Som, espaço e visibilidade (original) (raw)

Som, espaço e tempo na arte sonora

Este trabalho investiga alguns aspectos de um repertório de obras do gênero que convencionou-se chamar nas últimas décadas de arte sonora (sound art). Será dada especial atenção às aproximações e diferenças desse repertório em relação à produção musical e analisados como os conceitos de tempo e espaço são utilizado na arte sonora. Para isso são levantados alguns exemplos de obras significativas no gênero.

Espaço e performatividade

Percevejo, 2016

O espaço é fator instituinte e instituído. Na primeira condição ele é uma instituição, uma instância imaginária conformada pelas necessidades coletivas e estáveis das culturas humanas. Na segunda, ele é performado pelo sujeito, resultado de uma subjetivação nucleada em torno da presença. Atuamos o espaço, ele nos habita e com ele negociamos relações indispensáveis para conformar a situação. Num caso e noutro a performatividade se evidencia enquanto devir e vir-a-ser, radicando nos corpos suas mais profundas reverberações. O espaço subjetivo, nas performances artísticas, será enfocado a partir de suas mais evidentes manifestações: a intensidade, a voz e a presença. Palavras chave: espaço, performatividade, devir, corpo

Dos espaços de identidade aos espaços de visibilidade

Revista Juventude e Políticas Públicas

Este artigo tem como objetivo identificar movimentos de visibilidade de jovens de origem popular, residentes em favelas cariocas a partir do seu espaço vivido. Parte-se da argumentação que estes têm construído estratégias para enfrentar a invisibilidade política, corpórea e conceitual que historicamente condicionam suas vidas. Discutimos as conseqüências do ordenamento moderno para a noção de juventude. Há uma cronobiologia que sustenta a construção de tipologias com o objetivo de homogeneizar estes sujeitos. Contudo, a juventude é uma categoria em disputa política. Assinala-se a invisibilidade de jovens oriundos de determinadas favelas da cidade do Rio de Janeiro, destacando-se que existem diferentes modos de ser e estar jovem e, especialmente estes jovens têm suas vidas marcadas pela desigualdade e pela distinção territorial de direitos. Em busca da visibilidade destes sujeitos, construímos uma análise sobre estes no espaço da vida, reunindo informações sobre trajetórias de vida ...

TRANSCRIÇÃO DO VALE DO AVE EM SOM: ‘ver’ o espaço através do ‘ouvir’

2020

Transcription of 'Ave’s Valley in sound' is generated through the intersection of territory representation with sound representation, as an operative tool for interpretation of two samples of Ave’s Valley — the centre of Guimaraes and 'between Brito and Silvares' —, through creating ambivalent graphical notations, which represent both the space and the sound. In this paper, we present the reasoning of the transcription process crafted, which has as generating question: how to transcribe the urban space in sound? Recognizing that both the sound and the space are susceptible of graphic representations, the outlined process generates a language of intersection between the ‘real’ space, of the selected samples, and the corresponding sound composition. What is the sound of each place’s spaces? How to find a common language? Developed experiments were carried out in order to address these issues, making research progress on the intersection between the representation of th...

A força performativa do espaço: rasurando regimes de visibilidade

2022

RESUMO: O propósito neste texto é o de oferecer uma revisão de literatura que, numa abordagem interdisciplinar, problematize a dimensão performativa do espaço. Essa ideia ajuda a conceituar o espaço como parte integrante das subjetividades impressas nos corpos e, ao mesmo tempo, como suporte catalisador do engajamento de grupos que contestam a visibilidade. Por reconhecer a transitividade dos discursos que atravessam o espaço, o performativo é aqui anunciado em sua força política, na medida em que contribui para desconstrução de regimes de visibilidade. PALAVRAS-CHAVE: Espaço público. Performatividade. Corpo. Gênero. Visibilidade.

Som e Silêncio nas Telas e Salas de Cinema

Revista Orson, 2016

Com enfoque nos hábitos sonoros das sessões de cinema francesas e americanas do final do século XIX e início do século XX, esse artigo busca explicitar certos aspectos do período da consolidação do cinema especificando as principais técnicas de acompanhamento sonoro, a postura do público e como ambas tornam-se padronizadas. - Based on the sound habits of the French and American film sessions of the end of the XIX and beginning of the XX century, this article aims to highlight certain aspects of the consolidation period of the cinema specifying the major techniques of sound accompaniment, the audience's posture, and also how both of them became standardized.

World Music - o planeta da (di) visibilidade

World Music – visibilidade, divisibilidade e dividendos O termo world music partilha com cultura a imprecisão e vacuidade que têm vindo a inspirar a produção de quilométricas teorizações, inconclusivas quanto à fixação de significados que não excluam, não categorizem ou generalizem. Se no caso de conceitos de cultura o movimento é progressivo, já world music afigura-se um beco sem saída.

Som e espaço: uma abordagem a partir da arte sonora e da arquitetura aural

Caderno de Resumos Expandidos: De pesquisas em Arquitetura e Urbanismo, 2022

In: X Colóquio de Pesquisa e Desenvolvimento Científico PPGAUR-USJT, 2022, São Paulo. Caderno de Resumos Expandidos: De pesquisas em Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Ed. dos Autores, 2022. p. 161-166. ISSN 9786500592276

A Influência Do Som Na Percepção e Apropriação Do Espaço Pelo Cego

ANAIS DO VI SIMPOSIO BRASILEIRO DE QUALIDADE DO PROJETO NO AMBIENTE CONSTRUIDO, 2019

Com enfoque na promoção da arquitetura acessível, desenvolveu-se um estudo, dentro do quadro de uma disciplina de graduação, para identificar aspectos fundamentais na percepção do ambiente pelas pessoas com deficiência visual. O objetivo principal convergiu para a compreensão da influência do som na apropriação do espaço público pelo cego, incrementando a discussão acerca do papel do arquiteto e urbanista na produção de ambientes inclusivos. Para tanto, utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, mapeamento comportamental, medições acústicas e simulação em estúdio. Dessa forma, pode-se observar, por tendência, menor tolerância das pessoas sem visão ao nível de pressão sonora, estando diretamente relacionada a sua presença em determinados espaços e ao seu desconforto mental. As análises apontaram para diretrizes de projeto que vislumbram a inclusão social e estimulam a permanência em ambientes coletivos.