GLÁUCON, ADIMANTO E A NECESSIDADE DA FILOSOFIA (original) (raw)
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Neste artigo procura-se pensar a relação, complexa, e mesmo ambígua, de Foucault com a filosofia. Com a filosofia e, neste caso, com Kant e Nietzsche, sendo talvez mais kantiano do que nietzscheano.
A QUESTÃO DA ACRASIA NA FILOSOFIA DE PLATÃO
RESUMO: Os procedimentos de nossa investigação seguirão os já utilizados na pesquisa de caráter hermenêutico. Inicialmente, nossa preocupação será fazer uma análise da noção de acrasia, tendo como referência o diálogo A República. A análise, no entanto, partirá de uma relação entre o Protágoras e esse diálogo. E num segundo momento faremos uma comparação da República com as Leis. Em cada obra procuraremos comprovar em que contexto Platão emprega o conceito de acrasia e concomitantemente como o filósofo o relaciona entre as obras destacadas. Finalmente, a partir das análises estruturais, identificaremos qual é o lugar pertinente da acrasia e sua importância no contexto da filosofia platônica. PALAVRAS-CHAVE: Platão. Acrasia. Ética. ABSTRACT: The procedures of our research will follow the ones already used in the hermeneutic character research. Initially, our concern will be to analyse the notion of akrasia having as reference the Republic dialogue. The analysis, however, starts from a relation between the Protagoras and this dialogue. In a second phase, we will compare the Republic with the Laws. In each work we will seek to prove in what context Plato uses the concept of akrasia and concurrently as the philosopher relates it among the Works highlighted. Finally, from structural analysis we identify what is the appropriate place of akrasia and its importance in the context of platonic philosophy.
FILOSOFANDO COM GADAMER E PLATÃO: MOVIMENTOS, MOMENTOS E MÉTODO[S] DA DIALÉTICA
Resumo: À luz da Carta Sétima de Platão, justificamos o filosofar tramado entre o exercício fenomenológico e hermenêutico sob a égide dos 'elogios à verdadeira filosofia'. Desenvolveremos aqui que ele se efetiva dialeticamente segundo os movimentos descendente [constituída pelo todo da carta; trata-se da vertente dialógico-prática – ética, política] e ascendente [descrita na digressão da carta; trata-se da face inteligível-teórico-metafísica]. Conferiremos atenção especial aos cinco momentos [nome, definição, imagem, ciência e 'a coisa mesma'] do itinerário ascendente. Ao final, mostraremos que o método do método dialético é dialético também e efetiva-se tanto entre os dois movimentos quanto entre seus momentos internos o que leva à instituição de uma circularidade espiral ascensional ou de um círculo virtuoso. Com isto mostraremos que o filosofar constitui-se enquanto uma metafísica dialética marcada pela temporalidade e liberdade humana. Abstract: Following Plato's Seventh Letter we justify the philosophy plotted between the phenomenological and hermeneutical exercise under auspices of the 'compliments for true philosophy'. We will develop that this philosophy is accomplished dialectically according to descendent movement [formed by the whole letter; it is the dialogical and practical aspects – ethics, politics] and ascending movement [described in the tour of the letter; it is the theoretical and intelligible face – metaphysics]. We will grant a special attention to the five moments [name, definition, image, science and 'the thing itself'] of the ascending route. Finally we will show that the method of the dialectic method is also dialectic and is accomplished in these two movements and in its internal moments which leads to the establishment of an ascending spiral circularity or a virtuous circle.
PRAGMATISMO: UMA FILOSOFIA DA AÇÃO
RESUMO: O presente artigo discute a contribuição dos filósofos americanos William James, Charles Sanders Peirce e John Dewey acerca da constituição de uma filosofia da ação: o pragmatismo. O estudo apresenta a cena filosófica de surgimento do pragmatismo, um estudo do conceito de pragmatismo e realiza uma caracterização dos chamados pragmatistas clássicos, especialmente, o debate que eles promovem com as vertentes racionalistas e idealistas. A finalidade é a apresentação do pragmatismo como alternativa às querelas filosóficas intermináveis que não contribuem para a efetiva ação do pensamento sobre o mundo. Deste modo, aponta-se uma alternativa para pensar uma educação de base pragmatista. Palavras-chave: Pragmatismo, experiência, ação, educação.
