CASTAGNA, Paulo (coord.); SOUZA, Maria José Ferro de; PEREIRA, Maria Teresa Gonçalves (Pesquisa e descrição). Inventário dos livros e periódicos do Museu da Música de Mariana e dos livros de interesse musicológico do Museu do Livro de Mariana. Mariana: Museu da Música, 2003. Não publicado. 145p. (original) (raw)

CASTAGNA, Paulo. A contribuição de José Penalva ao Museu da Música de Mariana. In: PROSSER, Elisabeth Seraphim (Org.). II FESTIVAL PENALVA, I MOSTRA DA MÚSICA PARANAENSE, Curitiba, 24 a 28 out. 2004. Anais. Curitiba: ArtEMBAP, 2005. p.89-102. ISSN 1807-667X.

Este trabalho está destinado a estudar a contribuição musicológica do Pe. José de Almeida Penalva na organização e catalogação de um acervo de manuscritos musicais dos séculos XVIII, XIX e XX, originário de Barão de Cocais (MG) e posteriormente recolhido ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (AEAM). Serão estudados alguns aspectos históricos e metodológicos do trabalho de Penalva em Mariana, procurando-se compreender o seu significado para a estruturação do Museu da Música de Mariana realizada por sua sucessora no AEAM, Maria da Conceição de Rezende.

CASTAGNA, Paulo. Homenagem a Maria da Conceição de Rezende. I COLÓQUIO BRASILEIRO DE ARQUIVOLOGIA E EDIÇÃO MUSICAL, Mariana (MG), 18-20 jul. 2003. Anais. Mariana: Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, 2004. p.37-48. ISSN: 1807-6556.

Algum tempo após sua consagração como Arcebispo Metropolitano de Mariana, em 25 de abril de 1960, D. Oscar de Oliveira iniciou a reunião de antigos manuscritos e impressos musicais preservados na Cúria, na época anexa à Igreja de São Pedro dos Clérigos. Posteriormente, D. Oscar juntou ao mesmo um volume de documentos musicais que estava encerrado na Catedral, dando início, ainda que de maneira informal, à coleção que hoje leva seu nome no Museu da Música de Mariana. De tal iniciativa, ocorrida há cerca de 40 anos atrás, não existem hoje notícias precisas, desconhecendo-se também todo o percurso desse acervo musical até seu recolhimento à Cúria Metropolitana. Fica claro, entretanto, que, sem a atuação de D. Oscar de Oliveira na preservação desse acervo, uma grande parte ou até sua totalidade poderia ter sido perdida, como de fato ocorreu em relação aos acervos musicais das cúrias de algumas outras arquidioceses brasileiras. Em 1965, D. Oscar fundava oficialmente o Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (AEAM), enquanto “entidade jurídica legalmente constituída, com estatutos próprios”, o qual passou a abrigar, entre outros, os manuscritos musicais. E foi esse acervo musical que, no ano seguinte, a convite de D. Oscar, recebeu a visita de um irmão marista da editora F.T.D., Wagner Ribeiro, o qual publicou suas impressões em um artigo no jornal marianense O Arquidiocesano, sendo essa a mais antiga notícia hoje disponível sobre o acervo que deu origem ao Museu da Música. Entre outros impressos e documentos, Wagner Ribeiro descreveu dezenove manuscritos musicais do arquivo, chegando até a apresentar o incipit musical de um deles e demonstrando, assim, que já existia uma preocupação explícita com o acervo musical e mesmo um princípio de tratamento.

CASTAGNA, Paulo. Uma análise paleoarquivística da relação de obras do arquivo musical de Florêncio José Ferreira Coutinho. VI ENCONTRO DE MUSICOLOGIA HISTÓRICA. Juiz de Fora: Centro Cultural Pró-Música, 22-25 de julho de 2004. Anais. Juiz de Fora: Centro Cultural Pró-Música, 2006. p.38-84.ISBN: 85-89057-03-8.

O arquivo musical do compositor Florêncio José Ferreira Coutinho (Vila Rica, c.1750-1819), algum tempo antes de seu falecimento, foi transferido, em circunstâncias ainda ignoradas, ao jovem colega de profissão João José de Araújo (Vila Rica, c.1780-1831). Após sua morte, a inventariante de Florêncio questionou o direito de posse do arquivo por parte de Araújo, o qual, para garantir a guarda dos papéis, processou judicialmente as herdeiras de Florêncio (suas filhas naturais), por meio de um libelo cível no Cartório de Órfãos do Segundo Ofício de Vila Rica, que se estendeu por 17 meses, entre 1820 e 1821. Durante esse processo, o Juiz determinou que o arquivo de Florêncio, em posse de João José de Araújo, fosse depositado em juízo para exame, mandando elaborar uma relação intitulada “Termo de Deposito da Solfa”, que contém a primeira descrição do seu conteúdo. A descrição mais precisa, no entanto, surgiu na “Lista Geral das Músicas do falecido Florêncio José Ferreira Coutinho que me mandou trazer Micaela dos Anjos por Manoel Antônio do Sacramento”, assinada por João José de Araújo e anexada ao processo em 8 de janeiro de 1821. Este trabalho propõe um tipo de análise - aqui denominada paleoarquivística - para as informações que aparecem nas descrições de 1820 e 1821, análise essa que parte do conceito de cripto-história da arte, formulado pelo historiador português Vítor Serrão em 2001. Assim como a cripto-história da arte é o estudo do patrimônio artístico desaparecido, porém descrito em inventários, plantas, desenhos preparatórios, registros de laboratório, fotografias de obras alteradas, fragmentos, etc., a paleoarquivologia musical pode designar o estudo das características e da configuração de antigos acervos musicais, com base em informações, relatos e descrições que dos mesmos nos chegaram, independente de terem sido esses arquivos totalmente, parcialmente ou nulamente preservados. Na análise paleoarquivística das descrições do arquivo musical de Florêncio José Ferreira Coutinho será considerado o maior número possível de elementos documentais, para se procurar neles significados nem sempre aparentes, bem como relacioná-los aos aspectos históricos e musicológicos que envolvem os autores e proprietários das obras nelas referidas.

