Paisagem sonora do espaço migrante (original) (raw)

A paisagem sonora religiosa

Para Onde, 2012

The religious places produce soundscapes that involve their people, and transmit values and connect them with the sacred, which contributes to the identification between being religious and the religious space and, consequently, with the sound space in and through it produced. The religious space allows the sharing of experiences and memories, providing the basis for the construction of group iden tity and religion. This article explores the relationship between the soundscape produced in religious spaces to be religious, taking as its premise the idea that the soundscapes act in the construction of land scapes of memory, essential to the identity construction of being religious.

Texturas sonoras de um mundo em imersão

Texto sobre o conceito de "escuta háptica" aplicado ao cinema contemporâneo, publicado (p.64-69) no catálogo da mostra Sonoridade Cinema (organizado por Jo Sefarty e Guilherme Farkas), realizada na Caixa Cultural, Rio de Janeiro em novembro de 2015)

Da Paisagem Sonora à Escuta que faz a Paisagem

Revista Coloquium Humanarum, 2017

RESUMO O presente texto é decorrência de um projeto de pesquisa que inicialmente buscou criar protocolos de classificação de paisagens sonoras. No entanto, em meio ao estudo conceitual os objetivos do mesmo foram se reformulando. A discussão de conceitos como " evento sonoro " ou "objeto sonoro " " , ou ainda " escuta reduzida " configurou-se em dimensão central dessa pesquisa na medida em que tais conceitos são fundamento para a escolha de critérios e o estabelecimento de variáveis a se classificar. Ao fim desse período de leituras, discussão e exercícios de classificação de paisagens sonoras o projeto aponta para a necessidade de se propor uma alteração profunda na terminologia utilizada até aqui. Trata-se de completar o conceito de som pelo conceito de escuta, pensando assim bem mais em " escuta de paisagens " do que em " paisagem sonora " como algo que exista antes da escuta. ABSTRACT This article is the result of a research project that initially sought to create classification protocols of sound landscapes. However, in the midst of the conceptual study of goals in the same way reformulating. The discussion of concepts such as "sonorous event" or "sonorous object", or even "reduced listening", has become a central dimension of this research insofar as such concepts are fundamental for a choice of criteria and the establishment of variants to be classified Throughout the study period, discussion and exercises of classification of landscapes, the project points to a need to propose a profound change in the terminology used up to now. It is a question of complementing the concept of sound through the concept of listening, thus thinking Much more in "listening to landscapes" than in "sound landscapes" as something that existed prior to listening. INTRODUÇÃO As paisagens sonoras, enquanto um conceito abordado em diferentes áreas do conheci-mento, tais como a música, as artes, a biologia, geografia e a arquitetura e urbanismo, têm sido cada vez mais relevantes especialmente nas pesquisas dos últimos vinte anos. Em qualquer aplicação do conceito e da experiência de ouvir e produzir paisagem sonora, é sempre imprescindível que esta seja objeto de análise e descrições classificatórias dos ouvintes. É a partir dessa atividade analítico-descritiva que se iniciam as muitas práticas envolvidas com a produção, e planejamento de ambien-tes sonoros.

Ambiência e desenho sonoro no documentário Terras (2009)

Culturas Midiáticas, 2019

Este artigo parte da análise fílmica do documentário Terras (2009), de Maya Da-Rin, para propor uma reflexão acerca do potencial narrativo e estético do som ambiente no cinema. Partimos da hipótese de que há um conjunto de produções no documentário brasileiro contemporâneo que apontam para o mesmo caminho de explorar esse elemento sonoro para além de um acessório figurativo da imagem. Com base nos conceitos de desenho sonoro e hiper-realismo sonoro, ao longo desta análise procuramos compreender os modos pelos quais os ruídos deixam de ser apenas um pano de fundo sônico das imagens e passam a produzir sentidos e sensações.

A Paisagem Sonora e as sonoridades da cena

Anais ABRACE, 2013

A fim de abordar aspectos das sonoridades (palavra, musica de cena e sonoplastia) em seus fazeres teatrais, professores, atores, diretores e sonoplastas tem utilizado com certa recorrência no Brasil o conceito de paisagem sonora para tal fim. Esse conceito foi cunhado pelo compositor e autor canadense Raymond Murray Schafer nos anos 70 do século XX. Desde então, tem tido uma relevância considerável em pesquisas de distintas áreas de conhecimento. O presente artigo problematiza sua utilização como uma possibilidade de se refletir sobre as sonoridades da cena e algumas de suas variáveis. Para tal, são apresentadas as definições de paisagem sonora, som fundamental, marca e sinal sonoro que, na perspectiva de Schafer, compõem o conceito de paisagem sonora. Após está exposição, é realizado um cruzamento entre tais conceitos e as especificidades dos sons identificados na cena. Por fim, são realizadas apreciações sobre a efetividade do uso do referido conceito nas artes cênicas. Palavras-chave: paisagem sonora. sonoridades da cena. palavra em performance. musica de cena. sonoplastia.

