O MITO DA DESTERRITORIALIZAÇAO ECONOMICA (original) (raw)
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SOBRE O MITO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Quando o nacional-desenvolvimentismo cepalino insere em suas propostas a necessidade temporária do capital estrangeiro para viabilizar a progressiva industrialização substitutiva de importações da América Latina, crendo na suposta contribuição inicial que este capital daria à formação de poupança interna, os resultados contrários às suas pretensões que daí advieram fazem com que o pensamento que representava entre em crise, afinal este não previa a cada vez maior necessidade do capital estrangeiro para financiar as importações de bens de produção capazes de consolidar a industrialização da região latino-americana. Esta necessidade levava às fortes pressões sobre as divisas estrangeiras, provocando crise no balanço de pagamentos e afastando as nações latino-americanas da autonomia almejada pelo pensamento cepalino, gerando no lugar uma maior dependência dos recursos externos.
O mito da desterritorialização
Este livro é um dos resultados do Pós-Doutoramento na Universidade de Londres, do professor Rogério Haesbaert, renomado geógrafo brasileiro da atualidade, visto como um importante pesquisador com vasta produção sobre território e suas diferentes dimensões. Considera-se ser a leitura desta obra fundamental tanto para estudantes de diferentes níveis do ensino superior, quanto para pesquisadores que tenham interesse em se aprofundar nas discussões contemporâneas acerca desta temática. Destaca-se ainda, que seu principal diferencial reside na apresentação de reflexões relativas à dimensão territorial sob uma perspectiva que supera o tradicional viés geográfico-espacial ainda hegemônico em grande número de trabalhos da área, sendo assim de grande utilidade como suporte teórico na elaboração de estudos acadêmicos de diferentes áreas do conhecimento.
ECOCÍDIO E OS DESASTRES DA MINERAÇÃO NO BRASIL
REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL, 2019
RESUMO: O aumento da conscientização a respeito da finitude dos recursos naturais e dos impactos negativos da ação humana na terra tornaram a questão ambiental uma das principais pautas do direito internacional moderno. A indústria da mineração no Brasil é uma prática industrial focada na acumulação, visando a manutenção e aumento do lucro em detrimento da segurança. Através do método indutivo de pesquisa, o presente trabalho busca analisar os desastres da mineração no Brasil sob a ótica do ecocídio. É perceptível que há uma falha consciente por parte dos altos funcionárias da empresa, bem como do Departamento Nacional de Mineração (DNPM) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), os quais já tinham conhecimento sobre os riscos e consequências de suas práticas. O movimento Eradicating Ecocide busca o reconhecimento do ecocídio como 5º crime internacional contra a paz, o que significa que a empresa seria responsabilizada por suas ações em um tribunal criminal internacional, permitindo que qualquer indivíduo recorra ao Tribunal Penal Internacional. No entanto, mesmo que o TPI passe a incluir os crimes contra o meio ambiente, segundo a proposta de lei do ecocídio, os únicos culpados seriam os funcionários de alto cargo das empresas em questão. Porém, há outros agentes que carregam a mesma responsabilidade pelo rompimento das barragens de rejeitos. Somado a isso, o foco da proposta ainda é o homem e os prejuízos sofridos por ele quando o ecossistema é destruído. ABSTRACT: Increased awareness of the finiteness of natural resources and the negative impacts of human action on earth has made environmental issues one of the main guidelines of modern international law. The mining industry in Brazil is an industrial practice focused on accumulation, aiming to maintain, and increase profit at the expense of safety. Through the inductive method of research, the present work seeks to analyze the disasters of mining in Brazil from the point of view of ecocide. It is noticeable that there is a conscious failure on the part of senior officials of the company, as well as National Mining Department (DNPM) and Environment State Foundation (FEAN), which were already aware of the risks and consequences of their practices. The Eradicating Ecocide movement seeks recognition of ecocide as the fifth international crime against peace, which means that the company would be held accountable for its actions in an international criminal court, allowing any individual to go to the International Criminal Court. However, even if the ICC were to include crimes against the environment, according to the ecocide proposed law, the only guilty ones would be the senior officials of the companies concerned. However, there are other agents who bear the same responsibility for the disruption of tailings dams. Added to that, the main focus on the proposal is still the losses suffered by man when the ecosystem is destroyed.
