Geopolítica como Ação Racional com Relação a Meios e Fins; Nacionalismo como Relação Afetiva (original) (raw)
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Geralmente os estudos sobre a formação da geopolítica brasileira se concentram nos itens tradicionais da matéria, territorialidade, espaço, recursos econômicos e poder militar. A intenção deste ensaio é analisar até que ponto não seria crível apontar a existência de fatores culturais que também contribuíram para a confecção do moderno pensamento geopolítico nacional, sobretudo nos primeiros anos do século XX.
Geopolítica, Meio Ambiente e Organizaçoes Nao-Governamentis
Poligonos Revista De Geografia, 1999
Neste artigo, que tem por título geopolítica, meio ambiente e organizações não-governamentais, a questão central que interessa-me abordar é a relação existente da geopolítica com esses dois elementos/entidades. No decorrer deste trabalho, mencionarei três exemplos das relações entre geopolítica e meio ambiente: um referente à questão costa-riquenha (1990), outro ao Santuário Ecológico do Parque Pumalín, no Chile (1996) e finalmente o terceiro exemplo referente aos testes nucleares da França no Atol de Mururoa (1995-1996) e as organizações não-governamentais. 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS.
A Geopolítica Brasileira: um caso de "Destino Manifesto"?
Introdução Em 1 o de dezembro de 1823 o presidente dos Estados Unidos, James Monroe, em sua mensagem anual ao Congresso, assentou os alicerces da política externa do país durante o seu Governo. Disse ele na ocasião que a Am¤ rica e a Europa pertenciam a duas esferas políticas distintas e que quatro pontos deveriam ser respeitados no relacionamento entre os dois continentes. Esses pontos eram os seguintes: a) Os Estados Unidos não interfeririam em assuntos internos ou guerras travadas por países europeus; b) Os Estados Unidos reconheceriam o status quo das colônias europ¤ ias então estabelecidas no continente americano; c) Os Estados Unidos não permitiriam a recolonizaç ão de territórios independentes situados no continente americano; d) Os Estados Unidos considerariam como ato hostil qualquer tentativa europ¤ ia de controlar naç £ es independentes no continente americano. O pronunciamento de Monroe refletia a preocupaç ão do Governo dos Estados Unidos em relaç ão à possibilidade da Espanha tentar uma recolonizaç ão de suas ex-colônias rec¤ mindependentes. Como os Estados Unidos de então não eram uma potência e não tinham sequer definido suas fronteiras, o pronunciamento não alcanç ou grande repercussão internacional por várias d¤ cadas, chegando, mesmo, a ser largamente ignorado.
Ameríndia: Notas Geofilosóficas para Modos Minoritários de Pensamento
Por entre sangue, pus e suor : nas tessituras de uma psicologia encarnada, 2024
Book Chapter for: Por entre sangue, pus e suor : nas tessituras de uma psicologia encarnada / Organizadores: Esmael Alves de Oliveira, Conrado Neves Sathler. – 1.ed. – São Paulo : Editora Devires, 2024.
Geopolítica Da Colonialidade e Identidade Negra
2021
This study aims to analyze geopolitics from the perspective of capitalist world-system theory and decolonial and postcolonialism theories. It highlights the links between the system and the hegemony of different forms of oppression and racism in the global world. The object of the research falls in the analysis of the reemergence of the supremacist extremisms and the suppression of the human rights of the indigenous groups and of African origin. The research aims to outline the correlation between capitalism and racism to understand the inequalities between the North and the Global South. It proves the epistemological and ontological domination, as well as the violence and discrimination that sustain the system. Finally, it welcomes the emancipatory and identity struggle, in favor of redistribution and social justice based on ethnic-racial identities, gender and sexuality.
A NARRATIVA RACIAL NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO: NOTAS PARA UM DEBATE
2021
RESUMO: O presente estudo é um esforço na tentativa de circunscrever o debate das relações raciais no interior da ciência geográfica. Produzimos nesse trabalho um diálogo com as principais referências da epistemologia da Geografia. Como forma de operacionalização, nossa análise buscou contemplar um vasto recorte temporal que perpassa desde o conhecimento geográfico elaborado no contexto da Antiguidade Clássica até a Geografia Tradicional e seus principais expoentes na Europa (Humboldt, Ritter, Ratzel e La Blache) e no Brasil (Aroldo de Azevedo e Delgado de Carvalho).
Notas sobre a territorialidade e a biopolítica desde o Sul
E nossas histórias não têm fim: Decolonialidade, temporalidades e territorialidades, 2023
Para começar este livro, primeiramente pedimos licença, gesto que aprendemos com José Bonifácio da Luz, o mestre Bengala, na abertura do V Colóquio Discente Diálogos e Convergências: "Assim os dias passaram, e esta estória não tem fim", do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG (PPGCOM UFMG). Através de um canto de deferência para iniciar seus trabalhos no evento, mestre Bengala nos ensinou a demonstrar respeito com o espaço que adentramos, as pessoas com quem dialogamos e as formas de conhecimento que encontramos. Inspiradas e inspirados nele, pedimos licença a você, que nos lê, para apresentar o processo de produção deste livro, assim como o conjunto dos trabalhos que o compõem. Os textos aqui reunidos dão sequência aos do primeiro volume Assim nossos dias passaram, organizado por Daniel Loiola, Flaviane Rodrigues Eugênio, Marcela Barbosa Lins e Yasmine Feital, colegas a quem agradecemos pela colaboração nesse processo de organização dos dois e-books. Esses textos nasceram na forma de resumos expandidos no V Colóquio Discente Diálogos e Convergências, realizado em 2022. Foi ali que receberam suas primeiras contribuições: em primeiro lugar, de pareceristas que buscaram sugerir caminhos para o desenvolvimento das
Dos Zapatistas Aos Indignados: Mudanças Na Geopolítica Das Solidariedades Transnacionais
Educação & Sociedade, 2020
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As Marcas Da Colonialidade: Raça e Racismo Na Produção Do Pensamento Geográfico
2020
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