Desenvolvimento, psicopatologia e apego: estudo exploratório com crianças institucionalizadas e suas cuidadoras (original) (raw)

Relações de apego no contexto da institucionalização na infância e da adoção tardia

Psicologia argumento, 2017

Studies provide evidence that there are many factors that can influence the quality of attachment between parents and adopted children, particularly when it involves children with a history of long-stay in shelters and similar institutions. The theme has yet been little explored by the scientific literature, whereas there are rare studies that propose discussion about the formation of attachment on such specific context. Among the studies held in recent decades, there is a suggestion that, for a child, the effects of time she spent, before being adopted, in contact with important figures from the origin family and in children shelter institutions are important for the development for that child. Thus, studies have shown a set of factors that might promote or inhibit the formation of attachment in such relationships, but a few of them highlight the availability of a late-adopted child, as well as of her new caretakers for this form of binding. This way, this paper complies with the purpose of presenting references that illustrate the production on the issue and provide input to this debate in contemporary society. #]

Desenvolvimento, Psicopatologia e Apego: Estudo Exploratório com Crianças Institucionalizadas e suas Cuidadoras Development, Psychopathology and Attachment: An Exploratory Study with Institutionalized Children and their Caregivers

Resumo O presente estudo exploratório examinou o desenvolvimento mental e a qualidade do funcionamento sócio-emocional de 16 crianças entre os 3 e os 6 anos, institucionalizadas em Centros de Acolhimento Temporário, relacionando-os com a qualidade das narrativas sobre o apego das suas cuidadoras. Foram utilizadas a Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths, o Questionário de Comportamentos, as Narrativas sobre o Apego e o Attachment Q-Sort. Os resultados revelaram que o nível de desenvolvimento das crianças foi inferior aos valores normativos. Além disso, os valores apresentados ao nível da psicopatologia, em termos de sintomas de internalização e de externalização, aproximaram-se dos valores clínicos. Não obstante e, em contraste com o esperado, a maioria das crianças apresentou valores próximos da segurança (base segura), os quais não estão associados com a qualidade das narrativas sobre o apego das suas cuidadoras. Os resultados são discutidos com base no impacto da privação em meio institucional para o desenvolvimento na infância.

Development, psychopathology and attachment: an exploratory study with institutionalized children and their caregivers/Desenvolvimento, psicopatologia e apego: …

Psicologia: Reflexão e …

Resumo O presente estudo exploratório examinou o desenvolvimento mental e a qualidade do funcionamento sócio-emocional de 16 crianças entre os 3 e os 6 anos, institucionalizadas em Centros de Acolhimento Temporário, relacionando-os com a qualidade das narrativas sobre o apego das suas cuidadoras. Foram utilizadas a Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths, o Questionário de Comportamentos, as Narrativas sobre o Apego e o Attachment Q-Sort. Os resultados revelaram que o nível de desenvolvimento das crianças foi inferior aos valores normativos. Além disso, os valores apresentados ao nível da psicopatologia, em termos de sintomas de internalização e de externalização, aproximaram-se dos valores clínicos. Não obstante e, em contraste com o esperado, a maioria das crianças apresentou valores próximos da segurança (base segura), os quais não estão associados com a qualidade das narrativas sobre o apego das suas cuidadoras. Os resultados são discutidos com base no impacto da privação em meio institucional para o desenvolvimento na infância.

Rela��o de apego entre crian�as institucionalizadas que vivem em situa��o de abrigo

Psicologia Em Estudo, 2004

RESUMO. Este estudo teve como objetivo identificar a relação de apego entre crianças institucionalizadas que vivem em situação de abrigo. Participaram do estudo quatorze crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas entre 3 e 9 anos. Os dados foram coletados através da técnica de observação do sujeito focal. Os principais resultados foram: a) os irmãos mais velhos demonstraram-se responsivos às solicitações de afeto e cuidado em relação aos irmãos mais novos; foi registrada interação significativa entre as meninas mais velhas com os meninos mais novos; b) a brincadeira social mostrou ser uma situação favorável ao estabelecimento das interações afetivas; c) a imagem da família aparece representada pela figura materna. Conclui-se que, na falta de um adulto significativo, crianças em situação de abrigo acabam formando relações de apego umas com as outras e que a rede de apoio social representa um importante aspecto na resiliência destas crianças.

A importância dos afetos e da socialização no desenvolvimento de uma criança institucionalizada: o estudo de caso da Maria Flor

Educamazonia, 2013

RESUMO : O afeto e a socialização são, respetivamente, faculdade e processo psicológico, cruciais ao desenvolvimento saudável de qualquer criança. Um e outro, assumem especial relevo quando nos debruçamos sobre a compreensão do seu papel na criança institucionalizada, motivo pelo qual realizámos um estudo de caso, a que chamamos de Maria Flor. Esta criança de 3 anos de idade, proveio de um ambiente familiar altamente disfuncional, onde foi vítima de episódios de maus-tratos e violência grave por parte dos progenitores. Com recurso a uma metodologia qualitativa de natureza exploratória e descritiva, operacionalizada através de entrevistas semiestruturadas aos cuidadores (Psicóloga e a Educadora Apoio) da Instituição de Acolhimento, avaliámos a importância dos afetos e da socialização no desenvolvimento e bem-estar da Maria Flor. Baseamo-nos, deste modo, na análise da opinião que as cuidadoras manifestam sobre o impacto da intervenção que realizaram. Os resultados parecem evidenciar que as atividades de estímulo de vinculação e de afeto, alicerçadas no respeito mútuo entre a Maria Flor e as cuidadoras, contribuíram para o seu desenvolvimento, nomeadamente para a promoção das suas capacidades cognitivas, de autoestima e de autoconfiança.