A paisagem sonora da Ilha dos Valadares

2009

vi AGRADECIMENTOS À Deus, pela vida, e por me presentear no decorrer dela com pessoas maravilhosas que surgem a cada instante. À Carolina Batista Israel, que abriu mão de noites de sono para estar ao meu lado. Meu agradecimento e amor pelo que és. À professora Salete, que em mais essa trajetória mostrou-se uma verdadeira geógrafa humana. Pelo carinho e atenção, e por ser a terceira avó querida da minha filha Alice, meu muito obrigado! Aos professores da Pós-graduação em Geografia da UFPR, que apresentaram autores, pensamentos e contrapontos para repensarmos nossas caminhadas. Em especial aos professores Wolf Dietrich Sahr, por me apresentar alguns dos até então desconhecidos geógrafos do mundo dos sons; ao professor Sylvio Fausto Gil Filho, por compartilhar Cassirer; ao professor Francisco de Assis Mendonça, pelas contribuições epistemológicas; e ao professor Luis Lopes Diniz Filho, que contribui polemicamente e grandemente para "as epistemologias e metodologias" geográficas.

Músicas e Territórios

Polem Ca, 2012

Resumo: Este artigo tem por objetivo trazer à luz a ideia de que a prática musical, mais do que relacionada a estéticas, está antes relacionada a um processo minucioso de desenhos de territórios, e que tais territórios não são apenas sonoros, mas também táteis e visuais. O ponto de partida é a escuta para Pierre Schaeffer, subsídio para adentrar a ideia de ritornelo e territorizalização desenvolvidos por Deleuze e Guattari, em Mil Platôs, pensamento no qual a música e os sons têm um lugar privilegiado. Palavras-chave: prática musical, Pierre Schaeffer, música Em um livro que marcou profundamente o modo de se pensar a música no séc. XX, o Traitée des objects musicaux, 1 o compositor francês Pierre Schaeffer tentou expor quais seriam as bases necessárias para pensar uma música que não fosse apenas guiada pelas estruturas rítmicas da percussão tradicional ou da canção, e sim uma música que nascesse nos sons, e que, como os sons, deixasse que qualquer uma de suas partes se relacionasse com qualquer outra. Explico melhor, Schaeffer ao invés de pensar a música pensa alguns modos com os quais o homem ouve aquilo que chama de música. Apaixonado pelo som ele então distingue claramente que quando ouvimos música nem sempre estamos ouvindo o som. Ele nota que o som vem sempre acompanhado de camadas de linguagem, de relações humanas, e que dificilmente se ouve apenas o som. Ora, para que Schaeffer imagina ouvir o som? Já não seria o suficiente ouvir a música? Talvez assim fosse para um homem no séc.

Paisagem Sonora como obra híbrida: espaço e tempo na produção imagética e sonora

Semeiósis: Semiótica e Transdisciplinaridade em Revista, 2011

Neste início de século, observa-se na arte um movimento de integração envolvendo diferentes áreas de conhecimento. No fim do século anterior já se notava tal aspecto (vídeo-arte, happening, instalações). Na música, a paisagem sonora é um tipo de obra que representa tal integração. assim, este artigo apresenta a paisagem sonora como obra de uma estética que mistura aspectos auditivos e visuais em sua criação e apresentação. a primeira parte do texto aborda a relação entre artes visuais e música e as correlaciona aos diferentes modos de percepção humana. Novas ferramentas para a arte proporcionam um hibridismo no espaço de dados, de produções e percepções artísticas. a segunda parte trata da dissolução das fronteiras entre os modos de atenção ao mundo e às linguagens. a terceira etapa situa a paisagem sonora como obra híbrida, uma vez que possibilita maior integração com a adoção de procedimentos composicionais, cuja compreensão apoia-se em estudos sobre a percepção e a cognição, por meio das abordagens da semiótica peirceana e da ecologia gibsoniana. palavras-chave: paisagem sonora híbrida; paisagem sonora biocíbrida; arte contemporânea abstract In the first years of the 21st Century, it is possible to see in Arts a movement of integration involving different fields of knowledge. Some years ago, in the last times of the 20th Century, we could already notice this aspect (videoart, happenings and installations). The musical landscape (or " soundscape ") is an example of this process. Concerning to that, this article presents the soundscape as an aesthetic work of mixing visual and audial aspects in its creation and presentation. The first part of this article is about the relation between visual arts and music, and the different ways human perception can feel it. New Art tools bring hybridism to the data, the production and the artistic perception spaces. The second part of this article is about the dissolution of boundaries between the ways that world and languages are presented. The third part of this text points soundscape as a hybrid work, once its comprehension is based on studies on perception and cognition, according to Peirce's semiotics and Gibson's ecology.