A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL - Do contexto de origem aos significados da expansão (original) (raw)
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ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA TEMÁTICA EM EVOLUÇÃO NAS DISSERTAÇÕES E TESES BRASILEIRAS
Resumo: Considerando que nos últimos anos a economia solidária tem sido tratada como objeto de estudo em diversas universidades brasileiras, este trabalho tem como objetivo apresentar um panorama da evolução das publicações produzidas nesta temática, no período de 1998 a 2010. Para desenvolver o trabalho foi realizado um levantamento no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, empregando o termo " economia solidária ". Esta base de dados foi escolhida em função da sua importância para a comunidade acadêmica e disseminação do conhecimento das universidades para a sociedade. Os resultados foram organizados por instituição/universidade, região geográfica e curso, revelando um aumento significativo do número de dissertações/teses, no período, atingindo 401 trabalhos. Além de demonstrar uma diversidade de cursos de pós-graduação cujos estudantes/professores estão empenhados na temática, os resultados indicam que as regiões sul e sudeste registram um maior número de instituições/universidades com publicações na temática economia solidária. Abstract: Considering that in the last years, the solidarity economy has been treated as an study object in many brazilian universities, the work aims to present a picture of the evolution of publications in this area, in the period from 1998 to 2010. To conduct the study it was carried out a survey at the portal of journals in the Coordination of Improvement of People of Higher Education, using the term "solidarity economy". This database was
PANORAMA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL
2012
O presente estudo busca explanar as principais correntes teóricas dentro da economia solidária, principalmente no Brasil, além de levantar empiricamente por meio de dados secundários, a realidade deste fenômeno em nosso país. Realiza-se um balanço das experiências de economia solidária no Brasil, tentando identificar o seu perfil, suas particularidades e especificidades, já que se trata de uma realidade multifacetada e ainda em processo de delimitação de suas fronteiras.
A ECONOMIA SOLIDÁRIA NA CONCEPÇÃO DE PAUL SINGER
O Presente trabalho faz uma breve análise do livro Introdução à Economia Solidária de Paul Singer. Inicialmente é apresentado o conceito de economia solidária e as bases que regem este modo de produzir, como a autogestão, a solidariedade, a democracia participativa, a propriedade coletiva e a igualdade. Além destes pontos cuidadosamente analisados, elabora-se uma crítica a Paul Singer a partir da convicção do autor em considerar à economia solidária como um novo modo de produção capaz de substituir gradativamente o modo de produção capitalista.
A ECONOMIA SOLIDÁRIA DIANTE DA GRANDE CRISE PANDÊMICA
A economia solidária diante da grande crise pandêmica, 2024
FORTE, Joannes Paulus Silva; SILVA, Luciana Ferreira; BEATRIZ, Marilene Zazula (Orgs.). A economia solidária diante da grande crise pandêmica. Veranópolis-RS: Diálogo Freiriano, 2024. ISNB 978-65-5203-005-4. Sinopse: Nos anos 2020, a pandemia de COVID-19 trouxe muitos desafios às relações humanas estabelecidas no contexto capitalista, levando ao seu questionamento e à busca de formas democráticas de enfrentamento e de superação das desigualdades de classe, de raça, de gênero, dentre outras, que foram ampliadas com o advento do vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da pandemia que se espalhou pelo mundo. No cenário nacional e internacional, a pandemia emergiu como grande crise sanitária, ambiental, econômica e política, diante da qual a economia solidária, como práxis socioeconômica, sinalizou profícuas possibilidades, considerando-se os seus limites, para um redirecionamento do trabalho, da produção, da comercialização, do consumo, do ambiente e das mudanças climáticas, a partir da chave da autogestão. Esta obra coletiva, resultado do III Congresso de Pesquisadores de Economia Solidária (III CONPES), realizado em 2021, trata justamente da economia solidária diante da grande crise pandêmica, abrangendo relatos e análises sobre inclusão, tecnologias e lutas sociais por políticas públicas. O livro conta com uma introdução e mais 16 capítulos, em português e espanhol, oriundos de pesquisas e reflexões de autores/as do Brasil, Argentina e Portugal, dentre os quais estão importantes referências nos estudos sobre trabalho associado, autogestão, cooperativismo e economia solidária.
