Etnogêneses indígenas (original) (raw)
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Arquivos do CMD, 2020
Ressalta-se que esta pesquisa é de grande contribuição para os estudos nessa temática. Essa obra teve como objetivo discutir a relação da identidade com a territorialidade, na comunidade de remanescentes de quilombos Kalunga localizada no nordeste de Goiás. Trata de um estudo de caso em quatro povoados da região (Curriola, Maiadinha e Taboca localizados no Vão 1 do Moleque). A comunidade Kalunga estudada pode ser distribuída em quatro agrupamentos: Ribeirão dos Bois, Vão de Almas, Vão do Moleque e Engenho II, nos municípios de Monte Alegre, Teresina de Goiás e Cavalcante. Recentemente, um grupo de Arraias e Paranã, no Tocantins passou a reivindicar a identidade étnica Kalunga para se autonomearem, são conhecidos como Kalunga do Mimoso. Em 2017, saiu a certificação dessa comunidade do estado vizinho. Em seus relatos iniciais enfatiza alguns problemas iniciais percebidos em sua pesquisa durante suas visitações nos festejos da região e relata alguns dos recorrentes problemas para a comunidade.
Ementa: A disciplina visa trabalhar as etnografias sobre populações indígenas, enfocando organização social e parentesco, cosmologias, rituais e inter-relações com sociedades nacionais.
A Etnociência das Terras Pretas de Índio
Resumo Esse capítulo enfoca o conhecimento dos diversos grupos locais sobre a terra preta na Amazônia, em particular, a Terra Preta de Índio (TPI), sua origem, pedologia, ecologia e dinâmica de produção, e a relação entre esse conhecimento e as práticas existentes de manejo. Apesar da pouca pesquisa etnocientífica feita até hoje, a informação disponível contribui muito para as discussões atuais sobre a formação, o valor cultural e econômico, e outros fatores que influenciam o potencial dessas terras antrópicas quando submetidas a usos intensivos a longo prazo. As contradições entre as diversas fontes de informação (grupos étnicos, disciplinas) e a contribuição de novas linhas de pesquisa etnocientífica para resolvê-las são também discutidas aqui. 1. INTRODUÇÃO Esse capítulo enfatiza os conhecimentos indígenas e caboclos sobre a pedologia, ecologia e dinâmica de produção da Terra Preta de Índio (TPI) e a relação entre esses conhecimentos e as práticas de manejo. Apesar de que pouca pesquisa tem sido feita sobre a etnoecologia da TPI, a informação disponível contribui para os debates atuais sobre a formação, o valor cultural e econômico, e os fatores que influenciam o potencial produtivo dessas terras a longo prazo. O conhecimento pedológico local complementa o conhecimento científico, permitindo uma visão mais robusta e integrada do mundo natural. No entanto, as semelhanças entre esses connhecimentos são muitas. Sabe-se, por exemplo, que cada uma delas se origina no conhecimento local e se estrutura a partir de motivos tanto intelectuais como utilitários (Atran, 1990; Hunn, 1982; Lévi-Strauss, 1966). Na pedologia tropical em particular, as percepções e as categorias tradicionais podem exceder aquelas da ciência Ocidental. Apesar dessas semelhanças, o conhecimento tradicional dá maior ênfase ao conhecimento localizado (não o geral), utiliza diferentes meios de percepção (olfato, tato, sabor) (DeWalt, 1994), e segue valores específicos que motivam a indagações de uso. Por um lado, pesquisadores amazônicos interessados no fenômeno da TPI podem se interessar por padrões de variabilidade pedológica ao nível da Bacia, utilizar técnicas analíticas complexas na avaliaçao da qualidade do solo, e ainda em maximizar a capacidade produtiva dos solos ácidos de terra firme com o mínimo de impacto ecológico. Por outro lado, os agricultores locais podem se querer maximizar sua compreensão dos solos da vizinhança imediata (aos quais eles têm accesso), confiar na visão, tato, olfato, história contada e indicadores botânicos para uma avaliação da qualidade desses solos a fim de otimizar o rendimento de culturas específicas e minimizar o gasto dos recursos limitados (mão-de-obra, nutrientes, capital). Os Kayapó, por exemplo, utilizam categorias de classificação que excedem as categorias científicas e cujos critérios raramente fazem parte de classificações científicas. Assim, a fauna (cupins, formigas, tatu) pode ser utilizada para qualificar o solo e suas características ligadas a processos ecológicos localizados que expressam suas diferenças. Portanto, o conhecimento local de solo está intimamente ligado a valores e recursos locais, a sistemas de produção sumamente integrados, e ao contexto social onde está inserido. O conhecimento etnocientífico também representa um valioso recurso para compreender de forma qualitativa a ecologia da TPI (a sucessão, a reciclagem de nutrientes, etc.) e o comportamento do solo sob diversas práticas de manejo. Finalmente, a pesquisa
Diversidade linguística indígena
LIAMES: Línguas Indígenas Americanas
Em esta publicação, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) descreve os resultados obtidos no I Encontro Internacional sobre Diversidade Linguística (I EIDLI), realizado no âmbito do II Congresso Internacional sobre Revitalização de Línguas Indígenas e Minoritárias (II CIRLIN), realizado na Universidade de Brasília, entre os dias 1 e 4 de outubro de 2019. O I EIDLI contou com a participação de indígenas do Brasil, México, Guatemala, Peru e Chile.
portal.esporte.gov.br
apResentaçÃo Este livro, que temos a grande satisfação de apresentar, é um dos resultados da 1ª Edição do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social. Prêmio lançado em 2008 pelo Ministério do Esporte com o objetivo de incentivar, apoiar e valorizar produções científicas, tecnológicas e pedagógicas que apresentem contribuições e subsídios para a qualificação e inovação de políticas públicas de esporte e lazer de inclusão social por meio de seleção, premiação e difusão de trabalhos; e contribuir com o reconhecimento da participação deste ministério, na agenda da Ciência e Tecnologia Brasileira.
LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, 2021
Esta publicação é uma resenha do livro de Luciana Storto: Línguas indígenas: Tradição, universais e diversidade. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2019. 196 pp. ISBN 978-85-7591-543-1. R$ 34,30. https://www.mercado-de-letras.com.br/livro-mway.php?codid=616
As políticas públicas voltadas às comunidades remanescentes de Quilombos não respondem inteiramente às suas necessidades. Apresenta-se aqui parte de uma pesquisa etnográfica, cujo principal objetivo é investigar como os saberes e as práticas tradicionais, relacionados à saúde e à doença, de uma comunidade quilombola interagem com a (pós) modernidade. A análise das informações ancora-se na teoria das representações sociais (perspectivas socioculturais e dialógicas) e nos estudos sobre a 'saúde da população negra'. A comunidade enfocada nesse estudo vivenciou experiências negativas com profissionais da saúde pesquisadores, o que impactou diretamente o nosso estudo. Para estabelecer um bom rapport e relacionamentos dialógicos, tivemos que (re) pensar nosso papel enquanto psicólogos sociais, nossos preconceitos e representações sociais. Somente a partir disso nos tornamos capazes de nos familiarizar com a comunidade e compreender suas práticas. Conclui-se que a pesquisa etnográfica, assim como seus múltiplos atravessamentos, representa um desafio à psicologia social. Palavras-chave: Psicologia social; representações sociais; comunidades Quilombolas; etnografia.