Avaliação da Qualidade de Vida em Doentes com Insuficiência Cardíaca Submetidos a Terapêutica com Cardioversor Desfibrilhador Implantável (original) (raw)

Qualidade de vida de portadores de insuficiência cardíaca

Acta Paulista de Enfermagem, 2008

Objetivo: Identificar o nível de qualidade de vida de portadores de insuficiência cardíaca; o grau de insuficiência cardíaca dos pacientes; a opinião dos portadores de insuficiência cardíaca quanto ao seu estado de saúde atual quanto comparada há um ano atrás. Métodos: A amostra foi composta por 30 portadores de insuficiência cardíaca atendidos em ambulatório de um hospital geral e público do município de Taboão da Serra -SP. Para a coleta de dados foi utilizado o Medical Outcomes Study 36-item Short Form Health Survey (SF-36). Resultados: Os resultados do estudo permitiram identificar o nível de qualidade de vida em diferentes dimensões: aspectos físicos (08); aspectos emocionais (09); capacidade funcional ; estado geral da saúde (34); dor (39); aspectos sociais ; vitalidade (47) e saúde mental (53). Conclusão: Esse estudo pode contribuir para a melhora da assistência de enfermagem prestada a portadores de insuficiência cardíaca na medida em que ressalta as limitações vivenciadas por esses indivíduos, bem como o impacto dessas limitações em seu padrão de vida normal. ABSTRACT Objective: To identify the level of quality of life of heart failure patients; the patients' degree of heart failure; the hart failure patients' opinion on their current health status in comparison with one year earlier. Methods: The sample was composed of 30 heart failure patients attended at an outpatient clinic of a general hospital in Taboão da Serra -SP, Brazil. The Medical Outcomes Study 36-item Short Form Health Survey (SF-36) was used for data collection. Results: The study results permitted the identification of the level of quality of life in different dimensions: role-physical (08); role-emotional (09); physical functioning (22); general health (34); bodily pain (39); social functioning (39); vitality (47) and mental health (53). Conclusion: This study can contribute to improve nursing care delivery to heart failure patients to the extent that it highlights the limitations these persons experience, as well as how they influence their normal way of life. Artigo recebido em 15/03/2007 e aprovado em 15/06/2007 Acta Paul Enferm 2008;21(2):243-8.

Percepção Da Qualidade De Vida De Portadores De Insuficiência Venosa Crônica

2013

Este trabalho buscou verificar qual a percepcao da qualidade de vida de portadores de Insuficiencia Venosa Cronica em tratamento fisioterapico e o impacto da doenca na vida destes individuos. Teve como metodologia os preceitos de pesquisa qualitativa embasada no metodo analise de conteudo de Bardin, com entrevista semi estruturada e com questoes abertas. Foram entrevistados 5 (cinco) voluntarios com diagnostico de insuficiencia venosas cronica em tratamento fisioterapico na clinica de fisioterapia da Universidade do Vale do Itajai. O conteudo das entrevistas foi analisado pelas pesquisadoras e categorizados, obtendo as seguintes categorias sobre percepcao da qualidade de vida: capacidade funcional, dor, tranquilidade financeira e isolamento social. Percebendo que as respostas estao diretamente relacionadas com a vivencia de cada individuo, pode se considerar com este estudo, que qualidade de vida para estas pessoas, e ter capacidade funcional, ou seja, ser independente para suas ati...

Incidência de choques e qualidade de vida em jovens com cardioversor-desfibrilador implantável

