Tendência do risco de morte por doenças circulatórias, cerebrovasculares e isquêmicas do coração em treze Estados do Brasil, de 1980 a 1998 (original) (raw)

2006, Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Recebido para publicação em 18/6/01 Aceito em 12/9/01 Objetivo -Analisar tendências do risco de morte por doenças circulatórias (DC) em 11 capitais do Brasil, de 1980 a 1998. Métodos -Dados de mortalidade por DC, isquêmicas do coração (DIC) e cerebrovasculares (DCbV) foram obtidos do Ministério da Saúde e as estimativas das populações, foram calculadas por meio de interpolação, pelo método de Lagrange, com base nos dados dos Censos de 1980, 1991 e contagem populacional de 1996. As tendências foram analisadas pelo modelo de regressão linear múltipla. Resultados -DC mostraram tendência de queda na maioria das capitais, exceto discreto aumento em Brasília. Belém e Manaus tiveram redução do risco de morte por DIC e DCbV; em Brasília, aumento das DIC e DCbV; em São Paulo, discreto aumento das DIC em ambos os sexos na faixa etária de 30 a 39 anos e nas mulheres de 40 a 59 anos; e, em Recife e Salvador, redução das DC para todas as faixas etárias, em ambos os sexos. Porém, em Recife, observou-se aumento das DIC nas faixas etárias mais jovens (30 a 49 anos), decrescendo até redução discreta (-4%) nos homens com ≥70 anos. Conclusão -Em geral, observou-se redução do risco de morte para as DC e aumento das DIC, principalmente, em Recife e Brasília. Palavras-chave: epidemiologia, doenças circulatórias, mortalidade