A TEORIA DO DECRESCIMENTO COMO ALTERNATIVA PARA O MITO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO CONTÍNUO
Caderno Ceciesa Gestão, 2017
A sociedade contemporânea tem como ideal o consumo e a acumulação de bens. Esse consumismo desenfreado é incentivado de forma incessante pela mídia, pelo marketing e até mesmo pelos governos no sentido da continuidade do crescimento econômico como promotor do desenvolvimento. Ao longo de todo o processo os inevitáveis impactos ao meio ambiente são simplesmente desconsiderados. A busca incessante pelo crescimento econômico tem levado o planeta a uma situação limite. O objetivo do presente trabalho é analisar a relação existente entre a busca pelo crescimento econômico contínuo e o caráter finito dos recursos naturais planetários. Também é objeto da pesquisa a análise de novos estudos e teorias que defendem, paradoxalmente, o decrescimento econômico como alternativa para um processo econômico que evite a degradação dos recursos naturais planetários e, ao mesmo tempo, privilegie o desenvolvimento humano. O trabalho foi desenvolvido com base no método indutivo e operacionalizado pelas técnicas do referente, categorias, pesquisa bibliográfica e fichamento. Depreendeu-se da pesquisa efetuada que a busca pelo crescimento econômico contínuo é incompatível com o estágio atual de demanda por recursos naturais. O entendimento equivocado do processo econômico como um moto-perpétuo vem sendo questionado pelo aprofundamento do conceito de decrescimento econômico como alternativa de moderação do ciclo consumo/produção/descarte.
DESINDUSTRIALIZAÇÃO E SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL
O fenómeno da desindustrialização com que actualmente várias sociedades se defrontam oferece boas possibilidades para fazer face aos problemas causados por essa situação, principalmente com base na salvaguarda e valorização do património industrial. Embora não seja fácil, sobretudo quando se trata de antigas zonas industriais urbanas ou regiões industriais em declínio, é possível inverter essa situação por meio de estratégias adequadas, que contemplem a reutilização do património industrial, o qual pode vir a ser usado para múltiplos fins, sejam de natureza cultural, serviços ou habitação. Com base em vários exemplos de reutilização desse tipo de património - na Espanha, Reino Unido e Alemanha -, são analisados os problemas e questões colocados por cada um deles, tendo em atenção a adopção da estratégia mais adequada para alcançar os objectivos propostos.
A MITOLOGIA DA AUSTERIDADE FISCAL
Anais do 50 Encontro Nacional de Economia (ANPEC), 2022
Resumo: o objetivo deste artigo é descortinar a mitologia da austeridade fiscal a partir do conceito do institucionalismo radical de mitos autorizadores e assinalar de que forma eles reforçam a lógica neoliberal que sustenta a hegemonia corporativa. Inicialmente, apresenta-se brevemente o conceito institucionalista de mitos autorizadores e a análise de William Dugger a respeito da hegemonia corporativa, buscando relacioná-los. Em seguida, parte-se dessas noções institucionalistas e se elenca três tipos de narrativas que compõem a mitologia da austeridade fiscal: os gastos públicos são sempre ruins e ineficientes; a austeridade fiscal expansionista; e a falácia da composição.
ALTERNATIVAS DE MEDIÇÃO DO DESEMPENHO DAS ECONOMIAS
A incerteza e complexidade são dificuldades incontornáveis na génese das políticas públicas. O foco no desenvolvimento sustentável terá de gerar um processo participativo de actores envolvidos em várias dimensões de actividades, nem sempre compatíveis na hierarquia do tempo e nem sempre monetarizáveis.
Revista Limiar, 2021
Jeanne Marie Gagnebin reflete sobre o conceito de desterritorialização em forma de depoimento-artigo