CASTAGNA, Paulo. Inventário da Coleção Fernand Jouteux. São Paulo: Laboratório de Conservação, Arquivologia e Edição Musical do Instituto de Artes da UNESP; São João del-Rei: Centro de Referência Musicológica José Maria Neves, 2019. Divulgação Digital. 69p.

Inventário da Coleção Fernand Jouteux do Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (F-CEREM), 2019

Resumo. Este trabalho tem como objetivo apresentar o inventário e um breve relato do tratamento, no Laboratório de Conservação, Arquivologia e Edição Musical do Instituto de Artes da UNESP, de uma coleção de documentos relacionados ao compositor e regente Fernand Jouteux (Chinon, 1866 – Belo Horizonte, 1956), entregue, em Rochecorbon (França), por familiares desse autor ao musicólogo francês Jean-Michel Vaccaro (1938-1998), por ele oferecido à pesquisadora brasileira Carolina Magalhães (residente na França), e por ela doado à Fundação Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (F-CEREM), da Universidade Federal de São João del-Rei (MG). O trabalho inclui um breve histórico e o quadro de arranjo da coleção, com algumas considerações sobre suas particularidades e seu conteúdo. Palavras-chave. Fernand Jouteux; Música; Coleção Documental; Tratamento arquivístico; Disponibilização.

CASTAGNA, Paulo. Disponibilização pública de um manuscrito centenário: Música e musicistas (1922), por José de Athayde Marcondes (1863-1924). Opus, Vitória, v. 29, p. 1-43, 2023.

Opus (Assoc. Nac. Pesqui. Pós-Grad. Música), Vitória, 2023

Resumo: O objetivo deste artigo é a apresentação do manuscrito Música e musicistas (1922), de José de Athayde Marcondes (1863-1924), o estudo de sua relevância para a pesquisa musicológica na atualidade e a compreensão do seu significado no panorama das obras brasileiras e portuguesas de referência sobre música publicadas no período de vida do autor. Para isso, foram, inicialmente, realizados o exame físico e a reprodução fotográfica do documento na instituição custodiadora (o Centro de Memória Barão Homem de Mello de Pindamonhangaba-SP), seguidos da investigação de sua gênese, a partir das informações históricas disponíveis e da comparação com outras obras do mesmo autor e com livros semelhantes em língua portuguesa. O trabalho conclui que Música e musicistas foi a mais completa obra sobre o assunto até então escrita no Brasil, sendo, ainda hoje, uma fonte significativa para a pesquisa da atividade musical no país (especialmente no estado de São Paulo), por conta da inclusão de verbetes sobre muitos compositores e intérpretes que não foram considerados em publicações similares em língua portuguesa. Palavras-chave: Manuscrito. Dicionário. Léxico. Biografia. Efeméride. Public availability of a century-old manuscript: Música e Musicistas (1922), by José de Athayde Marcondes (1863-1924) Abstract: The objective of this article is to present the manuscript Música e Musicistas (1922) by José de Athayde Marcondes (1863-1924), reevaluate its relevance for musicological research in contemporary times, and understand its significance within the panorama of Brazilian and Portuguese works on music published during Marcondes lifetime. To achieve this, the manuscript was first physically examined and photographed at the custodial institution (the Centro de Memória Barão Homem de Mello in Pindamonhangaba – SP). This was followed by an investigation into its origins, using available historical information and comparing it with other works by the same author and similar books in the Portuguese language. The study concludes that Música e Musicistas was the most complete work on the subject written in Brazil up to that point, and it remains a significant source for the research of the musical activity in Brazil, especially in the State of São Paulo, due to the inclusion of entries on many composers and performers not considered in similar publications in the Portuguese language. Keywords: Manuscript. Dictionary. Lexicon. Biography. Ephemeris.

CASTAGNA, Paulo. Orquestras e bandas de música entre as associações artísticas e recreativas no Anuário Estatístico Mineiro de 1921. VI Encontro de Musicologia Histórica do Campo das Vertentes, São João del-Rei, 13-16 dez. 2023. Anais... São João del-Rei: UFSJ, 2023. p. 294-333.

Este trabalho analisa o mapeamento de orquestras e bandas de música, dentre as associações artísticas e recreativas, nos Anuários Estatísticos de Minas Gerais publicados ao longo do século XX, com destaque para o conteúdo do Anuário impresso em 1921, que apresenta um quadro detalhado das associações do estado. Após uma revisão dos anuários publicados entre 1906 e 2001 e dos censos e diagnósticos culturais nacionais (pelo IBGE) e estaduais (pelo governo de Minas Gerais), o trabalho visa compreender o conteúdo, a singularidade e o significado da relação de associações artísticas e recreativas incluída no Anuário Estatístico de 1921.