As Novas Identidades Políticas da Sociedade Digital (original) (raw)

POLÍTICAS DE IDENTIDADE NA ERA DIGITAL E O REGISTRO CIVIL NACIONAL

O presente artigo busca entender as políticas de identidade no cenário nacional com destaque ao Projeto de Lei 1775 de 2015, que visa a criar o Registro Civil Nacional (RCN). Para tanto, delineia brevemente o histórico do registro civil e dos bancos de dados do setor público. Ainda, analisa a relação do registro civil com outros direitos fundamentais. O centro do artigo se dá em torno do PL1775/2015, com enfoque na relação e no impacto que o RCN pode causar ao direito a privacidade e a proteção de dados pessoais. Para um entendimento mais completo desse tema durante as audiências públicas do PL 1775, o artigo organiza e descreve as posições tomadas pelos participantes.

Comunidades políticas virtuais: a democracia na era digital

Direitos Humanos em Múltiplas Miradas, 2021

Este artigo avalia se as interações em espaços digitais podem ser consideradas como práticas políticas democráticas. Em primeiro lugar, analisa-se como as performances digitais e suas repercussões podem deflagrar interações sociais, ampliando o potencial de discursos políticos. Em segundo lugar, avalia-se se essas práticas podem ser consideradas como catalisadoras de práticas políticas voltadas para os direitos humanos. O estudo é feito principalmente com base na leitura contemporânea - de Carole Pateman e Moses Finley - de ideias políticas modernas, especialmente de Stuart Mill. Esta pesquisa se situa no campo de estudos interdisciplinares sobre os direitos humanos, dialogando especificamente com as áreas da comunicação e da teoria política. O plano de fundo deste artigo é o desafio de compreender as particularidades dos fenômenos políticos que ocorrem em espaços digitais, pois tal compreensão demanda tensionar conceitos clássicos de teoria política com conceitos recentes da teoria da comunicação, especialmente no que diz respeito à cultura política digital. O artigo propõe que a existência de grupos políticos digitais contribui para a manutenção de agendas políticas, a partir de novas formas de ação e comunicação, que possuem características próprias das redes digitais, no âmbito da cibercultura, deflagrando um novo tipo de agir político.

Os Desafios da Identidade Digital

DEBATES CONTEMPORÂNEOS: TEMAS INTERDISCIPLINARES - VOLUME 18, 2024

A virtualização da experiência de identidade refere-se à maneira como os indivíduos percebem, constroem e expressam suas identidades em ambientes digitais e virtuais, transformando as interações e a percepção de si mesmos e dos outros. Com o avanço das tecnologias digitais, especialmente das redes sociais e outras plataformas online, tornou-se possível para as pessoas explorar e projetar suas identidades de maneiras que ultrapassam as limitações do mundo físico.

IDEIAS DE DEMOCRACIA E DE PARTICIPAÇÃO NO CONTEXTO DIGITAL

Antes de discutirmos democracia digital e participação social por meio das tecnologias de informação, é preciso pensar sobre que democracia está se falando e também que tipo de participação está sendo esperada. Gomes separa, didaticamente, os modelos de democracia em duas grandes vertentes: os que partem da ênfase na sociedade e os que partem da ênfase no Estado.

Dentro da bolha: política identitária na era da hiperconectividade

Revolução informacional e um novo Direito: reflexões a partir de Luciano Floridi, 2022

O trabalho pretende oferecer uma contribuição para as análises críticas da chamada “política identitária” a partir das contribuições da filosofia informacional. Após a apresentação de um breve conceito de “política identitária” e de suas principais críticas teóricas, busca-se compreender como a ampliação do uso de Tecnologias da Informação e Comunicação revolucionou as sociedades contemporâneas, constituindo uma realidade híbrida entre o real e o virtual. Nesse contexto, defende-se que as disputas políticas baseadas na identidade são cada vez mais presentes no ciberespaço, especialmente nas redes sociais, o que sugere a facilitação da criação de laços de solidariedade política entre usuários. Contudo, a partir da análise do funcionamento e dos objetivos das plataformas virtuais, pondera-se que essas redes dificultam os diálogos com o diferente e a constituição de alianças políticas abrangentes, que extrapolem o pertencimento identitário. Isso porque, para manter a atenção do usuário por mais tempo, essas plataformas criam filtros-bolhas de conteúdo personalizadas para cada pessoa, selecionando aquilo que confirma preconcepções e endossa opiniões prévias. Assim, sugere- -se que esse mecanismo dificulta a criação de diálogos e o estabelecimento de objetivos coletivos comuns para além de uma afirmação identitária individualizante.

POPULISMO CONTEMPORÂNEO E A NOVA (CIBER) POLÍTICA: uma nova forma de se fazer política por meio da aproximação de identidades digitais

REVISTA DE ESTUDOS INTERNACIONAIS, 2021

Resumo: Este artigo visa analisar o populismo por meio da ótica da teoria construtivista e da interdependência complexa. O uso ativo das redes sociais pela população proporcionou aos líderes populistas contemporâneos uma nova forma de se fazer política. O discurso do "nós contra eles" é um chamado para renovar a esperança do povo que está desapontado com a política comum. Há também um novo desenho do líder populista, que deixa de ser o "grande pai", intangível, revestido de áurea de sacralidade e assume o papel do "igual", o que tem a mesma origem, o canalizador de voz dos não ouvidos. O artigo está dividido em três partes. Na primeira serão abordadas as condições para o surgimento do populismo, os conceitos de construção de identidade, a visão "Self" para "Other" de Wendt e o papel do povo sob a ótica populista. Na segunda parte, o centro do debate é sobre as comunidades, o populismo e a democracia digital. Por último, será analisado o papel da mídia em questões que envolvam Hard e Soft power de Nye através de uma das faces do poder cibernético.

OS NOVOS ESPAÇOS PÚBLICOS NA ERA DIGITAL: BREVE ANALISE SOBRE AS REDES SOCIAIS COMO INSTRUMENTO PARA O DEBATE POLÍTICO

VOLUME 18, Nº 04, out./dez. , 2019

The participatory model presents itself as an evolutionary form of the Democratic State, including in Brazil and the diverse forms of participation challenge political science theorists in the identification of public spaces that are erected in the contemporaneity, especially in times that the relations established between the post- modern networks take the form of a network and digital inclusion has become a human right. The present work, based on the national and foreign literature review, sought to investigate, with a method of deductive method, the means of communication, identified as social networks and its ability to become new public spaces to shelter dialectic dialogue in the political debate and the consensus between the divergent positions. The objective was also to give visibility to the methodology accepted by social networks to group users from common affinities that reproduce the narcissistic culture of that time and that can interfere in the information and issuance of opinions.