em três períodos: (1) o pré-crise, em que já se via avanços da economia chinesa e maiores incentivos de expansão; (2) o período de crise, seus desdobramentos e o impulso ganho pela economia chinesa; (3) e, por fim, um período de retração e reordenamento pragmático de seus investimentos após atingir um pico de investimentos em 2016. O trabalho ressalta a importância do líder Xi Jinping neste processo, uma vez que sua ascensão na presidência também mostrou um aceleramento dos investimentos, e termina apresentando os planos e desafios atuais, tal como a iniciativa do Cinturão e Rota, de uma China já com um papel de liderança mundial. Palavras-chave: Crise financeira. Saída de IDE. Desenvolvimento. Estratégia. Pragmatismo. Iniciativa do Cinturão e Rota. Autonomia-Planejamento-Controle.

A DIÁSPORA CHINESA COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA EXTERNA DE PEQUIM E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A CHINA MAIOR

Revista de Estudos Internacionais, 2017

Resumo: Partindo da constatação da escassez de estudos que utilizam as diásporas como base para a compreensão das relações internacionais, o presente artigo procura mapear a forma como a diáspora chinesa se relaciona com as dimensões cultural, econômica e política da China Maior. Ao mesmo tempo, busca-se demonstrar como agem as instituições criadas por Pequim para instrumentalizar o caráter transnacional da diáspora chinesa a fim de atingir seus objetivos no campo internacional em cada uma dessas dimensões. Conclui-se que a China incorpora a diáspora em uma estratégia de política externa, que é baseada nas organizações de chineses do ultramar e nas práticas das instituições governamentais voltadas para a diáspora. Palavras-chave: Diáspora chinesa. Relações Internacionais. Política externa chinesa. China Maior.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA CHINA DO SÉCULO XXI

DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA CHINA DO SÉCULO XXI, 2023

This dissertation is about Chinese regional development in the 21st century, from the emergence of combating uneven growth in different five-year plans of national policies. The general objective is to analyze the process of territorial organization in China in the 21st century, whose objectives to be answered by the research are: a) Examine how China is inserted in the modern world-system. b) Assess the importance of the new projection economy for Chinese development. c) Unveil regional development in China. Being a research in the area of concentration of Social Sciences, with Regional Development as a basis, with an interdisciplinary theoretical and methodological approach. The data collection procedures consisted in the collection of secondary data, using bibliographic-documentary sources, economic censuses and maps. The results show that Wallerstein's world-system theory becomes generic for the analysis of different forms of development spread across the globe. Chinese development can be characterized by a centrally planned economy that coordinates and restructures the Chinese economy, considering a New Economic-Social Formation due to the social engineering of economic planning practiced in the country. The five-year plans of the 21st century arranged scenarios with a more focused objective for balanced regional development, through policies implemented by the central government to develop regions through industries that respected the autonomy of provinces and other regions.

O lugar da China no comércio exterior brasileiro

2010

Resumo: O objetivo do presente artigo de conjuntura é compreender o lugar da China no comércio exterior brasileiro. O argumento proposto é que a condição da China de maior parceiro comercial do Brasil representa mais do que uma mudança de hierarquia, mas transformações nas relações bilaterais e no próprio sistema internacional.

O reconhecimento da República Popular da China e o pragmatismo responsável: fatores domésticos e externos

Revista Interacao, 2011

O presente artigo revisa o papel e os fatores envolvidos no reatrelamento diplomático do governo brasileiro com a China continental em 1974, no âmbito do "pragmatismo responsável". O pragmatismo responsável da presidência do general Geisel e a decisão de reconhecer a China comunista se explicam em grande parte pelas circunstâncias favoráveis no cenário internacional de então, que exigia o reposicionamento brasileiro. Entretanto, é a dinâmica política doméstica dos dois países, mais criticamente do Brasil, que permitem, em última instância, a aproximação entre os dois governos.