É de Género? Aprender pensando e agindo. Cruzar caminhos que se insistem paralelos (original) (raw)
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Cadernos Pagu, 1998
Foi, com certeza, a “desconstrução” derrideana que inspirou o processo analítico da “desconstrução de gênero” desenvolvida pelas feministas no mundo anglo-saxão em substituição aos impasses metodológicos dos “estudos de mulheres”. A variedade de métodos desconstrucionistas acompanha a variedade dos olhares derivados dos diferentes lugares teóricos e políticos de fala. Para além de sua diversidade, a(s) metodologia(s) da desconstrução de gênero supera(m) impasses dos “Estudos de Mulheres”. Estudos sobre a condição, a situação e a posição das mulheres não pareciam ser capazes de responder aos desafios feministas, pois tendiam a se tornar descritivos e reiterativos, reificando a situação das mulheres. De outro lado, não respondiam aos anseios e desafios de um pensamento analítico e teórico. A interrogação sobre se a introdução dos olhares a partir dos lugares das mulheres produziu novas abordagens e se o conceito de gênero se constitui em um novo paradigma, vem sendo suscitada no Encon...
O diferente é capaz de desconsertar e reconstruir: gênero nos/dos/com os cotidianos escolares
Revista Teias
O objetivo do artigo é refletir as relações de gênero no cotidiano de uma escola da rede estadual de Minas Gerais, a partir do contato com a rotina de uma turma de alunos/as do quarto ano do ensino fundamental, escolhida pela maneira como foi capaz de nos fazer mergulhar em estudos e diálogos com autores/as do campo das teorias pós-críticas. Produzido a partir da interseção entre os campo dos estudos de gênero e os estudos nos/dos/com os cotidianos escolares, o trabalho adotou como procedimento metodológico o tipo de pesquisa qualitativa cartográfica, privilegiando anotações de diário de campo e entrevistas.
Resenha: Pensar o Sexo e o Gênero
Cadernos Pagu, 2018
Em Pensar o sexo e o gênero, Eleni Varikas tece uma discussão acerca do conceito de gênero cruzando história intelectual, teoria social e abordagens epistemológicas que partem de paisagens intelectuais e tradições políticas menos conhecidas. Nas 128 páginas do livro – dividido em duas seções principais: as itinerâncias e as impertinências do gênero –, a autora também dialoga, de forma breve e erudita, com autores célebres, como Hannah Arendt, Walter Benjamim e Simone de Beavoir. No decorrer dessa costura de referências, Varikas destaca a necessidade de redefinir o político desafiando suas distinções fundadoras: entre privado e público, pessoal e político, família e comunidade, sociedade civil e Estado. Nesse sentido, pensar sobre as noções de diferença sexual, bem como sobre a experiência singular do sujeito feminino e seu acesso ao universal, é o caminho elegido pela autora para discutir a
Alternativa metodológica para trabalhar gênero em sala de aula.
2015
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo expor e problematizar a metodologia desenvolvida na atividade "Construção de estereótipos no Brasil Colônia", referente ao estudo de gênero. Foi realizada através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid/UFSM), e aplicada em turma de 2º ano de Ensino Médio da Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi, no ano de 2014. A história das mulheres ainda é um assunto pouco trabalhado em sala de aula, por isso, houve a necessidade de planejar a atividade em torno desse tema, a fim de reconhecer a mulher como sujeito histórico, visto que construiu a história juntamente com os homens e não de forma secundária. A temática da atividade foi referente ao período colonial brasileiro, mais especificamente o nordeste açucareiro e como a partir desse construiu-se estereótipos sobre as mulheres e os papéis privados e sociais que ocupavam. Para problematizar tais estereótipos realizou-se uma dinâmica em que os alunos deveriam fixar em painéis bonecas brancas, negras e indígenas em espaços ocupados no Brasil Colonial e como pensam ser no Brasil atual. Essa metodologia de ensino em história teve como objetivo provocar a reflexão sobre como o passado influencia na formação das mentalidades atuais, visto que a história se compõe de rupturas, mas também de continuidades. Palavras-chave: Gênero, metodologia, ensino, história, estereótipo. Methodological alternative to work gender in class Abstract: This abstract aims to expose and problematize the methodology developed in the activity "Construction of stereotypes in Colonial Brazil", relative to gender studies. The activity was realized through the Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid/UFSM), and it was applied in class second year of High School Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi, in 2014. Women's history is still a subject scarcely worked in class and, for this reason, there was the necessity of planning the activity surrounding this subject, in order to recognize the woman as a historical player, since she constructed history alongside men, and not in a secondary role. The theme of the activity refers to the Brazilian colonial period, specifically the sugar-producing Northeast, and how by it the stereotypes on women and the private and social roles they occupied came to be. To problematize such stereotypes it was realized a dynamic where the students had to delegate white, black and indian dolls to determined places in Colonial Brazil and to think where do the dolls belong to in contemporaneous Brazil. This methodology of teaching history had as its aim to provoke the reflection on how the past influences the formation of contemporaneous ways of thinking, since history is composed not only of ruptures, but also of continuities.
Texto e género: modalidade ou modalização?
2017
In this work, we have firstly focused on the difference between modality and modalization from a conceptual point of view, and then, we have analysed the marks of modalization in three texts belonging to the same sphere of activity-tourism. Apparently, those marks ultimately depend on the genres to which the texts belong.
Feminismo e análise do comportamento: Caminhos para o diálogo
Resumo: O feminismo, como teoria política e movimento social, tem mantido diálogos produtivos com as ciências, influenciando revisões críticas e novas formas de analisar o com-portamento humano inclusive na psicologia. Tal influência, contudo, não se observa de for-ma consistente na produção analítico-comportamental, que conta apenas com publicações esparsas a respeito da superação de desigualdades de gênero. Este trabalho se dedica a revi-sar brevemente produções sobre feminismo em periódicos analítico-comportamentais, bem como tecer considerações a respeito das aproximações teórico-práticas já apontadas por essas produções, buscando contribuir com o avanço da análise do comportamento nos estudos das mulheres. Palavras-chave: feminismo; estudos das mulheres; estudos feministas; questões de gênero; movimentos sociais.