Notas sobre emoção, ficcionalidade e moralidade no Scottish Enlightenment (original) (raw)
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Escritos: revista da Fundação Casa de Rui Barbosa, 2012
This paper analyzes ideas and representations of friendship transmitted in 17th and 18th century theoretical, prescriptive and fictional texts, focusing on the 18th century notion of sentimental friendship. It argues that this notion is built into a discourse concerning sociability that, articulated around the category of “sensibility”, became prominent in the British Enlightenments cultural context. Despite its secular orientation, the 18th century discourse of sentimental sociability appropriates certain key-elements from earlier religious debates concerning the legitimacy of personal relations.
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Cultura moral escocesa do século XVIII
Cultura moral escocesa do século XVIII, 2019
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Ontologia e moral na obra ficcional de Sartre
2017
O objetivo da presente pesquisa é analisar como Jean-Paul Sartre apresenta temas de ontologia e moral nas suas obras de teatro e de literatura. Propondo que a compreensão sobre o que é o homem se fez também reflexão literária e dramatúrgica, este trabalho apresenta o resultado do estudo feito das obras de ficção de Jean-Paul Sartre a fim de acompanhar a evolução do seu pensamento de ontologia e moral. A hipótese levantada por esta pesquisa é a de que há um modo privilegiado de conhecer e desvendar o interesse sartriano de compreender o homem: pela aproximação entre filosofia e ficção e entre ontologia e moral.
Lendo Ficções para a Vida: Literatura, Formação Moral e Emoções
2018
Esta dissertação apresenta uma investigação sobre como obras literárias ficcionais tout court podem nos formar moralmente. O objetivo é constituir uma defesa ao potencial da literatura para a nossa formação moral. Como ponto de partida, o primeiro capítulo propõe uma reconstrução extensiva da posição de John Gibson em Fiction and the Weave of Life (2007). Nesse processo, o trabalho adota os tratamentos de Gibson para dois velhos impasses filosóficos sobre a arte literária: o da ficção e o do valor cognitivo. Resumidamente, primeiro, o autor emprega a abordagem do segundo Wittgenstein sobre a linguagem; a fim de esclarecer a conexão direta entre os textos ficcionais e o mundo real. Segundo, ele avança uma tese neocognitivista para reivindicar o valor cognitivo literário em termos de “reconhecimento” e “entendimento”, em vez de “conhecimento” e “verdade”. A partir do vocabulário filosófico provido por Gibson, no segundo capítulo, este trabalho cria a “Tese do Conceituário Moral” como uma tentativa de esclarecer como a literatura tout court pode formar moralmente. De acordo com a tese, a literatura pode reorientar valorativamente os nossos conceitos morais; por conseguinte, mudando o nosso entendimento moral sobre a vida e a nossa formação moral. Em seguida, este trabalho testa os limites dessa proposta frente a ceticismos empíricos e a excessos idealistas sobre o prospecto da literatura para a nossa educação moral. O resultado de tal consideração é uma ressalva de que o nível, a frequência, e as condições da influência moral da literatura sobre nós não podem ser determinadas ainda. O último capítulo oferece uma qualificação adicional sobre o papel do engajamento emocional para o entendimento adequado de conceitos morais. A esse respeito, a intenção é indicar que as emoções instigadas pela estrutura dramática da literatura são cruciais para a assimilação conceitual moralmente orientada. Ao final, para fins de exemplificação, este estudo também traz uma leitura de Frankenstein, de Mary Wollstonecraft Shelley. A conclusão desta dissertação é que a literatura tout court tem grande potencial para nos formar moralmente; não ostante a ausência de meios confiáveis para a precisão de tal impacto formativo.
Metafísica e Ética Em Duns Scotus Metaphysics and Ethics in Duns Scotus
Resumo Em certa medida parece correto afirmar que o pensamento ético de Scotus só se deixa compreender no horizonte de sua teologia. Pois, é do conhecimento do ente mais perfeito que deriva a verdade, necessária para a razão prática, que o ente mais perfeito deve ser amado. Ora, o ente mais perfeito, infinito, é Deus, e o conhecimento de Deus como ente infinito, de acordo com Scotus, parece ser aperfeiçoado no homem pela fé. Logo, a lei natural segundo a qual amar a Deus é, por definição, um princípio prático, teria como fundamento o conhecimento revelado de Deus. Neste caso o conhecimento moral só poderia ser alcançado mediante revelação divina. Além disso, a concepção scotista da vontade como potência capaz de autodeterminar-se independentemente do intelecto, parece também ter levado alguns intérpretes a julgarem um (suposto) voluntarismo na ética do pensador franciscano, entendendo daí que o acesso racional à ética teria ficado reduzido no pensamento do filósofo franciscano. No e...