Dinâmica populacional de Aedes aegypti (L) em área urbana de alta incidência de dengue (original) (raw)
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BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista
Introdução: Vários autores têm apontado limitações nas medidas adotadas para o controle de Aedes aegypti e da dengue. Além disso, há falta de evidência sobre a relação entre níveis de infestação por Ae. aegypti e ocorrência de dengue. Este trabalho objetivou avaliar a relação entre ocorrência de dengue e medidas de controle e infestação por Ae. aegypti em uma cidade do sudoeste brasileiro no período de 2001 a 2006. Métodos: A razão de incidência de dengue (variável dependente) e a cobertura das atividades de controle e índices de infestação (covariáveis) foram calculadas usando unidades espaciais e os anos. Foi ajustado um modelo de Poisson espaço-temporal Inflado de Zeros, considerando os seguintes períodos: Setembro de 2001 a Agosto de 2006 e Setembro de 2003 a Agosto de 2006. Resultados: Atividades de rotina para o controle do vetor (com visita regular a todos os imóveis) foram consideradas fator protetor para ocorrência de dengue. Porém, para controlar fetivamente a ocorrência d...
Análise Da Flutuação Das Populações De Aedes Aegypti e Aedes Albopictus Em Uma Escola De Cuiabá-MT
Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 2014
O aumento expressivo da população de Cuiabá desencadeou um crescimento desordenado da cidade, acompanhado de uma infraestrutura e saneamento básico deficientes, estabelecendo assim condições favoráveis à proliferação dos vetores da Dengue (Aedes aegypti) e Febre Amarela (Aedes albopictus) na região, sendo esses dotados de grande poder de adaptação aos ambientes habitados pelo homem. Tendo isso em vista, o objetivo deste trabalho foi analisar a influência de fatores microclimáticos na flutuação das populações de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus em uma escola da periferia de Cuiabá entre janeiro e agosto de 2012, fazendo uso do modelo diferenciado de armadilha de oviposição (ovitrampa). A coleta dos dados bióticos (número de ovos) foi feita na escola André Avelino Ribeiro em intervalos de quinze dias. Os resultados indicaram que a precipitação foi o único fator microclimático a influenciar a proliferação do vetor da dengue na escola. Foram verificadas diferenças significativas para o número de ovos coletados na estação chuvosa em relação a estação seca. No entanto, observou-se valores expressivos para o número de ovos nesta estação, indicando que mesmo no período de seca a incidência da espécie pode ser elevada. Além disso, os altos índices de densidade de ovos e vetorial, assim como de positividade da ovitrampa observados na escola revelaram que o local configura-se como um polo de proliferação e disseminação da espécie Aedes aegypti.
Aspectos Sócio-Demográficos Da Dengue Em Município Endêmico Da Amazônia Legal, MT, Brasil
Este estudo teve por objetivo avaliar a incidência de dengue, em 2007, notificada pela Secretaria de Saúde do município de Barra do Garças, Mato Grosso, na Amazônia Legal. Naquele ano, foram registrados 742 casos positivos de dengue. A doença foi predominante em indivíduos de faixa etárias diversas, da infância até o final da meia-idade. A dengue afetou especialmente os bairros mais populosos do centro e da periferia, cuja elevada densidade populacional, a falta de limpeza de terrenos e a presença de áreas abandonadas propiciaram a proliferação do Aedes aegypti. The aim of this study was to evaluate the incidence of notified dengue cases by the municipal department of health in Barra do Garças, Mato Grosso, Legal Amazon in 2007. In that year, 742 dengue cases were recorded. The disease was prevalent in individuals of different ages, from childhood until the middle-age people. Dengue especially affected the most populated central neighborhoods as well as the outskirts whose higher po...
