OS MISTÉRIOS DOS ORIXÁS (original) (raw)

A ORIGEM DOS MISTÉRIOS

Se a humanidade aceitou algum dia uma verdade para depois negá-la obcecadamente, não é retrocesso o tornar a reconhecê-la".

HAITI: A BANDEIRA DOS ORIXÁS

EDITORA KOTEV, SÉRIE AFRICANIDADES 10/ ENSAIO DIGITAL DISPONIBILIZADO EM FOCO DE FATO, 2017, 2017

Haiti: A Bandeira dos Orixás é um texto digital primeiramente disponibilizado aos 14 de Setembro de 2016 no Blog Foco de Fato - Notas e Comentários Politicamente Incorretos. A presente edição deste texto foi masterizada em Julho de 2017 pela Editora Kotev (Kotev ©) para fins de acesso livre na Internet. A edição de 2017 foi levemente ampliada e inclui três novas imagens, incorporando também as regras atualmente vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo e normatizações editoriais inerentes ao formato PDF. A Bandeira dos Orixás é um material gratuito, sendo vedada qualquer modalidade de reprodução comercial e de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev. A citação do material deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor e apensos editoriais de acordo com o padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Haiti: A Bandeira dos Orixás. Série Africanidades Nº. 10. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2017.

ORFEU, O CANTOR DOS MISTÉRIOS

Entrelaces - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras UFC Ano III – nº 3 – novembro 2013, 2013

Resumo: Pretendemos analisar características fundantes do culto órfico, notadamente iniciação, abstenção de carne e sacrifício de hinos, bem como destacar a relevância desse culto de mistérios na formação das ideias gregas sobre a alma, no período clássico, em contraposição ao período arcaico. Segundo Manfred Lurker (2003, p. 500), o culto expressa, externamente, o respeito interior relacionado ao divino. Dele fazem parte as festas religiosas e os mistérios, os quais correspondem, por sua vez, a " cultos secretos em oposição a cultos de Estado " (p. 443). A participação nos mistérios, contudo, reclama um ingresso ritualístico, um rito de passagem, uma transição simbólica da morte para o renascimento. " Na Antiguidade, a iniciação era a admissão aos mistérios. " (p. 349) Abstract: We intend to analyze characteristics of the founding Orphic cult, especially initiation, abstinence from meat and sacrifice of hymns, as well as highlighting the relevance of this cult of mysteries in the formation of Greek ideas about the soul, in the classical period, as opposed to the archaic period. According to Manfred Lurker (2003, p.500), the cult expressed externally, respect related to the divine within. Are part of religious festivals and mysteries, which correspond, in turn, the "secret cults as opposed to cults of state" (p. 443). The participation in the mysteries, however, claim a ticket ritual, a rite of passage, a transition symbolic death to rebirth. "In antiquity, the initiation was admission to the mysteries." (P. 349)

