Olegário, Jorge, Ascenso e a peleja nacionalista (original) (raw)
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Republicanismos em escala luso-brasileira
Não resta dúvida de que a campanha abolicionista foi a questão de maior adesão social das últimas décadas no Brasil do século XIX. Outro tema, porém, manifestou reverberação além das fronteiras nacionais. Focando o espaço Atlântico de fala lusófona, percebe-se que a vaga republicana tropical despertou viva atenção dos comentaristas da cena política da ex-Metrópole. O que sugere a existência de uma dialogia luso-brasileira no âmbito dos republicanismos observados num e noutro país. Motivo suficiente para acompanharmos a recepção e o impacto, em Portugal, dos acontecimentos que levaram ao 15 de Novembro no Brasil. E ainda assim perscrutarmos o desenvolvimento deste relacionamento até os desfechos do 5 de Outubro de 1910, quando os portugueses declaram a República como seu regime de governo. Será o escrutínio destes fenômenos o fito de nossa análise a seguir. A bem da verdade deve-se reconhecer a existência de uma não-desprezível referencialidade a Portugal desde os primeiros movimentos da campanha republicana no Brasil. Dir-se-ia até algo mais: que já na propaganda pela República identifica-se um claro sentimento de afastamento do velho reino lusitano. Distanciamento não apenas do ponto de vista políticopelo óbvio de a Monarquia representar a permanência da Dinastia dos Bragança em solo nacional, como foi explorado na época -, mas no que tange à mobilização das histórias nacionais (tanto da brasileira quanto da portuguesa);
À DEUS, pela dádiva da vida, por minha família, por meus amigos. À minha família, pela consciência dos valores espirituais e humanos. Ao Sr. Carlos J. Ponciano da Silva, Diretor Presidente da Companhia Docas do Pará, pela indicação para participar do curso, confiando na minha competência, vontade de aprender e aprimorar os meus conhecimentos portuários; Ao Professor Rodrigo More, pela competente orientação, manifestada no decorrer do trabalho, bem como pelo apoio e confiança que me transmitiu ao longo deste curso de especialização. A Universidade Federal de Santa Catarina e a Secretaria de Portos da Presidência da República, pela oportunidade em cursar um MBA na área portuária; a equipe de pósgraduação, em especial a Milva Capanema, pela instrução e colaboração; À Companhia Docas do Pará pelo conjunto de técnicos e por todo apoio proporcionado e em especial aos meus colegas de curso: Anibal Dias, Daniel Rodrigues, Manoel Furtado, Mauro Henrique e Olívio Gomes.
São Jorge, a Ordem dos Pregadores e a Legenda Aurea
ATAS DO XII ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESTUDOS MEDIEVAIS III SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE HAGIOGRAFIA MEDIEVAL , 2019
Considerações iniciais As reflexões aqui apresentadas relacionam-se à pesquisa intitulada "A construção medieval da memória de santos venerados na cidade do Rio de Janeiro: uma análise a partir da categoria gênero", financiada pela Faperj por meio do programa Cientista do Nosso Estado em desenvolvimento desde outubro de 2015. O principal objetivo dessa investigação é discutir o papel da Ordem Mendicante, em particular dos franciscanos e dominicanos no primeiro século de seu surgimento, na elaboração de memórias sobre santos que foram e/ou ainda são venerados na cidade do Rio de Janeiro, com destaque para os saberes de gênero que atravessam tais textos, bem como explorar o potencial didático de tais materiais.P 0F 1 P Para tanto foram selecionados alguns textos hagiográficos para análise, dentre os quais a Legenda Aurea (LA). Esta obra foi composta na segunda metade do século XIII no norte da Península Itálica em um ambiente social vinculado à Ordem dos Pregadores. Foi redigida em latim e em prosa a fim de fornecer exempla para uso nas pregações e para a devoção pessoal dos frades.P 1F 2 P Dessa forma, a LA foi um instrumento para a uniformização do pensamento dos frades pregadores e, por extensão, dos fiéis, que ouviam seus ensinamentos por meio de sermões e da cura pastoral.
O Donjuanismo português e o projeto nacionalista de Almada Negreiros em Nome de guerra
Resumo: Este trabalho propõe apresentar uma análise do Donjuanismo conforme retratado em Nome de guerra, o único romance de Almada Negreiros. Tal característica é apresentada, não como um projeto romântico, mas se manifesta simbolicamente como parte da modernidade que o autor almejava para toda a nação, a começar pela transformação do indivíduo.
Erotismo e política em Jorge Edwards
XI Congresso Internacional ABRALIC. Tessituras, interações, convergências, 2008
O escritor chileno Jorge Edwards constrói um percurso narrativo em que o elemento erótico desempenha papel fundamental no desvendamento de uma realidade dúbia, móvel, escorregadia. Através do exame de um grupo de narrativas curtas, publicadas no volume Fantasmas de carne y hueso (1992), e de alguns romances, sobretudo El origen del mundo (1996), pretendemos relacionar o expediente do erotismo com a configuração de personagens deslocadas de seus territórios físicos e políticos, à procura do sentido de um passado e de um presente sempre degradados e exauridos de valor. As narrativas desenvolvem-se em espiral, em espasmos que marcam um ritmo de vaivém oscilante entre o orgasmo e o nada, para nunca chegar a lugar algum, ou melhor, para sempre voltar ao ponto de partida, onde os protagonistas se defrontam com a alienação-própria e alheia-e a perda do sentido, numa escrita tributária de Joyce e de Borges entre outros, mas fortemente enraizada no diálogo com a história chilena recente.
Dramas sociais nas paletas de Cesário Verde e de Cruz e Sousa
Revista Mosaicum, 2020
Com base nos postulados apresentados por Raymond Williams, em sua obra "Tragédia moderna", especialmente os alusivos à violência sofrida pelas classes trabalhadoras frente ao complexo de forças que deram sustentabilidade à sociedade capitalista, pretendemos discutir, a partir da análise dos poemas "Humilhações", de Cesário Verde, e "Claro e escuro", de Cruz e Sousa, a presença de conflitos dramáticos entre classes sociais e instituições que se confrontam, ensejando a construção de percusos trágicos modernos.