SWISSLEAKS: A PONTA DO ICEBERG DAS CRIMINOSAS FINANÇAS INTERNACIONAIS (original) (raw)
2015 foi um ano de grandes escândalos de corrupção, nacionais e internacionais. Alguns deles, como o da Petrobrás e da FIFA, ainda rendem manchetes até agora. Mas, o que foi talvez o de maior alcance, ao revelar a dimensão e as pistas para a imensa estrutura criminosa da banca internacional, praticamente caiu no esquecimento midiático em poucos meses. A revelação sobre as contas secretas do ramo suíço do HBSC, feita no início do ano por um grupo internacional de jornalistas investigativos, ameaçava levantar o véu sobre a podridão altamente organizada das finanças mundiais, mas, como eu coloquei nesse artigo que publiquei em março (aqui: http://www.diarioliberdade.org/brasil/batalha-de-ideias/54643-porque-sou-a-favor-de-destruir-bancos-em-protestos.html, por exemplo), já se percebia claramente àquela altura uma grande conspiração de silêncio sobre o caso, e "Em parte, a omissão dos grandes jornais pode ser atribuída às ameaças do próprio HSBC, primeiro ou segundo maior banco do mundo, portanto grande fornecedor de publicidade e receita para a mídia mundial, particularmente a especializada. Um pouco dessas ameaças foi admitida pela BBC e o The Guardian, e o comentarista chefe do Daily Telegraph, Peter Oborne, pediu demissão devido ao jornal ter cedido a elas. Mas, não há dúvidas, o silêncio relativo da mídia e a omissão escandalosa dos governos deve-se às possíveis conseqüências (políticas, econômicas e outras) que uma investigação a fundo das ramificações do caso poderiam trazer."