APOSTILAS ERVAS DOS ORIXÁS

ERVAS DOS ORIXÁS, 2020

Boldo do Chile (Chá para limpar o sangue, evitar em gravidez, Banho para purificação e energização para trazer paz e limpar os chacras, protege contra energias negativas, equilibra as energias e dissipa as energias em volta). Erva-Doce (Estimula bom relacionamento, energia, coragem, banhos energéticos, padrão vibratório da erva ajuda a limpar das energias negativos, contém muito potássio que ajuda na pressão arterial e os batimentos cardíacos, o chá traz muitos benefícios auxiliando no equilíbrio físico mental, espiritual e emocional, acender uma vela e colocar em volta da vela traz paz e sensação de tranquilidade). Algodão (Na essência a raiz e as folhas pode ser feito chás para efeito diurético, antiasmático, antianêmico, o chá da casca e da raiz auxilia no aumento do leite materno, a folha é muito utilizada no culto a Oxalá, é usada em Borí, feituras, obrigações e outros rituais direcionados a Oxalá. O algodão é pacificador, traz pureza, calmaria e clareza, um pedido simples com a utilização do algodão pede-se paz e proteção ao Orí. Malva Branca (Excelente para questões de febre, infecção urinária, reumatismo, cólicas, ansiedade, inflamação de garganta, disfunção sexual, uma planta que ajuda no sistema nervoso central, calmante, utiliza-se para diminuir a frequência cardíaca, reduz açúcar no sangue, pressão arterial, efeito analgésico, anti-inflamatório, antioxidante, para preparar o chá; uma colher de chá numa xícara com água fervente até ficar morno e depois coar, tomar duas vezes ao dia e nunca misturar com remédios que contenham café e refri. Tbm limpa as energias negativas no corpo e pode-se utilizar para limpar a casa. Folha da Laranjeira (Indicado para utilizar na limpeza de comércios e traz vitalidade, a casca e o fruto depois de seca pode se utilizar como defumações para purificar e energizar o ambiente, o banho e a água servem para repor as energias vitais (quando estiver muito cansado), a água se ingerida ajuda nos problemas estomacais e digestivos, ajuda a crescer cabelos, ajuda a dormir e ajuda em problemas de queimações solares, em animais você coloca água de flor de laranjeira e ajuda na cicatrização. Como preparar a água de flor de laranjeira: 50g de flores de laranjeiras, ½ litro de água, colocar as folhas e cobrir com água, misturar com colher de pau por 5 minutos, depois tampa vaso e deixe descansar por 24 horas, depois coar a água, deixe descansar por 30 minutos e depois pode utilizar como perfume. Rosas Brancas (Auxilia na conexão com a família espiritual, harmoniza o ambiente, ajudam na paz interior, purifica, usar em ambientes traz paz e protege das energias negativas, usadas para a conexão com Iemanjá e Oxalá, o banho traz calma e purifica os sentimentos, estimula o perdão e autoperdão, a compaixão. o chá pode ser tomado para acalmar pessoas estressadas e nervosas, auxilia no processo de cura e na insônia. Erva Cidreira (Bom para gases e problemas estomacais, insônia, depressão, reduz estresse, cólica, ótimo calmante, diminui a pressão arterial, diminui colesterol, previne doenças cardiovasculares, não é indicada para gestantes e crianças de abaixo de 12 anos. O banho serve para acalmar pessoas nervosas e agitadas, ajuda a relaxar e limpar os maus pensamentos levando para longe, combate o estresse.

CONHECENDO OS ORIXAS

Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.

PETISTAS E MARXISTAS NO MUNDO DOS ORIXÁS

A religião é o ópio do povo." Esta é uma afirmação muito famosa e popular na esquerda brasileira e a nível mundial. Porém, em alguns contextos, ela, vem sendo rediscutida e analisada com mais cuidado.nos últimos trinta anos Quando os fundadores do marxismo afirmaram que a religião era o baluarte do obscurantismo e do conservadorismo, eles analisavam uma realidade específica, onde os dogmas do catolicismo estavam de mãos dadas com o poder das classes dominantes e justificando o mundo onde existia opressão, miséria e alienação na maioria dos povos europeus. E hoje, a religião ainda está camuflando uma realidade como no século XIX? Acredito que em vários contextos ela ainda cumpra -enquanto instituição -um papel específico na dominação de classes. Mas, no contexto latino-americano, esta "pérola" das análises marxistas deve ser revista e devemos procurar "um novo caminho interpretativo" no que diz respeito ao papel da(as) religião(ões) nas lutas contra a opressão capitalista. Com vários exemplos -Nicarágua, El Salvador, Haiti, lutas camponesas no Brasil,etc -nos últimos anos existe um pensamento religioso que utiliza conceitos marxistas e INSPIRA lutas de libertação social: a Teologia da Libertação. Ela usa seus recursos materiais e espirituais para a luta dos trabalhadores por uma nova sociedade. Quem ainda não viu no PT, vários militantes que a partir da fé cristã,inspirado pela Teologia da Libertação -ou da Esperança -lutaram e lutam ao lado dos marxistas e ateus por uma sociedade socialista? E sem dúvida uma grande parte dos fundadores do PT veio das CEBs. Ou seja, não é somente o entendimento das condições materiais que determina a luta por uma utopia -a ideologia e a consciência de classe -mas TAMBÉM uma fé ,uma esperança religiosa. Porém, essa discussão é reconhecida por unanimidade no interior do partido. Quem duvida que os motivos profundos de um Frei Beto, por exemplo, para lutar pelo socialismo, 1 Texto publicado no Jornal Em Tempo, São Paulo, v. 295, p. 13 -14, 01 ago. 1997.

