ZORZANELLI, R. T. ; VERZTMAN, Julio . O pavor do rubor: a emergência da timidez na medicina mental francesa do século XIX. In: HERZOG, R.;PACHECO-FERREIRA,F;PINHEIRO, T.;VERZTMAN, J.. (Org.). Sofrimentos Narcísicos. Sofrimentos Narcísicos. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2012, v. , p. 01-15. (original) (raw)
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A presente tradução inglesa é uma versão modificada da publicação em 1935. Como Freud explica em seu Pós-Escrito,ver em ([1]), a tradução inglesa dessa obra, quando publicada pela primeira vez nos Estados Unidos. em 1927, foi incluída no mesmo volume que seu exame da 'análise leiga'; mas o Estudo Autobiográfico não foi mencionado nem na página de rosto nem na capa externa do livro. Quando, oito anos depois, um novo editor norte-americano se encarregou da obra, sugeriu a Freud que ela devia ser revista e atualizada. Assim o novo material apareceu em inglês antes de sua publicação em alemão. O Volume XI dos Gesammelte Schriften, publicado em 1928, naturalmente só traz o texto da primeira edição. O Volume XIV das Gesammelte Werke, publicado em 1948, apresenta uma reprodução fotográfica daquela versão, juntamente com as novas notas de rodapé que foram acrescentadas à segunda edição. Infelizmente, contudo, desprezou-se o fato de que considerável número de modificações e acréscimos tinham sido feitos no verdadeiro texto da obra. Estes, conseqüentemente, não foram incluídos nas Gesammelte Werke, embora naturalmente sejam encontrados nas edições do livro lançadas separadamente (1936 e 1946). Essas omissões são observadas na tradução inglesa que se segue. Soubemos por Ernest Jones (1957, 123) que a obra principal foi escrita em agosto e setembro de 1924, havendo na realidade surgido em fevereiro de 1925; o Pós-Escrito foi concluído por volta de maio de 1935. Esta obra é geralmente, e de maneira bastante desorientadora, mencionada como 'Autobiografia' de Freud. O título da série para a qual originalmente constitui contribuição-Die Medizin der Gegenwart in selbstdarstellungen (que poderia ser traduzido por 'Medicina Contemporânea em Auto-Retratos')-revela com bastante clareza que o objetivo de seus
A timidez sob o olhar da Psicologia
2009
A timidez é um fenômeno bastante comum e, nem sempre, causador de grandes inconvenientes ou problemas – por vezes é até uma forma de proteção e um necessário timing pessoal para se adaptar a uma situação, ambiente ou pessoa nova. Porém, quando esta timidez alcança níveis tais, nos quais a pessoa evita e se esquiva de trocas sociais, isto pode evoluir para um quadro de retração social grave, fazendo com que a pessoa perca oportunidades tanto no campo relacional quanto no profissional e cultural. Muitas vezes o indivíduo chega até a apresentar fenômenos físicos (somatizações) desta retração quando, no momento do contato com outras pessoas, ou numa situação social simples, começa a sentir-se muito ansioso, nervoso, sente calores ou frios pelo corpo, começa a suar muito, tem palpitações, gagueja ou perde momentaneamente a fala, tem dores musculares, sensações de mal estar generalizado, entre outros. Quando a timidez chega a um ponto aonde o indivíduo apresenta tais fenômenos de sofrimento e começa a isolar-se cada vez mais de eventos e situações de troca relacional ou exposição social, um tratamento psicoterapêutico e, por vezes, psiquiátrico é mais do que indicado. Reportagem sobre a temática da timidez foi publicada no Uol Ciência e Saúde no dia 28/11/2009 – elaborada pelo Jornalista Chris Bueno. Realizada com Psicólogo Rene Schubert ao início de novembro 2009.
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2013
A partir de um caso clínico emerge a seguinte questão: a fobia deve ser considerada uma entidade clínica ou uma figura clínica a se presentificar em contextos diversos? O presente artigo investiga o item nas obras de Freud, Lacan e de dois autores da atualidade: Ricardo Diaz Romero e Charles Melman, que reacendem o debate em torno do tema. A psicanálise, como constructo teórico que surge a partir da escuta clínica de Freud, somente mantém seu sentido no que continua a nos possibilitar tratar o real da clínica pelo simbólico. Neste sentido é que, efetuado um percurso teórico, retornamos, ao final do artigo, à experiência clínica.
