Homem e masculinidade em revista no Brasil (original) (raw)

As masculinidades à brasileira: um balanço das produções sobre o tema nos periódicos científicos

BIB - Revista Brasileira de Informações Bibliográficas em Ciências Sociais, 2021

O presente trabalho objetivou analisar a produção científica brasileira sobre o tema das masculinidades na área de ciências humanas, com especial ênfase na área da Sociologia. Para tanto, utilizamos como base de consulta a plataforma Scientific Eletronic Library Online (SciELO), a fim de mapear os artigos sobre o tema, totalizando 165 artigos. Primeiro, foi realizada uma análise geral, considerando-se o ano das publicações, as revistas que publicaram e as áreas temáticas. Em seguida, uma análise sistemática aprofundada dos artigos catalogados apenas na área da sociologia. Nesse tópico, foi realizada uma sistematização em relação ao conceito de masculinidades, aos tipos de masculinidades e, ainda, às referências bibliográficas. Os resultados demonstram crescimento nas pesquisas brasileiras sobre o tema, ainda que seja um tópico que careça de sistematização dos referenciais teórico-metodológicos, o que poderia significar aperfeiçoamento de pesquisas no futuro.

Corpo e masculinidade na revista Vip Exame

Nesse artigo elaboro comentários teóricos acerca de novas formas de se vivenciar a corporalidade presentes contemporaneamente, a partir da análise da revista masculina VIP Exame. O texto baseia-se numa pesquisa que incluiu uma observação dentro da redação da revista e análise de materiais impressos, centrando-se na forma como a revista aborda o corpo masculino e coloca a preocupação com a aparência como importante para uma masculinidade bem sucedida. Com base nestes dados busco avaliar, a partir de perspectivas feministas e sobre o corpo, a influência do valor dado ao corpo e ao seu monitoramento reflexivo na constituição de identidades de gênero.

Masculinidades na publicidade governamental sobre saúde do homem no Brasil

Arquivos Brasileiros de Psicologia, 2020

Este trabalho tem como foco o estudo de práticas discursivas produzidas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, no Brasil. O objetivo é analisar repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade oficial do Ministério da Saúde. As análises apresentadas dialogam com os estudos sobre Psicologia Discursiva (PD) e sobre análise de práticas discursivas em psicologia social. Foram analisados os materiais disponíveis nas páginas virtuais do Ministério da Saúde e em seu perfil na plataforma do Facebook®. A análise está organizada em três eixos: 1) saúde como bem-estar, 2) cuidado e família nuclear, e 3) homens e violência. Em linhas gerais, buscamos dar visibilidade à recorrência de repertórios considerados hegemônicos sobre o masculino e o feminino, convivendo com outras linhas de produção de sentidos que explicitam contradições relevantes.

NO ESPAÇO DA CONTRADIÇÃO: HOMENS E FEMINISMO(S) EM DISCURSO NA REVISTA GQ

O presente trabalho possui como intuito tecer uma breve discussão a respeito da recorrência da tematização da participação masculina nos movimentos feministas. Sendo assim, teremos como objeto de análise sequências discursivas em circulação nos portais online da revista masculina GQ, em diferentes países. De forma a compreender como um lugar possível (ou não) para os homens em meio aos feminismos se constrói pela atualização de uma memória, pela repetição e por processos de subjetivação e identificação. Nossa pesquisa situa-se no campo da Análise de Discurso de orientação francesa. Mobilizaremos, assim, conceitos como lugar de enunciação, memória discursiva, formações imaginárias e formação discursiva, na tentativa de compreender os efeitos de sentido acionados pelo material de análise em questão. Pensando as características do discurso jornalístico (MARIANI, 1996), buscaremos compreender o funcionamento institucional da revista, verificando se há uma regularidade nas publicações em diferentes idiomas. Ademais, faremos um recorte do corpus compreendendo as particularidades da enunciação de sujeitos latino-americanos, historicamente colonizados e subalternizados (SPIVAK, 2010). Portanto, recorreremos à historiografia dos movimentos feministas do Brasil e México, de maneira a compreender como os dizeres da revista GQ deslocam sentidos sobre ser feminista e sobre o papel dos homens nesse contexto. Levaremos em conta, em nossas análises, como a divisão social do direito de enunciar (ZOPPI FONTANA, 1999, 2017) se articula de modo a determinar a eficácia de um dizer. Consideraremos, também, os mecanismos sócio-políticos de (des)legitimação de lugares de fala (RIBEIRO, 2017).

Dilemas da masculinidade em comunidades de leitores da revista Men´s Health

Neste artigo, analiso as representações sobre masculinidade e cuidado de si em comunidades de leitores da revista Men’s Health. Com base na análise de tópicos e postagens em comunidades online, abordo desde as tensões em torno da oposição homossexual / heterossexual na autodefinição dos leitores, até a ênfase em um corpo concebido, a um só tempo, como saudável e masculino. Meu objetivo é examinar a construção de uma imagem de si masculina entre estes leitores, que se valem de temas, problemas e técnicas de si que estão presentes na revista, mas, sobretudo, além dela, e que dizem respeito a um determinado estilo de masculinidade, em que a expressão de si através da exposição do corpo desempenha um papel primordial.

Acorda Raimundo: Homens discutindoviolências e masculinidade

Psico, 2007

Este é um estudo pautado nos referenciais de gênero que tem por objetivo investigar o que pensam os homens sobre a violência doméstica de gênero e quais os valores envolvidos na construção da identidade masculina na cultura contemporânea. O trabalho foi realizado por meio de grupos de discussão com trabalhadores de uma empresa de transportes coletivos da cidade de Porto Alegre. Foram três grupos nos quais participaram voluntariamente 10 homens adultos casados. A primeira questão lançada ao grupo problematizava o porquê da violência conjugal. Os homens discutiram animadamente, contaram episódios de suas vidas, assumiram a agressão às mulheres, porém, culpando-as por isso, afirmando que elas começam as brigas. Assistiram ao filme "Acorda Raimundo" que estimulou uma reflexão sobre a construção da masculinidade, os papéis de gênero e a validação homossocial do ser homem. Houve relatos de violências, brigas e traições, mas também falaram de relações conjugais pautadas no respeito e na negociação de conflitos. Ao encerrar eles avaliaram positivamente a atividade e sugeriram a continuidade do grupo na empresa. Palavras chave: Grupos de discussão; masculinidades; identidade de gênero; violência de gênero.

Masculinidades inerentes à política brasileira de saúde do homem

Revista Panamericana de Salud Pública

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