Caldo Fino – Crônicas Sobre o Cotidiano no Amapá (original) (raw)

As Narrativas Dos Moradores Do Quilombo Do América Na Amazônia Bragantina

REVISTA CIÊNCIAS DA SOCIEDADE, 2020

Essa pesquisa visa analisar as narrativas do moradores, identificandoos aspectos identitários e culturais do Quilombo do América, situado na RegiãoNordeste do Estado do Pará, na Amazônia Bragantina, na cidade de Bragança.O Objetivo é de identificar os traços identitários e culturais presentes nos discursosdos moradores do Quilombo do América. A Metodologia desenvolvidaserá de cunho historiográfico, trabalhando os conceitos apresentados e dialogandocom os resultados da entrevista realizada com os moradores. Resultadospreliminares indicam uma relação de pertencimento entre os moradores, em relaçãoao quilombo, apresentam também as relações de trabalho desenvolvidase os traços culturais e religiosos presentes nas narrativas dos moradores do quilombo.Portanto, conclui-se identificando a necessidade de ampliar os estudossobre a temática, porém dados iniciais apontam as características culturais eidentitárias dos moradores do Quilombo do América/PA.

O Cotidiano visto através das Notícias e Crônicas

Cadernos do Aplicação, 2012

O presente relato de experiência apresenta a prática pedagógica desenvolvida em estágio de Língua Portuguesa, utilizando os gêneros discursivos notícias e crônicas como motivadores tanto da leitura como da escrita. A escolha desses gêneros se deve aos seguintes aspectos: são textos curtos, por isso de fácil manuseio em aula, podem ser encontrados em jornais e revistas, assim, sendo de fácil acesso aos alunos, e, ainda, abordam assuntos do cotidiano, possibilitando que os alunos identifiquem-se com o texto e queiram interpretá-lo e refletir sobre sua realidade. Na prática, percebemos que os alunos sentiram-se estimulados a ler, interpretar e escrever textos nesses dois gêneros, o que possibilitou também a reflexão sobre a realidade que vivem, o cotidiano do jovem, seus desafios e suas impressões sobre o mundo e as relações humanas.

A experiência dos Kotiria no noroeste amazônico

Cadernos de Linguística

Ao longo dos últimos vinte anos, duas associações indígenas do povo Kotiria (Wanano), da região do Alto Rio Negro, AM, vêm lutando pelo fortalecimento e manutenção de sua língua e cultura. A Associação da Escola Indígena Khumuno Wʉ’ʉ Kotiria (ASEKK), sediada na comunidade de Caruru-Cachoeira, promove atividades junto a cinco comunidades tradicionais na TI Alto Rio Negro, enquanto a Associação do Povo Kotiria (APOK) atua na cidade de São Gabriel da Cachoeira, AM, sede do município “mais indígena do Brasil”. Relatamos um pouco da história do protagonismo dessas organizações: suas preocupações, ações, desafios e conquistas, bem como das parcerias desenvolvidas na luta pelo reconhecimento e fortalecimento de seu patrimônio linguístico e identidade cultural.

“Se eu não fizer o bem, o mal não faço!”: o sagrado afroindígena vivenciado pelas benzedeiras do quilombo do Cria-ú no Estado do Amapá

REVER - Revista de Estudos da Religião, 2020

O artigo tem por objetivo investigar como estão configuradas as práticas religiosas de matriz afroindígena no quilombo do Cria-ú, analisando as cosmovisões religiosas e as práticas de cura realizadas por meio das rezas, benzeções e uso de plantas medicinais realizadas pelas atuais benzedeiras da comunidade. Para coleta de dados, foram utilizados os recursos da observação participante, a entrevistas semiestruturadas e a análise descritiva dos dados encontrados em campo. Como resultado deste estudo, temos o (re)conhecimento das benzedeiras como legítimas herdeiras das tradições religiosas afroindígenas da Amazônia, pois, por meio dos seus saberes tradicionais, estas mulheres negras e quilombolas perpetuam as memórias, relações, interações e redes de sociabilidades tecidas entre africanos e indígenas no território amazônico.

Apontamentos O Cotidiano e a Historia

Para Marx, Casualidade e Finalidade necessariamente se relacionam. Isso funciona em sociedade, pois em natureza não há necessidade de finalidade, existe a mera casualidade.

Cotidiano e as Narrativas

Afro-Ásia

Neste artigo mapeamos as práticas cotidianas realizadas no/pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) que produzem e articulam um conjunto de conhecimentos, narrativas e arquivos contra-hegemônicos. Nosso argumento principal consiste no entendimento de que o IPN empreende uma reparação e reescrita da memória afrodiaspórica, conforme suas práticas se dão em movimentos transversais da existência negra como uma forma de pluralizar abordagens históricas e de promover a descolonização do conhecimento. Para conduzir a análise, consideramos, como estratégia teórico-metodológica, a teoria como um verbo e a análise de linhas transversais com ênfase nas práticas de politização do internacional. Constatamos três grupos de práticas cotidianas mobilizadas pelo IPN, revisão de arquivos, sensibilização e contrageografias, as quais emergem transversalmente em um processo de constante resgate e narração de memórias afrodiaspóricas que desorganizam, descentralizam e complexificam as conc...

O Cotidiano Macabro

Revista de Estudos de Cultura

Este trabalho se propõe a analisar a composição do terror no conto “El chico sucio” (2016), de Mariana Enríquez. Partindo da ideia de que essa narrativa da autora argentina traz em sua estrutura procedimentos narrativos do gótico-terror-horror atrelados ao político-social, buscaremos refletir sobre como a conjunção miséria, violência e crenças populares contribui para a instauração de uma atmosfera inquietante de violência-terror-horror, desencadeando na protagonista uma pluralidade de medos que a leva ao limite. Para tanto, contamos com o apoio teórico de estudiosos como, por exemplo, Pampa Arán, Aparecido Donizete Rossi, Werner Mackenbach, Alexandra Ortiz Wallner e Karl Schøllhammer. Almejamos, com isso, iluminar perspectivas interpretativas sobre a mencionada obra de Mariana Enríquez.Palavras-chave: Terror. Horror. Violência. Medo. Insólito.

Fogo No Quilombo: Aceiro De Resistência No Cotidiano De Mata Cavalo

2020

A pratica do aceiro esta presente ha mais de um seculo, na historia de lutas, no cotidiano da Comunidade Quilombola Mata Cavalo. Trata-se, de um lado de evocar o termo aceiro, considerando as diversas formas que a Comunidade encontra na pratica de limpezas entre uma area e outra da vegetacao, para que esta esteja protegida do fogo. De outro lado, de metaforizar o termo, para tentar entender as diversas formas com que a Comunidade se organiza para se proteger do “fogo armado” e comunicar as injusticas ambientais. Trataremos do “aceiro historico”, como uma introducao historica; do “aceiro encantado” e do “aceiro imaginario”, para tentar revelar as catastrofes e reivindicar justica ambiental. O fogo fenomenologico esta presente na “Cartografia do Imaginario”, onde, “na combustao da chama” encontre na resistencia quilombola, “a mudanca desejada, o processo de busca, de desenvolvimento e de engajamento”, na construcao dos aceiros de resistencias politicas do quilombo.