Arquivos Brasileiros De Cardiologia, 2007

OBJETIVOS: Avaliar a incidência e a causa de choques de CDI em crianças e adolescentes e sua repercussão na qualidade de vida (QV). MÉTODOS: De março/1997 a fevereiro/2006, 29 pacientes (15,7±5,4 anos) foram submetidos a implante de CDI. Parada cardiorrespiratória recuperada (41,5%), taquicardia ventricular sustentada (27,6%) e profilaxia primária de morte súbita cardíaca (30,9%) motivaram os implantes. O número de terapias foi avaliado por entrevista e pela telemetria dos CDI. A QV foi avaliada pela aplicação do questionário SF-36 e comparada à de indivíduos saudáveis. Empregou-se o método de Kaplan-Meier para análise da sobrevida livre de choques. RESULTADOS: Após 2,6±1,8 anos de seguimento, 8 (27,6%) pacientes receberam 141 choques apropriados em razão de TV polimórfica (6) ou FV (2), e 11 (37,9%) sofreram 152 choques inapropriados em razão de taquiarritmias supraventriculares (8) ou oversensing (3). A expectativa de sobrevida livre de choques apropriados foi de 74,2%±9,0 após um ano, e de 66,7%±10,7 após três anos. Observou-se diminuição da QV nos aspectos físicos (61,7±28,7), na vitalidade (64,7±19,1), na saúde mental (65,9±22,7) e nos aspectos emocionais (66,7±38,5). Medo e preocupações relacionados ao CDI foram referidos por todos os pacientes. CONCLUSÃO: A despeito da grande eficácia dessa terapêutica, a incidência elevada de choques interferiu na QV e na adaptação ao dispositivo.

Qualidade de vida em pacientes infartados participantes de um programa de reabilitação cardíaca

VITTALLE - Revista de Ciências da Saúde

O infarto agudo do miocárdio (IAM), como uma injúria cardíaca irreversível, tem um importante impacto na qualidade de vida (QV) do paciente. Este trabalho objetiva descrever a qualidade de vida de pacientes após infarto agudo do miocárdio antes e após o programa de reabilitação cardíaca por meio do questionário Mac New , além de analisar possíveis alterações da capacidade física. Trata-se de um estudo intervencionista não randomizado com 44 pacientes após evento de infarto agudo do miocárdio antes e após a execução do programa, por meio da aplicação do questionário sobre qualidade de vida. Foram analisados 44 pacientes com diagnóstico confirmado de infarto agudo do miocárdio, sendo todos do sexo masculino, com média de 64,25 (+2,217) anos. Houve diferença estatística significativa no escore total entre antes e após a intervenção (p = 0,0195), e também em seus domínios, exceto no social. Quanto à análise da capacidade física antes e após a intervenção não houve diferença relevante es...

Capacidade funcional como preditor de qualidade de vida na insuficiência cardíaca

Fisioterapia em Movimento, 2013

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) prejudica a qualidade de vida (QV), enquanto a reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) de pacientes com a síndrome proporciona melhora da capacidade funcional (CF) e da qualidade de vida. OBJETIVOS: Determinar a relação dos domínios da QV com a CF de pacientes com IC, assim como propor pontos de corte dos domínios da QV por meio da CF. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliou-se 57 pacientes com IC, classe funcional II e III, sendo 37 ingressantes (GI) no programa de RCPM e 20 participantes (GP) com mais de três meses de programa. A QV foi avaliada pelo questionário de Minnesota por meio dos domínios físicos, emocionais e dimensões gerais. A CF foi determinada por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6'), tendo pontos de corte definidos conforme proposto na literatura. Utilizou-se teste t de Student, correlação de Pearson e análise da curva ROC para responder aos objetivos da pesquisa, considerando significância de 5%. RESULTADOS: P...

Qualidade de vida de pessoas com deficiência física ativas e insuficientemente ativas

RBPFEX - Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2020

Quality of Life of people with physical disabilities, active and insufficiently active The purpose of this study was to evaluate the quality of life of people with disabilities who are considered active and insufficiently active. This is a descriptive cross-sectional study conducted with 114 physically disabled people from Manaus, in the Brazilian state of Amazonas. The International Physical Activity Questionnaire-IPAQ. long version was used for measuring physical activity level, and the World Health Organization Quality of Life-Bref questionnaire was used for measuring quality of life. The statistical analyses included descriptive analyses of measurement of central tendency (mean), measurement of position (minimum and maximum value), and correlation (Spearman). The data analysis was undertaken using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) program. The results showed a predominance of the male gender, aged between 31 and 45 years old, with high school. Of the 114 interviewees, most were considered insufficiently active (53.5%), and their average physical activity expenditure in minutes per week was 79.54, while those considered active (46.5%) were 582.38 minutes per week. The quality of life of people with active physical disabilities had better scores when compared to those who were insufficiently active. There was also a significant and positive association in individuals with physical disabilities between the domains of physical activity and quality of life. It is concluded that a more active lifestyle may favor a better quality of life for people with physical disabilities. Therefore, it is essential to offer accessible spaces for leisure activities for this population.

