UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL ROBERTO ARRIADA LOREA CIDADANIA SEXUAL E LAICIDADE (original) (raw)
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Agradeço à CAPES, pela bolsa de estudos concedida, que foi imprescindível para a realização desta pesquisa. Ao Professor Dr. Ari Pedro Oro, orientador de mestrado e doutorado que acompanhou desde o começo o meu interesse em estudar a bruxaria. Primeiro, a bruxaria tradicional entre os moradores da Ilha da Pintada e, depois, a bruxaria moderna entre jovens de camadas médias de Porto Alegre. Agradeço também pelo empenho e amizade ao longo destes anos de convivência, mas, sobretudo pela extrema competência profissional com a qual orientou o presente estudo. A Marilda Batista, amiga e antropóloga, por ter incentivado a pesquisa, dando dicas importantes para o desenvolvimento da tese, auxiliando sempre de modo construtivo. A Mário Scherer, informante chave que viabilizou o presente estudo, contribuindo em todas as fases do trabalho, pela paciência e disponibilidade de me atender em todas as horas em que necessitei de suas informações. A Thaís Sigmund, professora de tarô, que me apresentou as cartas do Tarô de Arthur Waite, possibilitando, assim, que eu descobrisse os símbolos da bruxaria moderna através das imagens dos arcanos maiores do tarô de Waite. Aos meus informantes da Ilha da Pintada, cujos relatos de bruxas e lobisomens possibilitaram a análise comparativa entre as bruxarias tradicional e moderna.
Dissertação de Mestrado, 2010
As políticas de saúde destinadas às mulheres da comunidade quilombola de Boa Vista são, de forma geral, as mesmas destinadas ao resto das mulheres da região rural do Seridó norte-rio- grandense e também as que correspondem as regiões marginais do Brasil inteiro. Aqui, o corpo feminino é concebido sob parâmetros universalizantes que o tornam uma entidade homogênea e comparável com os outros corpos femininos a partir da sua tradução em índices, taxas e estatísticas. Nesse sentido, postulamos que são corpos nus, cuja intervenção não leva em conta os traços exteriores, aqueles chamados de culturais, como marcadores de identidade. Por outro lado, a noção de Saúde da Mulher Negra proposta por recentes políticas de Estado em âmbito nacional, mostra-se inexistente na comunidade. O corpo que exalta-se hoje a partir dos parâmetros da reivindicação étnica na comunidade é um corpo que se afirma como negro, mas também belo, jovem e, sobretudo, forte; aonde a noção estatal de saúde não penetra. Desta forma, as duas políticas concebem sujeitos sociais diferentes. Porém, existe outro espaço, que é o espaço das práticas vernáculas, no qual as mulheres experimentam sim a articulação entre a feminilidade e a negritude, mas sob outros parâmetros que são local e historicamente delineados. Aqui, tanto as trajetórias das mulheres quanto as redes de parentesco e cuidado locais conformam-se como especialmente significativas, ajudando a compreender as concepções sobre o corpo das mulheres desta comunidade, e revelando a importância da maternidade como princípio ordenador de identidades sociais. Para isso, foi feito um trabalho de observação participante, com realização de uma série de 30 entrevistas com mulheres de Boa Vista e foi implementado um estudo das redes de parentesco organizadas ao redor do termo mãe. Assim, demonstramos que existe um espaço prenhe de significados sobre o corpo feminino e a feminilidade que é construído a partir de uma interpretação local da tríplice condição de mulher, de mãe e de negra.
Aos professores do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social -PPGANTS, que contribuíram com seus conhecimentos e com dedicação para conosco. Agradeço ao meu orientador professor Dr. Carlos Alberto Marinho Cirino, por me acompanhar de forma tão dedicada durante essa empreitada, sem o qual esse trabalho não teria sido realizado. A ele devo os meus mais profundos agradecimentos. À minha família e amigos da segunda turma do PPGANTS, em especial, Ivy Elida, Marisa, Da Guia, Melina e Júlia, pela amizade e apoio para a realização deste trabalho. Não posso deixar de agradecer a meus interlocutores, tanto os Warao, quanto aos funcionários dos abrigos e os militares que atuam nas ações de acolhimento e que me acompanharam durante uma parte do trabalho de campo. As funcionárias da SEMASDH, Dona Jane Mara e Mirella, pelo apoio dado à pesquisa na cidade de Manaus-AM. À minha amiga antropóloga Monica Regina, pelo apoio na pesquisa no município de Pacaraima. Às minhas amigas, professora Dra. Carmen Lúcia da Silva e a doutoranda Dassuem que mesmo longe contribuíram para realização da pesquisa. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -CAPES que disponibilizou a bolsa de mestrado, agradeço, pois sem esse apoio, a pesquisa não seria uma realidade. RESUMO A pesquisa tem como tema a análise da diáspora do povo Warao, etnia indígena oriunda da República Bolivariana da Venezuela, ocupante do estado do Delta Amacuro. A porta de entrada no território brasileiro se deu pela fronteira da cidade Santa Elena de Uairén com o município de Pacaraima, Estado de Roraima. A pesquisa esteve fundamentada na abordagem antropológica, principalmente de Hall e Clifford, da migração, mas sob a luz dos que esses autores apreendem como diáspora. A pesquisa foi realizada na sede do município de Pacaraima, na cidade de Boa Vista/RR e na cidade de Manaus/AM. O método de investigação teve uma perspectiva qualitativa, enquanto os dados quantitativos foram coletados a partir de relatórios produzidos por diversos órgãos que trabalham com ações de acolhimento dos Warao. A proposta do trabalho foi compreender a longa caminha do povo Warao, a partir do seu local de origem, acompanhando a dispersão pelo território nacional, seguindo a rota de Pacaraima, Boa Vista/RR, estado do Amazonas, estado do Pará, chegando às cidades de Teresina, Fortaleza e Natal. Palavras-chave: Warao. Fronteira. Diáspora. Venezuela. Roraima
Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Filosofia Porto Alegre/2003 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Luís Alberto De Boni, orientador e amigo, por seu zelo, compreensão e, sobretudo, por sua amizade, ao longo da realização deste trabalho. Ao Prof. Dr. Gregorio Piaia, que me orientou durante o período em que estive pesquisando na Università degli Studi di Padova, Itália, pela atenção carinhosa dispensada à pesquisa e ao pesquisador. À CAPES que, através da bolsa de estudos (PICDT) e da bolsa de doutorado sanduíche, proporcionou as condições materiais para a realização desta pesquisa. Ao departamento de Filosofia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas, na pessoa dos colegas e amigos João Hobuss e Clademir Araldi, pela dispensa das atividades e incentivo em todos os momentos da pesquisa. Ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na pessoa dos professores Roberto Pich, Reinholdo Ullmann, Urbano Zilles e Draiton Gonzaga de Souza, pelas orientações, sugestões e amizade. Ao Grupo de Estudos em Filosofia Medieval da PUC-RS, na pessoa dos colegas e amigos Idalgo José Sangalli e Pedro Leite Júnior pelas sugestões, trocas de idéias e, sobretudo, pelas lições de amizade sincera.