A PHÝSIS DA ORIGEM

Livro publicado em 2005 e que apresenta a tese de que a origem dos eventos históricos está no viger dos acontecimentos e não na manifestação primeira.

AS ORIGENS DA TORÁ

Por volta dos séculos V e IV a.C., a nação judaica passou por um processo de reestruturação. Após o exílio babilônico imposto por Nabucodonosor II, os judeus exilados retornaram à Palestina, agora sob a proteção política dos persas. Estes deram apoio para a reorganização do estado israelita e permitiram a atuação de governadores, os quais, mais tarde, vieram a propiciar o surgimento de uma monarquia sacerdotal. Esta reestruturação com vistas à formação de um novo estado implicou a recriação da identidade cultural israelita, de maneira que se processou um levantamento da tradição oral e escrita. Este processo de redescoberta cultural para se estabelecer uma identidade incluiu a junção da antiga literatura judaica com uma nova literatura, sendo que esta última tentava preencher as lacunas daquela e, ao mesmo tempo, conceber uma visão ampla e universal. Como tal compilação partiu da classe sacerdotal, o texto final vinha acompanhado por uma atmosfera religiosa e moral. Assim, nasceu a Torah, que chamamos de Pentateuco, o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia. O texto da Torah, por ser fruto de uma fusão de textos antigos e novos, espelha em seu conteúdo várias tradições fragmentárias e dispostas conforme o objetivo do compilador sacerdotal. No entanto, estas tradições possuem muitos paradigmas anteriores, adaptados conforme o intuito do redator, colhidos de textos mitológicos de povos estrangeiros e da própria Palestina. Para exemplificar o processo de formação da Torah, podemos analisar o livro de Gênesis, iniciando pelo capítulo 1, que relata a criação do mundo. A ideia de um deus que faz surgir o mundo pela sua palavra já era conhecida dos egípcios, entre os quais dizia-se que o deus Ptah criou o mundo por meio de sua palavra. O cenário primevo de um espírito sobre as águas profundas do abismo lembra o mito do deus babilônico Marduc (o espírito triunfante e forte) que domina a deusa Tiamat (o mar revoltoso). A separação da luz das trevas parece basear-se na cultura persa, no dualismo zoroástrico. A divisão do texto de Gênesis 1 em sete partes correspondentes a sete dias segue a estrutura do poema babilônico Enuma Elish (3º milênio a.C.), que foi composto em sete cantos ou tabletas. Neste poema o homem é criado no sexto canto, assim como no Gênesis o homem surge no sexto dia (Gên. 1, 26-31). Nos capítulos 2 e 3 de Gênesis temos a história de Adão, do jardim do Éden, de Eva, da serpente, das duas árvores e da expulsão do Éden. Nestes relatos vemos a fusão de várias tradições mesopotâmicas e cananeias. O pano de fundo realístico é a legitimação política do governo monárquico pastoril, 1 representado pelo Deus Javé, sobre o povo agrícola da terra de Canaã (os cananeus; Gên. 2, 15), representado pela serpente e por Adão e Eva. Temos também a imposição da religião oficial sobre a religião não oficial, respectivamente (compare com a história de Caim, o agricultor, que oferece a Deus em oblação produtos da terra, e Abel, o pastor, que oferece as primícias e a gordura de seu rebanho; o resultado disto foi a recusa da parte de Deus da oblação de Caim e a preferência pela de Abel; v. Gên. 4). 2 A figura de Adão, um ser exclusivamente vegetariano (Gên. 1, 29), é tomada do herói mesopotâmico Enkidu, encontrado na Epopeia de Gilgamesh (3º milênio a.C.), o qual é formado do barro pela deusa Aruru e vive entre os animais (Gên. 2, 7.19-20). As ideias de um casal e de

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de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.

ORÍKÌ FÚN ÒRISÀS

this document brings a copy of different orikis directed to the deities of the iouruba