Qualidade de vida do portador de marcapasso cardíaco definitivo: antes e após implante

2000

(1992), adaptado para portadores de marcapasso cardíaco definitivo. 108 v LISTA DE FIGURAS pág. FIGURA Triatomíneo. 11 FIGURA Distribuição geográfica da infecção humana por Trypanosoma cruzi nas Américas. 13 FIGURA Habitat ideal para o triatomíneo. 14 FIGURA Primeiro marcapasso cardíaco (Dr. Hyman). 19 FIGURA Listas alfanuméricas de satisfação e importância. 52 vi LISTA DE GRÁFICOS pág. GRÁFICO Grau de escolaridade de 80 pacientes submetidos a implante de marcapasso cardíaco definitivo. 67 GRÁFICO Número de pacientes empregados e desempregados antes e após implante de marcapasso cardíaco definitivo. 69 GRÁFICO Local de maior tempo de moradia de 80 pacientes submetidos a implante de marcapasso cardíaco definitivo. 70 GRÁFICO Religião de 80 pacientes submetidos a implante de marcapasso cardíaco definitivo. 71 GRÁFICO Avaliação do paciente sobre o benefício do implante do marcapasso como solução terapêutica. 78 GRÁFICO Qualidade de vida referida no pré-implante de marcapasso cardíaco definitivo. 80 GRÁFICO Qualidade de vida referida no pós-implante de marcapasso cardíaco definitivo. 80 GRÁFICO Intervalos de confiança das médias do Índice de Qualidade de Vida adaptado, de pacientes no pré e pósimplante de marcapasso cardíaco definitivo. 91 GRÁFICO Intervalos de confiança das diferenças nas médias do Índice de Qualidade de Vida de portadores de marcapasso cardíaco definitivo, de acordo com a renda mensal familiar. 97 GRÁFICO Intervalos de confiança das médias dos Domínios do Índice de Qualidade de Vida, no pré e pós-implante de marcapasso cardíaco definitivo. 103 vii RESUMO A estimulação cardíaca artificial que utiliza o marcapasso cardíaco definitivo é uma das alternativas para o tratamento das arritmias. Entretanto, o uso do marcapasso tem provocado reações singulares e alterações nos hábitos de vida dos portadores, o que, indiretamente, pode afetar sua qualidade de vida. Este estudo teve por objetivo verificar como o paciente portador de marcapasso cardíaco definitivo avalia sua qualidade de vida antes e após o implante do marcapasso. Foram entrevistados 80 pacientes imediatamente antes e após quatro meses de implante. Para avaliação da qualidade de vida, utilizou-se o Índice de Qualidade de Vida (IQV) de Ferrans e Powers: versão cardíaca (1992), que foi traduzido e adaptado para portadores de marcapasso. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (65,0%), maior que 61 anos (52,5%) e referiu como principais sintomas falta de ar (62,5%), cansaço (51,3%), tontura (45,0%), precordialgia (42,5%) e dor ou edema nas pernas (41,3%). Os demais sintomas referidos no pré-implante foram palpitação (26,3%), fraqueza (26,3%), síncope / desmaio (21,3%), turgor jugular (5,0%), inapetência / insônia (5,0%), hipertensão / nervosismo / suor frio (5,0%), cefaléia (3,8%). Todos os sintomas regrediram significantemente após o implante, exceto o turgor jugular. Dentre as atividades que deixaram de fazer pós-implante, 25,0% deixaram de pegar peso e 23,3% de trabalhar. O uso de eletrodomésticos foi mantido por 60,0% dos pacientes, 25,0% deixaram de usar ferro elétrico, 13,4% não usam mais chuveiro elétrico e 10,0% não usam mais telefone celular nem ligam a televisão. Os incômodos referidos por serem portadores de marcapasso foram atrapalhar o sono, interferir no trabalho, gerar medo, dor no sítio do gerador e interferência das pessoas na própria vida. As variáveis que mais influenciaram na mudança da qualidade de vida foram as dos Domínios "Saúde e Funcionamento" e "Psicológico / Espiritual" do IQV. Conclui-se que existe diferença entre a qualidade de vida antes e após o implante de marcapasso cardíaco definitivo, sendo maior, o Índice de Qualidade de Vida após o implante