Narrativas de vinculação, desenvolvimento e psicopatologia em crianças institucionalizadas e em risco na comunidade

2014

Nesta etapa, cujo fim se anuncia, não poderia deixar de homenagear todo(a)s aquele(a)s que comigo percorreram esta "aventura", e que indireta ou diretamente, amortizaram quedas, sustentaram angustias, frustrações, e "saborearam" vitórias. A todo(a)s devo o encerrar deste ciclo. Ao meu marido, companheiro de jornada, obrigada pela presença, pela compreensão e pelo esforço para que fosse possível. Aos meus filhos, Filipa, Gonçalo e Marta, obrigada pelo orgulho expresso, pela compreensão das minhas "ausências" e pela dádiva dos abraços e beijinhos. Foi neles e em vocês que "alimentei" a minha determinação e perseverança. O meu obrigada aos professore(a)s que ao longo desta trajetória se assumiram como exemplos de admiração, profissionalismo e respeito. À Professora Carla Martins, ao Professor Miguel Gonçalves e à Professora Isabel Soares, agradeço a inspiração e a generosidade com que partilharam saberes. Para mim, foram mais que meros veículos de transmissão de conhecimento. Um agradecimento especial à Professora Isabel Soares, minha estimada professora e orientadora, por todos os ensinamentos. Obrigada pelas sábias palavras, pelos reforços, e pelo exímio nível de profissionalismo e ética. Obrigada à Professora Joana Batista, pela coorientação pautada pela disponibilidade e afeto, pela paciência e conforto imbuído nas palavras.

Aspectos psicológicos em crianças institucionalizadas vítmas de violência doméstica

Iniciacao Cientifica Cesumar, 2007

RESUMO: A violência contra a criança é um tema que passou a ser bastante discutido a partir da década de 90, com a criação da Lei Federal 8069-Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Até essa época, havia pouca preocupação em relação à criança e ao adolescente, que ainda não eram vistos como sujeitos de direitos. A violência doméstica traz sérias conseqüências ao desenvolvimento infantil e, em casos graves, a criança é separada da família, sendo encaminhada judicialmente para um abrigo ou outro órgão assistencial. Entretanto, o afastamento dos pais e o rompimento dos vínculos familiares podem tornar ainda maior o sofrimento dessas crianças. O presente estudo busca caracterizar, em relação aos aspectos emocional e comportamental, crianças de 6 a 12 anos institucionalizadas por motivo de violência doméstica. Com os resultados finais espera-se contribuir para maior esclarecimento acerca da saúde mental de crianças institucionalizadas, bem como para a elaboração de estratégias preventivas e qualificação dos profissionais que atuam com essa clientela, visando à melhoria da qualidade de vida das crianças e de sua rede social. Foram identificadas seis crianças abrigadas em uma instituição do Município de Maringá, encaminhadas por motivo de violência doméstica. Para a coleta dos dados foram entrevistadas as funcionárias que realizam atendimento direto às crianças, empregando-se um roteiro de entrevista semi-estruturado, onde se buscou identificar a modalidade da violência sofrida, a situação atual em relação à adaptação e ao relacionamento com as pessoas que trabalham na instituição. Em seguida, aplicou-se a Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter, adaptada por Graminha (1994). Pôde-se verificar que entre essas crianças, duas apresentaram traços neuróticos e uma traços anti-sociais. Três das crianças estudadas revelaram necessidade de um tratamento psicológico ou psiquiátrico. Com relação à modalidade de violência sofrida, a maioria das crianças foi encaminhada ao abrigo devido a abandono, à violência psicológica e à negligência dos pais. De maneira geral, as crianças em questão apresentaram uma constituição da estrutura e dinâmica familiar fragilizada por vários fatores, entre eles, sociais, afetivos e econômicos. É fundamental a criação de programas de atendimento multidisciplinar que atuem em conjunto com os abrigos, buscando a promoção da saúde mental da criança e a sua reinserção na família, representando novas possibilidades na busca pela garantia dos direitos fundamentais da infância. PALAVRAS-CHAVE: violência doméstica; crianças institucionalizadas, desenvolvimento infantil.

Perspectivas adotadas pelos cuidadores na interação com a criança institucionalizada

Revista de Enfermagem da UFSM, 2019

Objetivo: compreender as perspectivas do cuidador a partir de sua interação com as crianças institucionalizadas. Método: pesquisa qualitativa que utilizou a Teoria Fundamentada nos Dados e o Interacionismo Simbólico para elaboração e análise dos dados. Os dados foram coletados de abril a julho de 2015, por meio de uma entrevista intensiva, com 15 cuidadoras em uma instituição de acolhimento infantil. Resultados: são apresentados em três categorias: Aprendendo a valorizar sua vida e sua família; Mudando a forma de ver e lidar com os outros; Percebendo a criança como ser capaz de mudar sua realidade. Considerações finais: identificou-se que na interação com a criança institucionalizada, a cuidadora passa a adotar novas formas de ver e agir no mundo, valorizando mais sua vida e sua família, além de desenvolver mais paciência, compaixão e amor por outras pessoas em condições de vulnerabilidade.