Devires da crítica (original) (raw)

Crise da crítica

Diante da enorme presença dos diagnósticos contemporâneos sobre o fim da arte e a respeito de uma falência da crítica, procuramos nos interrogar sobre esta questão, traçando uma analogia entre o momento que vive a crítica literária brasileira e a poesia contemporânea em paralelo com a situação da crítica francesa estruturalista e da crítica francesa contemporânea. Procuramos demonstrar que o estado atual de crise que vive o Brasil é análogo ao que ocorre na França, e esta crise tem uma origem comum: o romantismo. Este artigo termina com uma demonstração de como a poesia de Mallarmé pode fornecer um modelo de crítica que nos permitiria sair deste estado de crise. PS: O texto foi escrito em 2009.

A crise da crítica

Letras de Hoje, 2016

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Os tempos da crítica

Antonio Candido, Affonso Romano de Sant’Anna, Roberto Schwarz e, talvez, Haroldo de Campos, na polêmica de "O Cortiço". Polêmica em torno de métodos de análise de romances, sendo que Sant’Anna introduz o método estruturalista e Candido discute o problema da filiação dos textos literários e a fidelidade a contextos históricos e ideológicos. Para Schwarz, Candido é o criador de um método crítico que leva vantagem sobre os estruturalista e formalista, visto que procura ligar a obra a seu tempo e espaço. Em coautoria com Nancy Lopes Yung.

Partilhas no ambiente da crítica

PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais

Procede-se, neste artigo, a uma análise, em suas dimensões conceitual e histórico-prática, do conceito de crítica desdobrado em três tipos: crítica de legitimação, de empatia e de intervenção. São considerados, ainda, o papel do artista contemporâneo como crítico, as especificidades da linguagem crítica e os ajustes de categorias de julgamento exigidos pela arte contemporânea.

O trabalho da crítica

Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

Este artigo pretende examinar, através da leitura de ensaios-chave de Roberto Schwarz, o poder de elucidação da crítica cultural.

Do lugar da crítica

No dizer de Giúlio Cario Argan, «as obras artísticas foram sempre objecto de juízos de valor e consideradas componentes de um património cultural que exigia atenções particulares da sociedade e dos seus órgãos representativos», tendo-se desenvolvido em seu redor, desde a Antiguidade clássica, «uma vasta literatura de carácter diversificado: cronístico ou memorialístico, teórico e preceituai, histórico-biográfico, erudito e filológico, interpretativo ou de comentário» 1 . Mas foi apenas com o Renascimento que o lugar da crítica, enquanto espaço concedido a um corpo social de especialistas na produção discursiva sobre arte, veio encontrar as suas protocondições de possibilidade de emergência histórica, nomeadamente junto do processo de legitimação da prática artística como prática intelectualmente informada e já não apenas como prática artesanal.

A equivocidade da crítica

Rapsódia , 2017

Resumo: Tendo em vista o cenário conturbado da crítica de arte desde o estabelecimento da necessidade do juízo por Kant, pretendo me apropriar do conceito de equivocidade da Antropologia para propor uma aproximação da obra de arte que não tenha como base o modelo representativo. Isso será realizado por meio da associação estabelecida por Viveiros de Castro do pensamento da diferença e do devir, de Gilles Deleuze e Félix Gattari, com o pensamento ameríndio elaborado no livro “Metafísicas Canibais”. O princípio da equivocidade permite pensar a experiência estética a partir da pressuposição do erro enquanto fundamento da relação - o que dissolve os argumentos dualistas da relação sujeito-objeto que permeiam a discussão - e abre espaço para reconfiguração do fazer da crítica de arte. Palavras-chave: crítica de arte, crise, metafísica. The Equivocity of Criticism Abstract: In view of the turbulent picture of art criticism since the establishment of Kant’s necessity for judgment, I intend to appropriate the concept of equivocality from Anthropology to propose an approximation of the work of art that is not based on representative model. This will be accomplished through the association established by Viveiros de Castro of Gilles Deleuze and Félix Gattari’s concepts of difference and becoming, with the Amerindian thought elaborated in the book “Cannibal Metaphysics”. The principle of equivocity allows us to think of aesthetic experience from the presupposition of error as the foundation of the relationship, which dissolves the dualist arguments of the relation between subject/object that permeate the discussion and opens space for reconfigure the process of making art criticism. Key-words: art criticism, crisis, metaphysics

Das tragédias à crítica

2020

The present essay intents approach certain specificities of the intellectual engagement in face of life. Therefore, it is initially organized from a reading of The spirit of science fiction, of Roberto Bolano, and, in sequence, it interpellates how these specificities present themselves in the film that Pier Paolo Pasolini makes from the Oresteia, of Aeschylus. It analysis the question of the tragedy both from Nietzsche and the manners in which Pasolini unfolds the problems he reads in the opera of Aeschylus in his ways of looking at his time. Lastly, it proposes a reading of how this pasolinian procedure, in addition to indicates a mode of intellectual engagement, it loads a potentiality of questioning the operation – and the collapse – of the representative contemporary politics.