A ARTE COMO POSSIBILIDADE DE EMANCIPAÇÃO EM VILÉM FLUSSER (original) (raw)
A relação entre o homem e as estruturas da cultura é um tema que perpassa toda a filosofia de Vilém Flusser. O homem é determinado pela cultura porque sua experiência é mediada pelas representações que ele mesmo cria, mas que passam a encobrir o mundo e condicionar o homem a modos de vida cada vez menos deliberados. Na pós-história, a era dominada pela estrutura representacional das imagens técnicas, os indivíduos passam a viver em função de aparelhos que governam sua mediação com o mundo. Estes aparelhos programam previamente sua atividade, tornando-os “funcionários” limitados a seguir as regras ditadas por seus programas. Nesse contexto, a arte possibilita que o homem retome as rédeas da cultura e imponha-se como centro de seus próprios modelos de mundo. Por isso, assim como na Teoria Crítica, torna-se fundamental uma análise crítica da cultura de massas – ou entretenimento, ou diversão – que é diferenciada da arte propriamente dita. Esta é assumida como possibilidade de emancipação dos indivíduos em relação à sociedade de consumo e ao discurso tecnológico que deprecia o homem como “parafuso em aparelho projetado por outrem”. Para Flusser, a arte pode libertar o homem para a criação de uma nova situação.
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