Preditores de Terapias Apropriadas e Óbito em Pacientes com Cardiodesfibrilador Implantável e Cardiopatia Chagásica Crônica

Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2024

Fundamento: Existem poucos estudos retrospectivos e prospectivos sobre cardiodesfibrilador implantável (CDI) na prevenção primária e secundária de morte súbita na cardiopatia chagásica crônica (CCC). Objetivos: Descrever a evolução a longo prazo dos portadores de CCC com CDI e identificar e analisar os preditores de mortalidade e de terapia apropriada do dispositivo nessa população. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo histórico com 117 pacientes portadores de CDI e CCC. Dispositivos foram implantados de janeiro de 2003 a dezembro de 2021. Fatores preditores de terapias apropriadas e mortalidade a longo prazo foram identificados e analisados. O nível de significância estatística é de p < 0,05. Resultados: Pacientes (n = 117) tiveram mediana de seguimento de 61 meses (25 a 121 meses), sendo o gênero masculino (74%) predominante e a mediana de idade de 55 anos (48 a 64 anos). Houve 43,6% de choques apropriados, 26,5% de estimulação cardíaca antitaquicardia (ATP) e 51% de terapias apropriadas. Durante o seguimento, 46 pacientes (39,7%) foram a óbito. A mortalidade foi de 6,2% pessoas-ano (intervalo de confiança [IC] 95%: 4,6 a 8,3), com 2 mortes súbitas durante o seguimento. A prevenção secundária (hazard ratio [HR] 2.1; IC 95%: 1,1 a 4,3; p = 0,029) e a fração de ejeção menor que 30% (HR 1.8; IC 95%: 1,1 a 3,1; p < 0,05) foram preditores de terapias apropriadas. Escore de Rassi intermediário apresentou uma forte associação com ocorrência de ATP isoladamente (p = 0,015). A classe funcional IV (p = 0,007), fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 30 (p = 0,010) e a idade maior que 75 anos (p = 0,042) foram preditores de mortalidade total. Conclusão: Os desfibriladores na CCC apresentaram elevada incidência de acionamento apropriado especialmente naqueles pacientes de prevenção secundária, fração de ejeção do ventrículo esquerdo baixa e escore de Rassi intermediário. Os pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, classe funcional avançada e idade maior que 75 anos apresentaram elevada mortalidade.

Implantação de dispositivos de ressincronização e/ou desfibrilhação em doentes com insuficiência cardíaca: dados da vida real ‐ o Estudo Síncrone

Revista Portuguesa de Cardiologia, 2019

The aim of this study was to document clinical practice in Portugal regarding the use of electronic cardiac devices in patients with heart failure (HF) and reduced left ventricular ejection fraction (LVEF). Methods: The Síncrone study was an observational prospective multicenter registry conducted in 16 centers in Portugal between 2006 and 2014. It included adult patients with a diagnosis of HF, LVEF <35% and indication for implantable cardioverter-defibrillator (ICD) and/or cardiac resynchronization therapy (CRT) devices, according to the recommendations of the European Society of Cardiology at the beginning of the study. Patients were followed for one year according to the practice of each center. Results: A total of 486 patients were included in the registry, half of whom received an ICD and the other half a CRT pacemaker (CRT-P) or CRT defibrillator (CRT-D). Mean age was 65±12 years and the most frequent causes of HF were ischemic (47%) and idiopathic dilated cardiomyopathy (28%). Overall mortality at one year was 3.6% and the hospitalization rate was 11%, significantly higher in patients with CRT-P/CRT-D than with ICD (17% vs. 5.6%, p<0.001). Patients who received CRT-P/CRT-D experienced significant reductions in QRS duration (160±21 vs. 141±24 ms, p<0.001) as well as improvement in New York Heart Association functional class. Conclusion: The Síncrone study shows that the use of implantable devices in HF with reduced LVEF in Portugal is in accordance with international recommendations and that patients presented functional improvement and reduced one-year mortality.