Afasta-te de todas as impressões dos sentidos e da imaginação, e crê apenas na tua razão." René Descartes "O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam." Blaise Pascal O homem é um ser racional, pois é esse princípio que o diferencia dos outros animais, ou como afirmava Aristóteles, ''um animal político. '' Logo a razão é o que move o ser humano, todas as atitudes, vida cotidiana, problemas e etc. tudo está em volta da razão humana, à vida do homem em sociedade é medida pela razão.
SIMPÓSIO PORTUGAL PRECISA DE FILOSOFIA
Elina Batista
Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá.
Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá. Elina Baptista AEOH-Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital Reflexão para obtenção de acreditação de quinze horas.
O GÓTICO EM WILLIAM FAULKNER E LÚCIO CARDOSO: UMA LEITURA COMPARADA
O presente artigo busca analisar os elementos góticos dos contos “Céu escuro” (1940) – e de suas narrativas relacionadas, a saber: “Um capítulo de romance” (1940) e “História de Cristiana” (2) (1944) –, do escritor brasileiro Lúcio Cardoso, e “Uma rosa para Emily” (1930), do escritor norte-americano William Faulkner. A hipótese de trabalho é a de que as realizações do Gótico de ambos os escritores, a despeito de suas diferentes nacionalidades, possuem diversas semelhanças, a saber: as casas retrata- das como loci horribiles e a tematização de terrores familiares e de uma aristocracia rural decadente, apenas para citar alguns. Busca-se, assim, comprovar que o Gótico é uma poética consistente e com elementos narrativos identificáveis. Como fundamentação teórica, serão utilizados os trabalhos de Júlio França (2020), Fred Botting (2014) e Catherine Spooner (2007), entre outros.
A QUESTÃO DA UNIVERSALIDADE DA FILOSOFIA
Nova Águia. Revista de Cultura para o Século XXI, 2011
«A filosofia é uma tradição grega»: tal foi o que afirmei no início de um curso de introdução à filosofia medieval – latina –, há uns anos atrás, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A minha afirmação causou de imediato uma reacção misturada de perplexidade e escárnio num dos estudantes presentes, que tinha sido educado em Inglaterra. O estudante em causa alimentava a expectativa de encontrar na filosofia um saber que, na actualidade e como que numa expressão de maturidade, pudesse desenvolver-se autonomamente como uma ciência, suportada por amplos consensos da comunidade científica, e, portanto, de valor universal, sem os liames culturais do passado, que não reteriam hoje senão um interesse histórico, semelhante ao do folclore. É verdade que a filosofia sempre procurou um alcance universal: fosse através dos modelos de saber que criou, como ilustra, desde logo, o modelo aristotélico de ciência; fosse através da busca de uma linguagem universal, como ilustram quer o conceito medieval de verbo mental quer o intento bem mais recente de formalização de doutrinas filosóficas, que alentou alguns sectores da filosofia do séc. XX, com base no desenvolvimento da lógica formal. Todavia, não é menos verdade, historicamente, que a filosofia nunca logrou esse almejado alcance universal pelos meios que forjou.
A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA VIDA DO CIDADÃO E O PAPEL DA FILOSOFO "
A filosofia universitária em Luanda, tendo adotado os critérios padronizados de informação científica, incorporou, junto com eles, o modo de discussão e triagem consensual empregado nas "ciências humanas". Isto é à primeira vista um progresso, mas tem por consequência levar o estudioso para cada vez mais longe da ascese interior e transformá-lo num trabalhador científico rotineiro, empregado numa atividade coletiva onde o que interessa é obter um resultado global no qual o nível de consciência e a perfeição da alma de cada participante não contam para absolutamente nada. É preciso alargar as competências filosóficas para além das fronteiras institucionais e profissionais estreitas onde alguns querem encurralá-las.