Negrelle et al 2014 etno sphagnum (original) (raw)

Stoffel et al 2016

RESUMO: O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) no crescimento, colonização micorrízica e absorção de P e elementos-traço em leguminosas arbóreas expostas a rejeito de mineração de carvão. Ensaios independentes para as leguminosas Mimosa scabrella Benth. (bracatinga), Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze (maricá) e Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (angicovermelho) foram conduzidos em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos. Foram avaliados cinco isolados de FMA autóctones de áreas de mineração (Acaulospora colombiana, Acaulospora morrowiae, Dentiscutata heterogama, Rhizophagus clarus e Rhizophagus irregularis), além de um tratamento controle não inoculado, com quatro repetições. Verificou-se que a colonização micorrízica foi superior a 60% para a bracatinga e o maricá, enquanto que, para o angico-vermelho, foi de no máximo 26%. De maneira geral, a inoculação de FMA favoreceu o crescimento das leguminosas arbóreas, atingindo incrementos de até 1430%. A absorção de fósforo foi beneficiada principalmente pela inoculação de A. colombiana, R. irregularis e A. morrowiae. Apesar de se verificar redução nos teores de elementos-traço na parte aérea das plantas, a inoculação de FMA ocasionou incrementos significativos no acúmulo de As, Cu, Zn e Cr para todas as leguminosas avaliadas. Desta forma, os FMA desempenham papel importante para o crescimento de espécies arbóreas em áreas de mineração de carvão, as quais apresentam ambientes pobres, degradados e muitas vezes contaminados.

Pereira et al 2014

Este estudo analisa a relação entre as crenças sobre a natureza da homossexualidade e a homofobia no futebol. Participaram 184 jogadores de futebol, a maioria do sexo masculino (74%), com idade média de 24,5 anos. Os participantes responderam as escalas de crenças sobre a homossexualidade, preconceito e expressão emocional. Os resultados demonstram que os participantes do sexo feminino apresentam-se com menos atitudes preconceituosas do que os do sexo masculino e os mais novos exprimem maior homofobia do que os participantes mais velhos. Relativamente às crenças, os esportistas com maior adesão às crenças de natureza ético-moral da homossexualidade exprimem mais atitudes homofóbicas. Já os esportistas com maior adesão à crença sobre a natureza da homossexualidade baseada em justificativas culturais são aqueles com atitudes menos homofóbicas. Os resultados são discutidos à luz do papel desempenhado pelas crenças sobre a natureza da homossexualidade enquanto princípios organizadores do preconceito homofóbico.

Tonato et al 2014 Azevem Aveia Ciencia Rural.pdf

Objetivou-se caracterizar o potencial produtivo, a distribuição mensal, a composição morfológica e botânica da forragem de aveia preta e de azevém anual submetidos a estratégias de manejo de corte no estado de São Paulo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com tratamentos correspondendo a combinações entre formas de cultivo (aveia e azevém exclusivos ou combinados) e estratégias de colheita (cortes com 95% de interceptação de luz (IL) ou intervalo FIXO de 30 dias de rebrotação), em arranjo fatorial com três repetições. Os estandes colhidos por IL acumularam 1580kg MS ha -1 corte -1 , e os por FIXO 2020kg de MS ha -1 corte -1 . A proporção de folhas foi maior no azevém (70%), seguido do cultivo combinado (64%) e depois pela aveia (52%). Entre os manejos, a IL resultou em maiores proporções de folha e menor proporção de colmos que o FIXO. A proporção de azevém foi de 64%, sob o manejo por IL, e 70% no manejo por descanso FIXO. Ao longo do tempo, ocorreu a substituição da aveia pelo azevém na composição do dossel combinado. Ambas as estratégias de manejo podem ser adotadas para essas forrageiras de inverno em sistemas de integração agricultura e pecuária, com vantagem para o azevém. Palavras-chave: Avena strigosa, forrageiras de inverno, Lolium multifl orum.