Os efeitos do crescimento urbano sobre a dengue
Revista Brasileira em promoção da Saúde, 2013
Los efectos del crecimiento urbano sobre la dengue RESUMO Objetivo: Analisar a dinâmica espacial e temporal da dengue em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, Brasil, e associar os casos ao crescimento das áreas urbanas e à perda de áreas naturais nos últimos anos. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa. Os casos de dengue relativos a 2009 foram obtidos na Secretaria Municipal, incluindo-se os suspeitos e os confirmados. Obtiveram-se shape files contendo informações sobre o limite municipal, limite da área urbana, setores censitários, áreas com construções e áreas naturais. Com base na distribuição dos casos, o estimador de Kernel foi utilizado para medir sua dispersão. Resultados: Casos de dengue notificados foram georreferenciados em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas). A paisagem mostrou mudanças nas unidades de zona urbana e pastagem, assim como crescimento urbano sobre a matriz de pastagem. Não foram observadas alterações nas áreas de floresta remanescente e eucalipto. Há casos distribuídos espacialmente com uma tendência a formar aglomerados. Conclusão: Observaram-se casos de dengue espacialmente agrupados na região norte da cidade, onde novos bairros surgiram nos últimos anos, acompanhando o crescimento populacional sem estrutura adequada de urbanização e planejamento. Além disso, o crescimento urbano reduziu a margem de cursos d'água e forneceu um solo nu, adequado para o acúmulo de lixo e a formação de criadouros de mosquitos. Fica mais uma vez constatado que políticas públicas eficientes e planejamento urbano adequado podem reduzir o impacto da dengue em regiões endêmicas.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2010
INTRODUÇÃO: A densidade larvária de Aedes aegypti flutua de acordo com as variações climáticas sazonais, elevando-se nas estações de maior pluviosidade, em função do número de potenciais criadouros disponíveis, o que predispõe ao aumento da incidência de dengue. Este estudo teve o objetivo de mostrar a associação entre os casos de dengue, a pluviosidade e o índice de infestação predial. MÉTODOS: Os municípios foram estratificados de acordo com transmissão e risco de dengue, e infestados ou não pelo mosquito. Utilizou-se o índice de infestação predial larvário (IIP) como indicador de risco de transmissão. RESULTADOS: Houve correlação positiva entre o IIP, o número de casos de dengue e a pluviosidade. A transmissão da doença foi maior nos quatro primeiros meses de cada ano estudado, período de elevada pluviosidade, diminuindo, nos meses de junho a setembro, época de poucas chuvas. Os casos de dengue mostraram-se contínuos e crescentes nos meses de janeiro a março de cada ano, declinan...
Caminhos de Geografia
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a distribuição geográfica da Dengue e o número de criadouros na cidade de Uberlândia - MG, como também o número de criadouros por Distrito Sanitário nos anos de 2000, 2001 e 2002. A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral que persiste na natureza mediante o ciclo homem - Aedes aegypti - homem, sendo o homem a fonte de infecção e reservatório. Esta pesquisa foi realizada de abril a dezembro de 2003, com dados referentes aos anos de 2000, 2001 e 2002 fornecidos pela Seção de Vigilância Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia. A incidência da Dengue aumentou no período estudado com um acréscimo de 306%, como também o número de criadouros com um acréscimo de 97%. Já o índice de infestação predial decresceu 0,1%. Estes dados demonstram que é necessária a participação da comunidade, visto que os criadouros dos domicílios são de responsabilidade exclusiva desta. É importante ainda...
Research, Society and Development
Aedes aegypti e Aedes albopictus são mosquitos de grande impacto na saúde pública por serem vetores de importantes arbovírus. Objetivou-se investigar o perfil reprodutivo desses dois vetores em residências e terrenos baldios nos períodos chuvoso e seco. Em 2017, foram realizadas quatro inspeções em 100 imóveis de cinco bairros de Caxias, Maranhão (400 vistorias), com repetições em 2018, totalizando 800 vistorias. Um total de 3.837 formas imaturas foram coletados em 11,6% (N = 93) das inspeções, sendo 3.394 Ae. aegypti (88,4%) e 443 Ae. albopictus (11,6%). O maior número de criadouros era do grupo armazenamento de água com 78 recipientes (70,9%) e 2.768 imaturos (72,1%), sendo 2.663 Ae. aegypti (96,2%) e 105 Ae. albopictus (3,8 %) encontrados apenas nas residências. Nos terrenos baldios, foi encontrado maior número de Ae. albopictus (N = 228; 67,7%), em relação ao Ae. aegypti (N = 109; 32,3%), sendo os frascos, os recipientes mais frequentes (N = 12,1%), contribuindo com 48,9% (N = 1...