POLÍTICA DE FOMENTO À ECONOMIA SOLIDÁRIA: AVANÇOS E DESAFIOS NO BRASIL DO SÉC. XXI
International Journal of Development Research Vol. 11, Issue, 04, 2021
A economia solidária vem se destacando nas últimas décadas como uma importante alternativa à economia capitalista.Este segmento traz à linha da frente valores que vão aoencontro ao espírito de competição e individualidade tãopresentes na lógica capitalista, como a fraternidade e a solidariedade. Este estudo tem por objetivo analisar os avanços e desafios da política de fomento à economia solidária desenvolvidas no Brasil, especialmente no período compreendido entre 2003 a 2010.
RESUMO: O estudo de natureza empírico-teórico analisa como projetos sociais de economia criativa e de ações de sustentabilidade solidária, operacionalizados em ambientes culturalmente diferentes, como em países Europeus, se tornam referenciais influentes na implantação de projetos no Brasil. Investigou-se especialmente a origem das conexões parceiras formadas entre as instituições europeias Tamera Biotipe e a Inter kulturelle Frieden Stiftung, em projetos sociais, econômicos e de sustentabilidade, do Instituto Favela da Paz, nos bairros Jardim Ângela e Nakamura na cidade de São Paulo. A base teórica explicativa se apoia nos conceitos de reciprocidade; mimetismo institucional; gestão do conhecimento em redes e capital social. Os recortes teóricos escolhidos se justificam pela sua capacidade em explicar fenômenos de adaptação interculturais, onde existem distinções de contexto, notadamente de recursos humanos e de infraestrutura. A afirmativa orientadora do estudo é que a gestão do conhecimento utiliza recursos miméticos que se complementam com recursos sociais locais, em processos de ajustes. A pesquisa coleta dados de fontes primárias, por meio de entrevistas; e fontes secundárias pela consulta de jornais, revistas e documentos disponíveis nas organizações. O emprego da técnica da análise de conteúdo buscou encontrar convergências e ajustes na gestão da rede local, caracterizando o mimetismo e a adaptação. O trabalho contribui para o conhecimento da gestão de redes locais de economia solidária e para a pesquisa acadêmica, quando se consideram variáveis locais e globais. Palavras-Chave: 1-Redes Interorganizacionais; 2-Economia Solidária; 3-Sustentabilidade. 1-INTRODUÇÃO Em decorrência do período de aceleração histórica em que estamos inseridos na sociedade globalizada, a habilidade ou inabilidade de uma sociedade dominar a tecnologia ou incorporar-se às transformações das sociedades, fazer uso e decidir seu potencial tecnológico, remodela a sociedade em ritmo acelerado e traça a história e o destino social dessas sociedades. Nessa sociedade caracterizada pela informação, estruturada primariamente, a partir de um contexto de aceitação global (CASTELLS, 1999); na qual o desenvolvimento tecnológico reconfigurou o modo de ser, agir, se relacionar e existir dos indivíduos ao constituir elemento da vida econômica, social, cultural e política, dependendo de um suporte tecnológico para se propagar, demonstrando que esse processo se tornou um fenômeno social, instaurado dentro da sociedade empregabilidade (CASTELLS, 1999; NORHIA; ECCLES, 1992). Os aspectos preocupantes desse fenômeno presentes na economia globalizada estão relacionados principalmente as desigualdades, visto que, o sistema capitalista vigente amplia cada vez mais as desigualdades sociais na medida em que, inversamente, potencializa a importância de projetos baseados na economia solidária. Dentre essas desigualdades, segundo dados divulgados em 2016, durante a Terceira Conferência das Nações Unidas (ONU), sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável,
Universidad Pablo Olavide de Sevilla - UPO, 2017
O presente trabalho analisa o surgimento da economía solidária como um movimento internacional de natureza contra hegemônicas fundada no principio da solidariedade e composta por práticas do associativismo, do cooperativismo, do coletivismo, dentre outras. Portanto, desde um perspectiva da teoría crítica, em especial dos direitos humanos, discorre sobre como os elos solidários restaurados na ordem internacional do pós segunda guerra mundial foram sendo derrotados e substituidos por princípios do capitalismo neoliberal ao longo do segunda metade do século XX. Da mesma forma, apresenta como a solidariedade foi fundamento para a constituição de um estado de bem estar social, bem como utilizada para legitimar as propostas de desenvolvimento que buscavam garantir a hegemonía do capitalismo neoliberal no sistema internacional. E por fim, apresenta como o surgimento do recente moviemnto difusor das práticas da economía solidária ganha força não apenas com os excluídos do capitalismo, mas com diversos outros atores do meio acadêmico e da sociedade civil organizada, e como tal prática pode ser capaz de ser capaz de restaurar os elos solidários corroídos pelo capitalismo hegemônico.
ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE À POBREZA NO BRASIL: EMANCIPAÇÃO OU PRECARIZAÇÃO
International Journal of Development Research, 2021
Os indicadores de pobreza e desigualdade no Brasil são nódoas históricas na realidade brasileira. Os quase 400 anos de economia escravagista e a desigualdade da organização fundiária são fatores agravantes, que contribuíram para solidificar a realidade da pobreza no cenário brasileiro. Como consequência,verifica-se a grande massa de desempregados como fato constante no Brasil e o elevado o númerode trabalhos precários. A economia solidária passa a ser encarada como uma importante alternativa à lógica de exclusão ditada pela economia capitalista, com valores diferenciados como a solidariedade, a preocupação com o meio ambiente e o espírito de cooperação.Este segmento vem se destacando mundialmente como uma possibilidade econômica viável. No âmbito deste estudo prosseguimos o objetivo analisar as contribuições da economia solidária para a diminuição da pobreza, identificando os impactos na melhoria da realidade econômica dos associados, em empreendimentos mapeados pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).
A ECONOMIA SOLIDÁRIA E O ESTADO: LIÇÕES A PARTIR DE UM CASO CONCRETO
Revista Direito Mackenzie, 2013
O presente artigo parte de uma experiência concreta – a realização de processo seletivo, exclusivamente voltado a cooperativas e associações organizadas sob os princípios da economia solidária, visando à permissão de uso de espaço público para a instalação de uma “cantina” – para tratar do papel do Estado brasileiro como fomentador de tais tipos de arranjos produtivos e discutir questões jurídicas peculiares aos contratos administrativos voltados ao fomento da economia solidária, a exemplo da possibilidade de contratação com associações e grupos informais. Procura‑se demonstrar, em conclusão, que, diante da vulnerabilidade dos grupos que atuam dentro dos princípios da economia solidária, o Estado ocupa o papel imprescindível de minorar o desequilíbrio da concorrência com empresas organizadas sob as práticas individualistas e agressivas da economia de escala capitalista, inclusive no sentido de incluí‑los, de maneira privilegiada, entre os fornecedores de serviços e bens ao Estado.
ECONOMIA SOLIDÁRIA E TERRITORIALIZAÇÃO: ELEMENTOS CONCEITUAIS DE UM OUTRO DESENVOLVIMENTO1
Discute-se, neste texto, a noção de economia solidária articulada à de territorialização: a primeira, com base em reflexões da lavra de Paul Singer (2000; 2002), Luis Gaiger (2003; 2004), José Hernandéz (2012) e Cançado et al. (2012), entre outros; a segunda, a partir de Claude Raffestin (1993), Rogério Haesbaert (2006), Abramovay e Filho (2004) e Pierre Teisserenc (2010). Em ato contínuo, analisa-se em que medida essa pressuposta dialética se contrapõe ao modo de produção capitalista, portanto, na perspectiva de um outro desenvolvimento (Bocayuva, 2006; Singer, 2000; 2004), ainda que no plano do discurso. Argumenta-se, muito sumariamente, acerca do lugar e/ou da condição que a economia solidária tem ocupado no contexto brasileiro. Por fim, salienta-se que a economia solidária tem potencial orgânico para se constituir em um novo modo de produção (desde que ocorram reformulações no campo econômico tanto quanto nos aparelhos do Estado), contudo, sua trajetória tem sido marcada por limites que obstaculizam e/ou estrangulam sua consolidação.