FREIXO et al 2016

Sabe-se que a presença de residentes dentro de Unidades de Conservação, sejam populações tradicionais ou não, é uma realidade em muitas regiões do Brasil, inclusive em unidades de Proteção Integral. Contudo, estimar esta população traz desafios práticos que precisam ser enfrentados para um adequado acompanhamento da dinâmica das populações residentes, principalmente no entendimento de eventuais impactos da criação de UCs sobre a mobilidade e a redistribuição da população. No artigo combinamos duas perspectivas de análise. Dados de migração do Censo Demográfico 2010 da região Norte são utilizados para uma primeira aproximação de eventuais efeitos da existência de áreas protegidas (terras indígenas e unidades de conservação) sobre a mobilidade, na perspectiva intermunicipal. No passo seguinte, centramos atenções ao caso de uma única unidade, a Reserva Extrativista Auati-Paraná. Utilizamos dados de campo para verificar possíveis efeitos da criação da Resex na mobilidade e distribuição da população no recorte intramunicipal. A partir do que cada perspectiva oferece, discutem-se as formas de conexão dos dois conjuntos de informação e a pertinência de buscar tais conexões. O cálculo do coeficiente de correlação linear entre o saldo migratório de cada município do norte do Brasil e a porcentagem do território municipal recoberto por Áreas Protegidas, aponta para baixa correlação, mesmo no caso das Reservas Extrativistas. O estudo de caso indica que rearranjos da população e a mobilidade se dá, muitas vezes, no interior de um mesmo município e de forma recorrente, esses movimentos não são capturados pelos censos. Os dados de campo, sugerem a necessidade de aperfeiçoamento das medidas dos efeitos das unidades na escala regional (com dados censitários) para que se construa uma mais consistente relação entre o que as duas escalas tem a dizer sobre o caso das Resex, em especial, e das áreas protegidas, no geral, seja da perspectiva da manutenção dos recursos florestais, seja da perspectiva das condições de vida de seus moradores.

Hdh sofocles antigona

Sófocles nasceu por volta de 496 a.C., na pequena localidade de Colono (subúrbio), nas mediações de Atenas. Outras aldeias assim chamadas reclamavam a honra de terem sido a sua pátria, mas nas odes corais de Édipo em Colono, tem-se visto uma homenagem do poeta à sua terra natal na Ática. Morreu em 406, no mesmo ano em que Eurípedes falecia. Não foi certamente pobre. Durante sua longa vida, Sófocles presenciou a expansão do império ateniense, seu apogeu com Péricles e, finalmente, sua decadência após a derrota na Sicília, durante a Guerra do Peloponeso. O poeta participou ativamente da vida política de sua pátria; foi tesoureiro-geral de Atenas em 443/2 e foi eleito, no mínimo, duas vezes estratego (comandante do exército em expedições militares). Teve bela aparência e dela se aproveitou em experiências de palco que, segundo fontes, frustraram-se pela impropriedade de voz. Fez carreira de homem público, stategós. Morreu aos noventa anos e a imagem que deixou foi a de uma existência sem conflitos e dificuldades. Por vinte e quatro vezes foi vencedor dos concursos dramáticos, derrotando o próprio Ésquilo, o mais velho vencedor dos três grandes tragediógrafos da Grécia clássica. Sófocles compôs aproximadamente cento e vinte e três peças teatrais. Dessa vasta produção chegaram até nossos dias sete tragédias completas (Aias, Antígona, Édipo Rei, Traquínias, Electra, Filoctetes e Édipo em Colono). Sófocles aperfeiçoou o drama ático, particularmente na distribuição dos personagens. As questões postas em discussão são ainda atuais, mesmo depois de dois mil e quinhentos anos, sob qualquer ângulo que se enfoque. São os gregos, como Sófocles, a fonte para o debate das questões morais da vida humana. Em sua Antígona, por exemplo, Sófocles transforma o mito grego em um drama universal, de uma forma ou de outra, vivido por cada um de nós. Sua intenção, como bom grego, é mostrar que toda ação humana é susceptível de erro. Daí a característica de sua literatura, alimentada pela mitologia. Lógica Contexto da peça Antígona: A protagonista é filha de Édipo e Jocasta e sobrinha de Creonte, irmão de Jocasta. Após a morte de Édipo em Colono, ela retorna a Tebas com Ismene (sua irmã), onde seus irmãos (Etéocles e Polinices) disputavam a sucessão do pai (Édipo) ao reinado da cidade. Combinaram que se revezariam a cada ano, mas Etéocles, após o primeiro ano, não quis ceder o trono a Polinices, que foi embora cheio de rancor para a cidade de Argos, rival de Tebas. Lá, obteve apoio do rei e partiu para Tebas a fim de obrigar Etéocles a lhe entregar o trono. Após uma renhida luta entre os sete chefes tebanos (incumbidos da defesa de Tebas), com o exército argivo, Etéocles e Polinices foram mortos um pelo outro. Assim, Creonte assumiu o poder e proibiu o sepultamento de Polinices por ter lutado contra Tebas, determinando a morte para quem o desobedecesse. Enquanto isso, ordenava funerais de honra para Etéocles, que foi morto defendendo a cidade atacada por seu irmão. Antígona resolve, então, mudar o enredo da história. Desobedece a lei, enfrenta os soldados que vigiavam o corpo do seu irmão e realiza o sepultamento.