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em conflito com o que acabei de dizer. Pois, em todas as passagens em que Freud se torna difícil ou obscuro, é necessário aproximar-se mais de uma tradução literal, sacrificando a elegância estilística. Também por idêntico motivo é necessário absorver por inteiro, na tradução, uma série de termos técnicos, expressões estereotipadas e neologismos que, com a maior boa vontade deste mundo, não podem ser considerados "ingleses". Há também a dificuldade especial-que emerge, por exemplo, em A Interpretação dos Sonhos, A Psicopatologia da Vida Cotidiana e no livro sobre os chistes-do aparecimento de material que envolveaspectos verbais intraduzíveis. Aqui, não dispusemos da alternativa fácil de eliminar ou substituir por algum material equivalente em língua inglesa. Tivemos que nos socorrer de colchetes e notas de rodapé, pois nos prende o compromisso da regra fundamental: Freud, Freud, e nada mais do que Freud. No que diz respeito ao vocabulário técnico, adotei, em geral, os termos sugeridos em A New German-English Psycho-Analytical Vocabulary, de Alix Strachey (1943), que, por sua vez, baseou-se nas sugestões de um "Glossary Committee" instituído por Ernest Jones vinte anos antes. Somente em alguns casos divergi dessas autoridades. Determinadas palavras que levantam controvérsias são discutidas em uma nota à parte, mais adiante (em [1]). Na medida do possível, procurei ater-me à regra geral de traduzir invariavelmente um termo técnico alemão pelo mesmo termo inglês. Assim, "Unlust" é sempre traduzido por "unpleasure" ("desprazer") e "Schmerz" é sempre traduzido por "pain" ("dor"). Contudo, deve-se observar que essa regra é passível de conduzir a equívocos. Por exemplo, o fato de "psychisch" ser habitualmente traduzido por "psychical" ("psíquico") e "seelisch" por "mental" ("mental") pode levar à idéia de que essas palavras possuam significados diferentes, quando penso que são sinônimas. A regra da tradução uniforme, porém, foi levada mais adiante e estendida a expressões e, a rigor, passagens inteiras. Quando, como tantas vezes acontece, Freud apresenta a mesma argumentação ou conta o mesmo episódio em mais de uma ocasião (às vezes com grandes intervalos de tempo), procurei acompanhá-lo e usar quando ele as usa, palavras idênticas; quando ele as modifica, procurei fazer o mesmo. Alguns pontos não destituídos de interesse são assim preservados na tradução. Tenho a obrigação de dizer explicitamente, aqui, que todos os acréscimos ao texto, por menores que sejam, e todas as notas de rodapé adicionais estão indicados por colchetes. (6) AGRADECIMENTOS 9 Antes de mais nada, é necessário expressar reconhecimento ao apoio extremamente generoso prestado ao empreendimento, nos seus primórdios, pelos membros da Associação Americana de Psicanálise (à qual me orgulho de pertencer, atualmente, como membro honorário), por iniciativa, em especial, do Dr. John Murray, de Boston, com apoio do Dr. W. C. Menninger, àquela época presidente da Associação. Todas as tentativas feitas anteriormente para levantar o capital necessário tinham falhado, e todo o projeto teria sido abandonado, não fosse a magnífica atitude da América ao subscrever, adiantado, mais ou menos quinhentas coleções da edição proposta. A soma foi subscrita como um ato de pura e até imoderada confiança, numa época em que não havia provas concretas de uma coisa chamada Standard Edition e os resignados subscritores foram obrigados a esperar quatro ou cinco anos para que os primeiros volumes lhes fossem remetidos. Dessa época em diante, o apoio americano foi constante e chegou até mim oriundo de muitas fontes. Ao longo dos anos, mantive constantes contatos com o Dr. K. R. Eissler, que colocou à minha disposição todos os recursos dos Arquivos Sigmund Freud, além de me proporcionar o mais amistoso incentivo pessoal. Ainda por intermédio dele, tive acesso ao valioso material guardado na biblioteca do Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova Iorque. Naturalmente, estive em débito constante para com o Dr. Alexander Grinstein e seu Index of Psychoanalytic Writings. Ainda no âmbito da ajuda que obtive da América, devo mencionar dois homens de regiões separadas por uma grande distância; cada um deles, por longo tempo, deu seu apoio ao sonho de ter um Freud completo em inglês, mas nenhum dos dois viveu o bastante para ver esse sonho realizado: Otto Fenichel e Ernst Kris. Aproximando-me mais de casa, meu principal apoio veio, naturalmente, do Instituto de Psicanálise e, em particular, do seu Comitê de Publicações, que, sob a direção de diferentes nomes, me apoiou resolutamente desde o primeiro momento, a despeito inclusive do que, muitas vezes devem terse afigurado exigências financeiras exorbitantes. Parece uma impropriedade mencionar nomes individualmente, mas devo recordar, mais uma vez, minha volumosa e instrutiva correspondência com Ernest Jones. Tenho especiais motivos para ser grato à Dra. Sylvia Payne, que durante longo tempo ocupou a presidência do Comitê de Publicações. Passando à germinação real da Standard Edition, é desnecessário dizer que meus primeiros agradecimentos cabem à colaboradora e aos auxiliares cujos nomes são vistos na página de rosto de cada volume: Srta. Anna Freud, minha esposa e o Dr. Alan Tyson. A Srta. Freud, sobretudo, revelou-se incansável ao dedicar suas preciosas horas de lazer à leitura de toda a tradução e ao contribuir com inestimáveis críticas. O nome da Srta. Angela Richards (atualmente Sra. Angela Harris) também aparece 10 na página de rosto do presente volume. Nesses últimos anos, ela foi, de fato, minha auxiliar principal, e se incumbiu de grande parte do aspecto editorial de meu trabalho. Também devo gratidão à Srta. Ralph Partridge, que preparou a maior partedos índices de cada volume, e às Sras. Ambrose Price e D. H. O'Brien, que, em trabalho conjunto, datilografaram todo o material da edição. As dificuldades nos preparativos iniciais desta edição foram exacerbadas pelas complicações decorrentes do fato de Freud haver lidado de modo totalmente não-pragmático com os direitos autorais de suas traduções. Esses problemas, especialmente os referentes aos direitos autorais americanos, só foram solucionados mediante a decisiva intervenção do Sr. Ernst Freud por um período de vários meses. O lado inglês dessa questão foi manipulado por The Hogarth Press e, em especial, pelo Sr. Leonard Woolf. O Sr. Woolf, que vem publicando as traduções inglesas de Freud há uns quarenta anos, participou ativamente da evolução desta edição. Sinto que minha gratidão especial, e até um tanto mesclada de culpa, se deve aos editores e impressores, por sua tolerância em atenderem às minhas exigências. Cabe-me acrescentar que, embora tenha recebido conselho de muitas pessoas que me auxiliaram, e tenha-me beneficiado muito desses conselhos em todos os pontos da tradução ou dos comentários, a decisão final, em última análise, só poderia ser minha; portanto, é apenas sobre mim que repousa toda a responsabilidade pelos erros que o tempo, certamente, há de revelar em abundância. Por fim, eu tomaria a liberdade de expressar um reconhecimento mais pessoal: minha dívida de gratidão para com a companheira que há tantos anos tem participado do meu trabalho como tradutor. Já faz hoje quase meio século desde que, juntos, passamos dois anos em Viena, em análise com Freud, e desde que, decorridas apenas algumas semanas de análise, ele, de repente, nos instruiu a fazer uma tradução de um trabalho que escrevera havia pouco tempo-"Ein Kind wird geschlagen"-, tradução que agora faz parte, aqui, do Volume XVII. No presente empreendimento, ela me prestou ajuda constante, por sua imparcialidade tanto na aprovação como na crítica, e ela pôde ajudar-me a atravessar alguns períodos de dificuldade física, quando parecia absurdo imaginar que um dia a Standard Edition pudesse ser concluída.