Efeitos do acordo entre o Mercosul e a União Européia sobre os mercados de grãos (original) (raw)
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2007
This paper discusses the perspectives to production, exports, imports, prices and welfare levels (producer surplus and consumer surplus) to the beef sector in the MERCOSUR facing some scenarios of tariffs reductions at the multilateral and regional levels. We use a Spatial Allocation Model formulated as a Mixed Complementarity Problem. We got a base scenario for the world markets, and then
2003
Este trabalho busca identificar as linhas tarifárias restringidas por tarifas específicas no mercado europeu e quantificar o impacto da sua eliminação em termos do aumento das exportações do Brasil para esse mercado. As tarifas específicas têm efeitos restritivos sobre o comércio mais relevantes do que as tarifas, pois a média do equivalente tarifário das tarifas específicas nas linhas tarifárias nas quais são realizadas as exportações brasileiras para o mercado europeu é de 10,02%, muito superior à média das linhas tarifárias nas quais as exportações brasileiras são restringidas apenas por tarifas. Em um cenário de criação de uma zona de livre comércio, em que as tarifas específicas e as tarifas fossem zeradas, as estimativas indicaram um aumento das exportações brasileiras para o mercado europeu no montante de U$ 691 milhões, o que equivale a um aumento de 4,62% nas exportações se considerada a média do valor exportado entre 1998 e 2000. Desse total, a eliminação de todas as tarifas seria responsável por um aumento das exportações de U$ 555,4 milhões, ou seja, 80,3% do potencial total de aumento das exportações em um cenário de zona de livre comércio. Apesar de a importância das tarifas específicas vis-à-vis as tarifas parecer reduzida, deve-se ressaltar que, quando se considera o número de linhas tarifárias, as tarifas específicas voltam a ganhar importância relativa, pois os 19,7% dos ganhos de exportação, que seriam conseguidos pelo Brasil caso essas restrições fossem zeradas, seriam obtidos em apenas 229 linhas tarifárias, ao passo que, no caso das tarifas, esses ganhos seriam obtidos em 5.281 linhas tarifárias.
União Européia e Mercosul: o setor agrícola no processo de integração inter-blocos
Resumo: O presente estudo analisa as perspectivas para o setor agrícola brasileiro com a formação do acordo UE-Mercosul, em vista das negociações em curso. Para alcançar este objetivo, apresenta-se inicialmente as trajetórias de integração regional e as perspectivas da negociação entre os blocos. A fim de identificar as semelhanças e diferenças entre as duas regiões, assim como discutir possíveis riscos e oportunidades, são analisadas as políticas agrícolas e de comércio exterior. É feita também a caracterização do setor agrícola nas regiões, incluindo o uso de fatores de produção, os níveis de produção obtidos e os fluxos comerciais. Abstract: This paper analyzes the perspectives of an agreement between the Mercosur and the EU and the impacts on the agricultural sector. First, we present the regional integration processes and the perspectives of negotiation between the blocs. To identify similarities and differences between the regions, as well as to discuss possible risks and oppo...
Impactos do Acordo Mercosul e União Europeia sobre a Indústria Brasileira
Blucher Engineering Proceedings, 2021
O acordo Mercosul-União Europeia firmado em 2019 para a criação de uma área de livre comércio se insere dentro de uma "nova geração" de acordos comerciais que vão muito além das disciplinas comerciais, abarcando também compras governamentais, propriedade intelectual e investimento. Em que pese a convergência das agendas políticas e econômicas liberais dos governos dos dois blocos, há ainda muitos obstáculos a serem superados para o avanço do acordo. O artigo avalia que uma possível implementação do acordo deverá contribuir para ampliar as fortes assimetrias competitivas entre os países dos dois blocos, com impactos negativos para a indústria brasileira.
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Revista De Estudos Sociais, 2011
Comum do Sul (MERCOSUL) e a União Européia (UE) estão discutindo desde 1995 a formação de uma área de livre comércio dada a característica de complementaridade da produção entre os blocos: o MERCOSUL eficiente na produção de commodities agrícolas e a UE eficiente em bens intensivos em capital e tecnologia. O presente estudo analisa o impacto da formação do MERCOEURO e a retirada das barreiras comerciais, sobre o mercado de trabalho agrícola no Brasil. A pesquisa descreve o comportamento do emprego formal, nos setores produtores de café, açúcar, carnes, fumo, soja e suco de laranja, que são as principais commodities brasileiras exportadas para a UE entre 2000-2007. Para tanto foi usado um modelo Log-Log que relaciona o grau de influência que o aumento das exportações exerce sobre o nível de emprego. Percebe-se que, um aumento na demanda por trabalho pode decorrer devido a aumentos das exportações estimulados pela eliminação das barreiras. Conclui-se que a participação do Brasil no MERCOEURO provocaria um crescimento na absorção da mão-de-obra nos setores produtores das principais commodities agrícolas, mesmo naqueles que sofreram alguma deterioração nas suas exportações. Palavras-chaves: MERCOEURO. Exportações Agrícolas. Emprego.
Acordo Comercial Mercosul / Ue: Impactos Nas Importações Do Paraguai
Horizontes das Ciências Sociais Rurais, 2019
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Determinantes da viabilidade de mercados futuros agropecuários no âmbito do Mercosul
, pela companhia, transmissão de conhecimento, apoio, incentivo e orientação primorosa. Aos Professores, Dr. João Gomes Martines Filho e Dr. Joaquim Bento de Souza Ferreira, pelas sugestões e críticas ao trabalho. Ao Prof. Dr. Geraldo Sanf Ana de Camargo Barros, pelas sugestões quando da realização do exame de qualificação e pela gentileza em fornecer dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada para esta pesquisa.
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Análise Econômica, 2009
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2021
Após 20 anos de negociações diplomáticas, foi firmado as bases para o acordo de integração econômica entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE). Em 28 de junho de 2019, concluíram-se, em Bruxelas, as tratativas de um Acordo de Associação que prevê a implantação de uma zona de livre comércio compreendendo os dois blocos. Dentre os 17 capítulos do acordo de livre-comércio há o capítulo "Comércio e Desenvolvimento Sustentável" no qual é pré acordado que os países integrantes dos dois blocos devem reiterar compromissos multilaterais firmados, como os da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e o Acordo de Paris. Além disso, seriam somados outros esforços relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade, respeito aos direitos trabalhistas e proteção dos direitos das populações indígenas. O presente artigo tem como objetivo apresentar as políticas ambientais prevista nesse acordo. Como método de pesquisa foi utilizado levantamento bibliográfico em sites de pesquisa acadêmica, além de reportagens em jornais de grande circulação. Primeiro se fará um breve histórico da negociação frente às políticas ambientais. Após é realizada uma análise jurídico normativa do texto do acordo, especificamente no que tange ao capítulo de desenvolvimento sustentável, em livre tradução do texto original. Por fim uma breve conclusão sobre os entraves para efetividade desse acordo frente às políticas ambientais que vêm sendo empregadas pelo Ministério do Meio Ambiente, do Governo Federal desde 2020, após a publicação da minuta.